Modelo de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais contra Fazenda Pública do Município de Leme em Razão de Protesto Indevido de Dívida Inexistente

Publicado em: 18/03/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Execução Fiscal
Petição inicial que propõe Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais, fundamentada nos artigos 186 e 927 do Código Civil, contra a Fazenda Pública do Município de Leme. O Autor alega que seu nome foi indevidamente protestado em razão de uma Certidão de Dívida Ativa (CDA) vinculada a um imóvel que não lhe pertence. A ação busca reparação pelos danos morais e materiais sofridos, incluindo constrangimento, abalo de crédito e prejuízos financeiros.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE LEME – ESTADO DE SÃO PAULO

Autor: J. A. da S.

Réu: FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE LEME

PREÂMBULO

J. A. da S., brasileiro, estado civil ___, profissão ___, portador do CPF nº ___, RG nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil (CC/2002), propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

Em face da FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE LEME, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS

O Autor teve seu nome indevidamente incluído em protesto em razão de uma execução fiscal promovida pela Fazenda Pública do Município de Leme, referente ao não pagamento de IPTU de um imóvel que, na realidade, não é de sua propriedade. A Certidão de Dívida Ativa (CDA) utilizada para fundamentar a execução fiscal foi emitida de forma equivocada, vinculando o Autor a uma dívida inexistente.

Em decorrência do protesto indevido, o Autor sofreu constrangimento e abalo moral, tendo seu nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito. Tal situação lhe causou prejuízos concretos, como a impossibilidade de realizar a compra de um veículo, além de danos à sua honra e reputação.

Ressalta-se que o Autor jamais foi proprietário do imóvel objeto da execução fiscal, o que demonstra a total irregularidade da inscrição em dívida ativa e do protesto subsequente.

DO DIREITO

A conduta da Fazenda Pública do Município de Leme configura ato ilícito, nos termos do CC/2002, art. 186, uma vez que causou dano ao Autor por meio de um protesto indevido. A responsabilidade civil do Município é objetiva, conforme estabelece o CF/88, art. 37, §6º, sendo desnecessária a comprovação de culpa para a caracterização do dever de indenizar.

O protesto indevido de uma dívida inexistente viola os direitos da personalidade do Autor, causando-lhe dano moral indenizável. Além disso, o Autor sofreu prejuízos materiais concretos, como a impossibilidade de realizar a compra de um veículo, o que configura dano material passível de reparação.

A jurisprudência é pacífica no sentido de que o protesto indevido de uma Certidão de Dívida Ativa (CDA) irregularmente inscrita gera o dever de indenizar pelos d"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais proposta por J. A. da S. em face da Fazenda Pública do Município de Leme. O autor alega que teve seu nome indevidamente incluído em protesto em razão de uma execução fiscal referente ao não pagamento de IPTU de um imóvel que não é de sua propriedade.

Afirma que a Certidão de Dívida Ativa (CDA) foi emitida de forma equivocada, vinculando-o a uma dívida inexistente, o que resultou em danos morais e materiais, como a impossibilidade de realizar a compra de um veículo, além de repercussões negativas à sua honra e reputação.

A pretensão do autor baseia-se na responsabilização objetiva da Fazenda Pública, conforme previsto no art. 37, §6º, da Constituição Federal de 1988, e nos arts. 186 e 927 do Código Civil.

Fundamentação

1. Da Responsabilidade Objetiva

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, §6º, estabelece que as pessoas jurídicas de direito público respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, independentemente da comprovação de culpa. Assim, basta a configuração de uma conduta ilícita, o dano e o nexo causal para que se configure o dever de indenizar.

No caso em tela, ficou demonstrado que o protesto foi indevido, uma vez que o autor jamais foi proprietário do imóvel que deu origem à suposta dívida. A conduta da Fazenda Pública, ao vincular indevidamente o autor à Certidão de Dívida Ativa, caracteriza ato ilícito, nos termos do art. 186 do Código Civil.

2. Dos Danos Materiais e Morais

O protesto indevido causou prejuízos concretos ao autor, como a impossibilidade de realizar a compra de um veículo, configurando dano material passível de reparação. Além disso, o abalo à honra e à reputação do autor, decorrente da inscrição de seu nome em órgãos de proteção ao crédito, caracteriza dano moral indenizável.

A jurisprudência consolidada reforça o entendimento de que o protesto indevido de uma Certidão de Dívida Ativa irregularmente emitida gera o dever de indenizar. Cito, como exemplo, o julgado do TJSP no Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, que reconheceu a responsabilidade objetiva do Município por protesto indevido, arbitrando indenização por danos morais.

3. Do Quantum Indenizatório

Quanto ao valor da indenização, entendo que deve ser fixado de forma a reparar o dano sofrido pelo autor, sem, contudo, configurar enriquecimento sem causa. Como parâmetro, utilizo os valores arbitrados em casos semelhantes, como nos julgados do TJSP mencionados nos autos.

Considerando os prejuízos materiais apontados e o abalo moral sofrido, arbitro a indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e, em relação aos danos materiais, determino que sejam apurados em liquidação de sentença, a fim de verificar o montante efetivamente devido.

Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para:

  1. Condenar a Fazenda Pública do Município de Leme ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de danos morais;
  2. Condenar a Fazenda Pública ao pagamento de indenização por danos materiais, cujo montante será apurado em liquidação de sentença;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Leme, ___ de __________ de 20__.

_______________________________________
Magistrado
Juiz de Direito


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