Modelo de Ação de Desbloqueio de Valores Provenientes de Salário c/c Suspensão de Ordem de Bloqueio em Execução Fiscal de IPTU
Publicado em: 25/06/2024 Processo CivilEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
[Nome da cidade], [data completa]
PREÂMBULO
[Nome completo do requerente], [estado civil], [profissão], inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, conforme procuração anexa, com escritório profissional situado à [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 833, IV e X, do CPC/2015, propor a presente
AÇÃO DE DESBLOQUEIO DE VALORES C/C SUSPENSÃO DE ORDEM DE BLOQUEIO
em face de [nome da parte contrária], inscrito no CPF/CNPJ sob o nº [número], com endereço à [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O requerente teve valores bloqueados em sua conta corrente, conforme decisão judicial no processo nº [número do processo], em razão de execução fiscal referente ao débito de IPTU junto à Prefeitura de [localidade]. Todavia, os valores bloqueados possuem natureza salarial, sendo provenientes de sua remuneração mensal, conforme comprovantes anexos.
O requerente informa que renegociou a dívida de IPTU junto à Prefeitura de [localidade], com o pagamento da primeira parcela do acordo, conforme comprovante de pagamento anexo. Diante disso, a continuidade do bloqueio dos valores, além de violar a impenhorabilidade prevista no CPC/2015, art. 833, IV, compromete o sustento do requerente e de sua família.
DO DIREITO
A legislação brasileira assegura a impenhorabilidade de valores provenientes de salários, vencimentos, subsídios, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões e outros rendimentos destinados ao sustento do devedor e de sua família, conforme disposto no CPC/2015, art. 833, IV.
No caso em tela, os valores bloqueados possuem natureza salarial, conforme comprovado pelos extratos bancários anexos, sendo, portanto, impenhoráveis. Ademais, o requerente já renegociou a dívida de IPTU junto à Prefeitura de [localidade], com o pagamento da primeira parcela do acordo, o que demonstra sua boa-fé e intenção de quitar o débito.
A manutenção do bloqueio dos valores viola o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto na CF/88, art. 1º, III, uma vez que compromete o sustento do requerente e de sua família. Além disso, a suspensão da ordem de bloqueio é medida que se impõe, considerando a renegociação da dívida e o pagamento da primeira parcela.
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