Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais contra Concessionária de Rodovias por Falha na Prestação de Serviço

Publicado em: 09/07/2024 Civel
Petição inicial de Ação de Indenização por Danos Materiais proposta por consumidora contra concessionária de rodovias, com fundamento na responsabilidade objetiva prevista no art. 37, §6º, da Constituição Federal e no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A autora relata danos ao seu veículo decorrentes de objeto deixado na pista, configurando falha na prestação do serviço público de manutenção e fiscalização da rodovia. O documento inclui fundamentação jurídica detalhada, jurisprudências favoráveis e pedidos de citação, indenização, custas processuais e designação de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileira, solteira, empresária, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº X.XXX.XXX-X, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS

Em face de CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS X S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

No dia ___/___/____, por volta das ___ horas, a autora trafegava pela rodovia administrada pela ré, no trecho compreendido entre __________ e __________, quando, inesperadamente, deparou-se com um objeto de grande porte caído na pista. Apesar de tentar desviar, não foi possível evitar o abalroamento, o que resultou em danos consideráveis à parte dianteira de seu veículo.

A autora, imediatamente após o acidente, acionou a concessionária ré, que, no entanto, recusou-se a assumir qualquer responsabilidade pelos danos causados, mesmo diante da evidente falha na prestação do serviço de manutenção e fiscalização da rodovia.

Ressalta-se que a responsabilidade da ré está expressamente prevista no art. 25 da Lei nº 8.987/1995 e no art. 22, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que atribuem às concessionárias de serviço público o dever de garantir a segurança e a qualidade do serviço prestado.

DO DIREITO

A responsabilidade da ré é objetiva, conforme disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988, que estabelece que as pessoas jurídicas prestadoras de serviço público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, independentemente de culpa.

Além disso, o art. 14 do CDC reforça a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, ao prever que este responde pelos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, salvo se provar que o defeito inexiste ou que a culpa é exclusiva do consumidor ou de terceiro.

No caso em tela, a presença de objeto na pista configura falha na prestação do serviço, caracterizando o chamado "fortuito interno", que não exclui a responsabilidade da concessionária, conforme entendimento consolidad"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais proposta por A. J. dos S. em face de Concessionária de Rodovias X S/A. A parte autora alega que, ao trafegar pela rodovia administrada pela ré, colidiu com um objeto de grande porte caído na pista, causando danos ao seu veículo. Afirma que a concessionária foi negligente na prestação do serviço de manutenção e fiscalização da via, o que gerou os prejuízos materiais que busca ser ressarcida.

A ré, por sua vez, argumenta que não houve falha na prestação do serviço e que a responsabilidade pelo ocorrido seria de terceiro ou da própria autora, afastando sua obrigação de indenizar.

Voto

Em análise aos autos, entendo que a matéria posta em julgamento envolve a responsabilidade objetiva da concessionária ré, consoante estabelece o art. 37, §6º, da Constituição Federal de 1988, bem como os art. 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e art. 25 da Lei nº 8.987/1995.

A responsabilidade objetiva dispensa a comprovação de culpa, bastando que se demonstre o nexo causal entre a falha na prestação do serviço e o dano experimentado pela parte autora. No caso concreto, a presença de objeto de grande porte na pista configura falha na prestação do serviço pela concessionária, sendo classificada como um "fortuito interno", o que não afasta sua responsabilidade. A omissão no dever de manutenção da via é evidente, como bem demonstrado pelos elementos probatórios anexados aos autos.

A jurisprudência é pacífica nesse sentido, conforme precedentes destacados no corpo da petição inicial. A falha na prestação do serviço, caracterizada pela omissão na remoção do objeto na pista, configura a responsabilidade da ré pelos danos causados à autora. Ressalto, ainda, a aplicação do princípio da proteção ao consumidor, previsto constitucionalmente e no CDC, que reforça a obrigação de segurança e qualidade nos serviços prestados.

Fundamentação

O art. 37, §6º, da Constituição Federal dispõe que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, independentemente de culpa. O art. 14 do CDC, por sua vez, determina que o fornecedor de serviços responde pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, salvo prova da inexistência do defeito ou da culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

A Lei nº 8.987/1995, que regula a concessão de serviços públicos, em seu art. 25, estabelece expressamente o dever das concessionárias de zelar pela segurança dos usuários. A negligência da ré em zelar pela manutenção da rodovia é evidente, sendo esta a causa determinante dos danos sofridos pela autora.

Ademais, a ausência de provas por parte da ré que demonstrem culpa exclusiva da autora ou de terceiros reforça a sua responsabilidade na presente demanda.

Conclusão

Diante do exposto, com base no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, voto no sentido de dar procedência ao pedido, condenando a concessionária ré ao pagamento da indenização pelos danos materiais sofridos pela autora, no valor de R$ __________, devidamente corrigido com juros legais a partir da citação.

Condeno, ainda, a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente o pedido inicial para condenar a Concessionária de Rodovias X S/A ao pagamento de indenização pelos danos materiais sofridos pela autora, no valor de R$ __________, corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. Condeno a ré, ainda, ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da condenação.

É como voto.

__________, ___ de __________ de 20__.

___________________________________
Magistrado(a)


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