Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais: Denúncia Infundada ao CRC-MG e Violação da Honra Profissional

Publicado em: 30/12/2024 CivelProcesso Civil
Ação judicial promovida por A. J. dos S., contador, contra a Federação dos Trabalhadores em Bancos, visando a reparação de danos morais no valor de R$ 10.000,00. O requerente alega que a requerida apresentou denúncia infundada ao CRC-MG, resultando em danos à sua reputação profissional. A ação fundamenta-se no art. 5º, X, da Constituição Federal e nos arts. 186, 187 e 927 do Código Civil, além da jurisprudência sobre abuso de direito e ofensa à honra.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Nome do Requerente: A. J. dos S., brasileiro, contador, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________.
Nome do Requerido: Federação dos Trabalhadores em Bancos, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________.
Valor da Causa: R$ 10.000,00 (dez mil reais).

PREÂMBULO

A. J. dos S., já qualificado, por meio de seu advogado, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face da Federação dos Trabalhadores em Bancos, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS

O Requerente, contador devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRC-MG), prestava serviços contábeis à Requerida, Federação dos Trabalhadores em Bancos, mediante contrato regularmente firmado entre as partes.

Em outubro de 2023, o Requerente notificou a Requerida acerca de um reajuste nos honorários contábeis, conforme previsto contratualmente. O presidente da Requerida, no entanto, solicitou um prazo para consultar a diretoria sobre o reajuste, requerendo que os honorários fossem emitidos com os valores antigos até que a questão fosse resolvida.

Diante da ausência de resposta definitiva e da recusa em aceitar o reajuste, o Requerente procedeu ao reajuste retroativo, conforme o contrato, o que gerou a rescisão unilateral do vínculo pela Requerida. Em retaliação, a Requerida apresentou denúncia ao CRC-MG, alegando, de forma infundada, que o Requerente estaria dificultando a entrega de relatórios contábeis.

Tal denúncia, além de infundada, causou graves danos à reputação profissional do Requerente, expondo-o a constrangimentos e prejuízos morais, uma vez que sua conduta foi colocada em dúvida perante o órgão de classe e seus pares.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988 assegura, em seu art. 5º, X, a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, garantindo o direito à indenização por danos morais decorrentes de sua violação.

O Código Civil Brasileiro de 2002, em seu art. 186, dispõe que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de uma Ação de Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S., contador, em face da Federação dos Trabalhadores em Bancos, pessoa jurídica de direito privado. O Requerente alega que a Requerida, ao apresentar denúncia infundada junto ao Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRC-MG), causou-lhe graves danos à reputação e à honra profissional, postulando a condenação da Requerida ao pagamento de indenização no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Voto

O voto se fundamenta na análise hermenêutica dos fatos e do direito aplicável, em consonância com os princípios constitucionais e legais. Passo, portanto, a expor a interpretação e julgamento.

Dos Fatos

Conforme descrito nos autos, o Requerente prestava serviços contábeis à Requerida mediante contrato. Após notificar a Requerida sobre o reajuste contratual de honorários e proceder à aplicação retroativa do reajuste, a Requerida rescindiu unilateralmente o contrato, apresentando denúncia infundada junto ao CRC-MG, alegando conduta irregular do Requerente. Tal denúncia resultou em danos à honra e à imagem profissional do Requerente.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, garantindo o direito à indenização por danos morais. Ademais, o Código Civil Brasileiro, em seus arts. 186 e 927, prevê a obrigação de reparar os danos causados por ato ilícito.

No caso em análise, a denúncia apresentada pela Requerida ao órgão de classe, sem qualquer embasamento fático ou jurídico, extrapola o exercício regular de um direito, configurando abuso de direito, conforme disposto no art. 187 do Código Civil. Tal conduta gerou prejuízo à reputação do Requerente, ensejando o direito à reparação por danos morais.

O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88) reforça a obrigação de proteção à honra e à imagem, sendo imprescindível a condenação da Requerida à reparação pelos danos ocasionados.

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria é pacífica quanto à reparação de danos morais em casos de abuso de direito e ofensa à honra. Destaco os seguintes precedentes:

  • TJSP (10ª Câmara de Direito Privado): "Ofensa moral caracterizada. Arbitramento da indenização em R$ 5.000,00 que se mostra adequado, considerada a extensão da lesão suportada pela demandante."
  • TJSP (2ª Turma Cível): "Caracterizado o abuso de direito, gerador de dano moral. Não houve dano material. Manutenção da sentença."

Do Mérito

Entendo que os fatos expostos nos autos, aliados aos fundamentos jurídicos apresentados, demonstram de forma clara e inequívoca que a conduta da Requerida causou danos morais ao Requerente, afrontando sua honra e dignidade profissional. A denúncia infundada extrapolou os limites do exercício regular de um direito, configurando abuso de direito.

Dessa forma, diante das provas e do contexto apresentado, é inequívoca a responsabilidade da Requerida pela reparação do dano causado.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente o pedido inicial para condenar a Requerida ao pagamento de indenização por danos morais ao Requerente no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data do evento danoso e acrescidos de juros de mora desde a citação.

Condeno, ainda, a Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

___________________________
Magistrado(a)
Vara Cível da Comarca de __________


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