Modelo de Ação de Despejo com Pedido Liminar – Imóvel Comercial Ocupado Sem Contrato Vigente
Publicado em: 09/02/2024 Direito ImobiliárioAÇÃO DE DESPEJO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
A. B. de C., brasileira, solteira, empresária, portadora do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de sua procuradora infra-assinada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DE DESPEJO
Em face de C. D. de E., brasileiro, casado, comerciante, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora é a atual inventariante do espólio de E. F. de G., falecido em ___/___/_____, conforme decisão judicial proferida nos autos do processo de inventário nº __________. O imóvel situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, de propriedade do espólio, encontra-se alugado ao réu, que mantém o estabelecimento comercial fechado há meses, sem qualquer atividade no local.
O contrato de locação anteriormente firmado entre o réu e o falecido proprietário não foi renovado pela inventariante, e não há qualquer vínculo contratual vigente entre as partes. Apesar de devidamente notificado para desocupar o imóvel, o réu permanece inerte, recusando-se a devolver o bem à inventariante, o que configura esbulho possessório e prejuízo ao espólio.
DO DIREITO
Nos termos do Lei 8.245/1991, art. 59, §1º, VIII, é facultado ao locador pleitear a concessão de liminar de despejo, desde que preenchidos os requisitos legais, como a ausência de contrato vigente e a notificação prévia para desocupação. No presente caso, resta evidente o descumprimento das obrigações por parte do réu, que insiste em ocupar o imóvel sem qualquer respaldo jurídico.
Ademais, a ausência de contrato válido entre as partes caracteriza a relação como irregular, sendo cabível a rescisão contratual e o despejo do réu. A manutenção do imóvel fechado, sem qualquer utilização, viola os princípios da função social da propriedade, previstos no CF/88, art. 5º, XXIII, e da boa-fé objetiva, conforme o CCB/2002, art. 422.
Por fim, a notificação extrajudicial enviada ao réu, solicitando a desocupação do imóvel, cumpre o requisito de comunicação prévia, conforme exigido pelo Lei 8.245/1991, art. 46. Diante da inércia do réu, não resta alternativa senão o ajuizamento da presente ação de despejo.