Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais em Razão de Abuso de Direito em Ação Negatória de Paternidade

Publicado em: 21/09/2024 Civel Familia
Petição inicial de Ação de Indenização por Danos Morais, em que a autora busca reparação de R$ 50.000,00 pelos danos psicológicos sofridos devido à conduta abusiva do réu, seu pai biológico, que ajuizou indevidamente ação negatória de paternidade. A ação fundamenta-se nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção à família, bem como nos dispositivos legais do Código Civil (arts. 186 e 187) e na garantia de indenização por violação de direitos fundamentais (CF/88, art. 5º, X). A petição também destaca jurisprudências pertinentes e requer justiça gratuita, audiência de conciliação e produção de provas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Espaço reservado para o número do processo, se aplicável]

NOME DA AUTORA: M. F. de S. L., brasileira, solteira, estudante, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua [Endereço completo], e-mail: [e-mail da autora], vem, por meio de seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, com escritório profissional situado na [Endereço do advogado], onde recebe intimações, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de:

NOME DO RÉU: A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], e-mail: [e-mail do réu], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

PREÂMBULO

Conforme disposto no CPC/2015, art. 319, a presente petição inicial atende aos requisitos legais, incluindo a qualificação das partes, os fundamentos jurídicos do pedido, o valor da causa e a opção por audiência de conciliação.

DOS FATOS

A autora foi ré em uma ação negatória de paternidade ajuizada pelo réu, seu pai biológico, que buscava negar a relação de parentesco entre ambos. Durante o trâmite processual, foi realizado exame de DNA que comprovou, de forma inequívoca, a paternidade do réu em relação à autora.

Tal situação causou à autora intenso sofrimento psicológico, abalando sua dignidade e integridade emocional. A conduta do réu, ao questionar judicialmente a paternidade, expôs a autora a uma situação de humilhação e constrangimento, ferindo os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção à família (CF/88, art. 226).

A autora, portanto, busca a devida reparação pelos danos morais sofridos, considerando que o ato do réu extrapolou o exercício regular de um direito, configurando abuso de direito (CCB/2002, art. 187).

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, garantindo o direito à indenização por danos morais decorrentes de sua violação.

O Código Civil de 2002, em seu art. 186, dispõe que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". No caso em tela, o réu, ao ajuizar ação negatória de paternidade sem fundamento, praticou ato ilícito que resultou em dano moral à autora.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por M. F. de S. L. em face de A. J. dos S. A autora, legitimada pelo exame de DNA realizado durante o trâmite processual de uma ação negatória de paternidade, alega ter sofrido intenso dano psicológico e emocional em razão da conduta do réu, o qual questionou judicialmente a relação de parentesco.

Fundamenta seu pedido nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção à família (CF/88, art. 226), bem como no Código Civil de 2002, que trata do abuso de direito (art. 187) e da prática de ato ilícito (art. 186). A autora pleiteia a condenação do réu ao pagamento de indenização no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), além de demais pedidos processuais.

II. Fundamentação

O voto do magistrado deve observar os princípios e normas constitucionais e legais aplicáveis à matéria. Conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, no art. 93, IX, todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos legais.

1. Dos Fatos e da Dignidade da Pessoa Humana

A Constituição Federal garante, em seu art. 1º, III, o princípio da dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. No caso em análise, a conduta do réu, ao ajuizar ação negatória de paternidade de forma injustificada, expôs a autora a constrangimento e sofrimento psicológico. A proteção à família, assegurada pelo art. 226 da CF/88, também foi violada, considerando que o ato do réu fragilizou o vínculo familiar existente.

2. Do Ato Ilícito e do Abuso de Direito

O Código Civil, em seus arts. 186 e 187, define como ato ilícito não apenas a conduta que viola direito alheio, mas também o exercício abusivo de um direito, quando excede os limites impostos pela boa-fé, pelos bons costumes ou pelo fim social. A conduta do réu, ao ajuizar ação negatória de paternidade, extrapolou os limites do exercício regular de direito, configurando abuso de direito e gerando o dever de reparação.

3. Da Reparação por Danos Morais

A reparação por danos morais encontra respaldo no art. 5º, X, da Constituição Federal, que protege a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, garantindo o direito à indenização em caso de violação. Além disso, a jurisprudência brasileira é pacífica quanto à possibilidade de reparação em casos de abuso de direito e de violação da dignidade da pessoa.

A título de exemplo, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em diversos julgados, tem reconhecido o direito à indenização por danos morais em situações nas quais o abuso de direito é caracterizado, como nas ações negatórias de paternidade sem fundamento que causam sofrimento à parte atingida.

III. Dispositivo

Diante das razões expostas e com fundamento no art. 93, IX, da CF/88, conheço do pedido formulado pela autora e voto pela procedência da ação, condenando o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), corrigido monetariamente a partir da data da sentença e acrescido de juros de mora a contar da citação.

Além disso, determino a concessão dos benefícios da justiça gratuita à autora, nos termos do art. 98 do CPC/2015, e a designação de audiência de conciliação, buscando a resolução pacífica do conflito.

É como voto.

______________________________

Excelentíssimo Juiz de Direito


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