Modelo de Ação de Nulidade Contratual com Pedidos Subsidiários por Abuso de Confiança e Lesão Econômica
Publicado em: 14/07/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Distribuição com pedido de urgência
Pedido de Justiça Gratuita
PREÂMBULO
A. F. da S., brasileira, viúva, aposentada, nascida em 15 de março de 1951, portadora do RG nº __________ e do CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 489 e 157 do Código Civil de 2002, bem como nos artigos 300 e 319 do Código de Processo Civil de 2015, propor a presente:
AÇÃO DE NULIDADE CONTRATUAL CUMULADA COM PEDIDOS SUBSIDIÁRIOS
Em face de R. F. da S., brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG nº __________ e do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora, atualmente com 73 anos de idade, é viúva desde junho de 2021, quando perdeu seu esposo, com quem foi casada por décadas. Durante os últimos nove anos de vida de seu marido, que era cego devido a complicações de diabetes, a autora dedicou-se integralmente aos cuidados do lar e do cônjuge, não possuindo qualquer experiência em negócios ou atividades fora de casa.
O réu, R. F. da S., sobrinho por afinidade da autora, foi criado em estreita convivência com o casal, sendo considerado pela autora como o "filho que nunca pôde ter". Essa relação de confiança foi tamanha que o réu possuía conta bancária conjunta com o falecido marido da autora e, após o falecimento deste, continuou a administrar os negócios da autora, inclusive com procuração com amplos poderes.
Aproveitando-se da confiança irrestrita da autora, o réu, de forma ardilosa, obteve assinaturas da autora sob o pretexto de "regularização de negócios de lotes". Contudo, utilizou-se dessas assinaturas para lavrar nove escrituras de venda de lotes de propriedade da autora em seu próprio nome, além de nomear seu irmão como procurador da autora para facilitar as transações fraudulentas.
As escrituras foram lavradas em dois momentos: a primeira, em maio de 2022, e a segunda, em julho de 2022, sendo todas registradas no Cartório de Imóveis da cidade da autora no mesmo mês de julho de 2022. Os lotes vendidos foram avaliados em aproximadamente R$ 800.000,00, enquanto o réu ofereceu como contrapartida uma casa avaliada em cerca de R$ 300.000,00, configurando uma evidente desproporção de valores.
A autora só tomou conhecimento dos fatos no início de 2024, quando contratou advogado para investigar a situação. Desde então, a autora tem enfrentado dificuldades financeiras, sobrevivendo apenas com uma pequena pensão previdenciária de um salário mínimo.