Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais contra Banco do Brasil por Fraude Bancária via PIX

Publicado em: 30/07/2024 Consumidor
Petição inicial de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais movida pelo autor contra o Banco do Brasil S.A., fundamentada em fraude bancária ocorrida por meio de transferências via PIX, que resultaram em prejuízos financeiros e abalos emocionais. A ação destaca a falha na prestação de serviços da instituição financeira, que, mesmo notificada da ocorrência da fraude, não adotou as medidas necessárias para bloquear os valores transferidos. A peça jurídica apresenta fundamentos baseados no Código de Defesa do Consumidor, na Súmula 479 do STJ e na Constituição Federal, requerendo a reparação dos danos sofridos, a inversão do ônus da prova e a condenação do réu ao pagamento de custas processuais e honorários.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Nome completo do autor: A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, RG nº __________, residente e domiciliado à __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado, com endereço profissional à __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face do BANCO DO BRASIL S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede à __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo a reparação dos danos materiais e morais sofridos pelo autor em decorrência de fraude bancária via PIX, que resultou na transferência indevida de valores de sua conta bancária. Apesar de o autor ter notificado a instituição financeira imediatamente após a constatação da fraude, o banco não adotou as medidas necessárias para bloquear os valores e proteger seu cliente, evidenciando falha na prestação do serviço.

DOS FATOS

O autor foi vítima de uma fraude realizada por meio de contato telefônico, no qual foi induzido a realizar transferências via PIX para uma conta indicada pelos fraudadores, sob a falsa promessa de garantir um espaço em outro estado. Após realizar as transferências, o autor percebeu que se tratava de um golpe e imediatamente entrou em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do Banco do Brasil para relatar o ocorrido e solicitar o bloqueio dos valores transferidos.

O banco forneceu um número de reclamação e informou que analisaria o caso, solicitando um prazo para resposta. Contudo, no dia seguinte, o autor foi informado de que sua reclamação não havia sido aprovada, e nenhuma medida foi tomada para bloquear os valores ou reverter a situação. Tal conduta demonstra a falha na prestação do serviço, especialmente considerando que o banco dispõe de ferramentas específicas para lidar com fraudes via PIX.

Ressalte-se que esta não é a primeira vez que o autor enfrenta uma situação semelhante enquanto cliente do Banco do Brasil, o que reforça a negligência da instituição em adotar medidas eficazes para proteger seus clientes contra fraudes.

DO DIREITO

A relação entre o autor e o réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme disposto nos arts. 2º e 3º do CDC, sendo o banco responsável objetivamente pelos danos causados em razão de falha na prestação do serviço, nos termos do art. 14 do CDC.

A responsabilidade objetiva das instituições financeiras por fraudes bancárias é amplamente reconhecida pela jurisprudência, conforme a Súmula 479 do STJ: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e d"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais proposta por A. J. dos S. em face do Banco do Brasil S.A., com fundamento em fraude bancária via PIX, na qual o autor alega falha na prestação de serviço pela instituição financeira que resultou na transferência indevida de valores de sua conta bancária.

Em atenção ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, passo a fundamentar o presente voto.

Dos Fatos

O autor foi vítima de fraude realizada por terceiros, sendo induzido a realizar transferências via PIX, utilizando-se de informações fraudulentas. Ao perceber que se tratava de um golpe, o autor notificou a instituição financeira, que, contudo, não bloqueou os valores nem tomou qualquer providência eficaz para proteger o consumidor.

Tal conduta caracteriza falha na prestação do serviço, especialmente quando se considera que o banco, enquanto instituição financeira, possui obrigação de adotar medidas de segurança para prevenir fraudes.

Do Direito

A relação jurídica entre o autor e o réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que, em seus arts. 2º e 3º, reconhece a responsabilidade objetiva das instituições financeiras pelos danos causados em virtude de falha na prestação do serviço. Nos termos do art. 14 do CDC, o fornecedor responde pelos danos causados independentemente de culpa, quando evidenciada a falha em seu serviço.

A jurisprudência, consolidada pela Súmula 479 do STJ, reforça que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias." Assim, há clara subsunção dos fatos à norma, configurando-se a responsabilidade objetiva do réu.

Além disso, o art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal, assegura o direito à indenização por danos materiais e morais decorrentes de violação à dignidade, à honra e à imagem, direitos que foram violados no presente caso, considerando o abalo psicológico e os prejuízos enfrentados pelo autor.

Da Jurisprudência

A análise de precedentes jurisprudenciais corrobora a tese de que a instituição financeira responde objetivamente em situações semelhantes. Cito, como exemplo:

  • STJ, Súmula 479: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias."
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A instituição financeira responde objetivamente por danos decorrentes de fraude bancária via PIX quando evidenciada falha na prestação do serviço."

Da Decisão

Ante o exposto, voto no sentido de dar procedência ao pedido formulado pelo autor, condenando o Banco do Brasil S.A.:

  1. A indenizar o autor pelos danos materiais no valor correspondente ao montante transferido indevidamente via PIX;
  2. A indenizar o autor pelos danos morais, em quantum a ser arbitrado pelo juízo, considerando o abalo emocional e os transtornos sofridos;
  3. Ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil;
  4. Ademais, determino a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.

Conclusão

Com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, considerando os fatos apresentados, a responsabilidade objetiva da instituição financeira e o dano causado ao autor, dou provimento ao pedido e determino a condenação do réu nos termos acima delineados.

É como voto.

Local e data.

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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