Modelo de Ação de Cobrança de Valores de Aluguéis por Herdeiro Contra Administradora dos Bens do Espólio

Publicado em: 13/12/2024 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário Sucessão
Ação judicial proposta por herdeiro em face da administradora dos bens do espólio, pleiteando o reconhecimento de seu direito à parte proporcional dos aluguéis dos imóveis deixados como herança, com base nos artigos 1.784 e 1.791 do Código Civil e artigos 319 e 659 do CPC/2015. A petição aborda a retenção indevida dos valores pela requerida desde o óbito do autor da herança, sem repasse aos demais herdeiros, e pede a prestação de contas, pagamento dos valores devidos corrigidos, e designação de audiência de conciliação. Fundamenta-se no direito sucessório, princípios de igualdade e proporcionalidade, e enriquecimento sem causa.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________

Processo nº: _____________

PREÂMBULO

Requerente: A. J. dos S.
Requerida: M. F. de S. L.

A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº _____________, residente e domiciliado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, endereço eletrônico _____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento nos artigos 319 e 659 do CPC/2015, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA DE VALORES DE ALUGUÉIS

em face de M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº _____________, residente e domiciliada na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, endereço eletrônico _____________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente é herdeiro do espólio deixado por seu pai, falecido em 25 de setembro de 2024, que deixou como herança seis imóveis, todos atualmente alugados. O falecido era casado com a Requerida, que, desde a data do óbito, vem recebendo integralmente os valores dos aluguéis dos referidos imóveis, sem repassar qualquer quantia aos demais herdeiros, incluindo o Requerente.

Até a presente data, o inventário do falecido ainda não foi aberto, o que tem gerado dúvidas quanto ao direito do Requerente de receber sua parte proporcional nos valores dos aluguéis desde a data do óbito.

DO DIREITO

Conforme dispõe o art. 1.784 do CCB/2002, a herança transmite-se automaticamente aos herdeiros no momento do falecimento do autor da herança. Assim, desde a data do óbito, o patrimônio do falecido, incluindo os frutos e rendimentos dos bens, pertence aos herdeiros, ainda que o inventário não tenha sido iniciado.

Os frutos civis, como os aluguéis, integram o patrimônio hereditário e devem ser partilhados entre os herdeiros, conforme o disposto no art. 1.791 do CCB/2002. A retenção integral dos valores pela Requerida configura enriquecimento sem causa, vedado pelo art. 884 do CCB/2002.

Ademais, o art. 618 do CPC/2015 prevê que o inventariante deve prestar contas da administração dos bens do espólio, incluindo os frutos e rendimentos. Embora o inventário ainda não tenha sido iniciado, a Requerida, ao administrar os bens do espólio, está obrigada a prest"'>...

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Informações complementares

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Relatório

Trata-se de Ação de Cobrança de Valores de Aluguéis proposta por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L. O autor alega que, como herdeiro do espólio de seu pai, falecido em 25 de setembro de 2024, tem direito à sua parte proporcional nos aluguéis dos imóveis deixados como herança. Argumenta que a ré, viúva do falecido, vem recebendo integralmente os valores dos aluguéis sem repassá-los aos demais herdeiros, configurando enriquecimento sem causa.

Fundamentação

Inicialmente, cumpre destacar que o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 determina que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso.

De acordo com o art. 1.784 do Código Civil de 2002, a herança transmite-se automaticamente aos herdeiros no momento do falecimento do autor da herança, independentemente da abertura do inventário. Os frutos civis, como os aluguéis, integram o patrimônio hereditário e devem ser partilhados entre os herdeiros, conforme o disposto no art. 1.791 do mesmo diploma legal.

A retenção integral dos valores dos aluguéis por um único herdeiro, sem o devido repasse aos demais, configura enriquecimento sem causa, vedado pelo art. 884 do Código Civil. Ressalto, ainda, que o art. 618 do Código de Processo Civil de 2015 impõe ao administrador dos bens do espólio a obrigação de prestar contas, o que não foi observado pela ré.

A jurisprudência pátria é pacífica ao reconhecer o direito dos herdeiros aos frutos oriundos dos bens do espólio desde a abertura da sucessão. Nesse sentido, destaco precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Superior Tribunal de Justiça que reforçam o entendimento de que os frutos dos bens hereditários pertencem proporcionalmente a todos os herdeiros, ainda que o inventário não tenha sido iniciado.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido formulado por A. J. dos S., nos seguintes termos:

  • Reconheço o direito do autor de receber sua parte proporcional nos valores dos aluguéis dos imóveis do espólio desde a data do óbito do autor da herança;
  • Condeno a ré, M. F. de S. L., a prestar contas detalhadas dos valores recebidos a título de aluguéis desde a data do óbito;
  • Condeno a ré ao pagamento ao autor dos valores devidos, acrescidos de correção monetária e juros legais;
  • Condeno a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil de 2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data: _____________

___________________________
Magistrado(a)
Juiz(a) de Direito


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