Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada para Ligação de Energia Elétrica em Imóvel Rural

Publicado em: 13/11/2023 AgrarioCivelConsumidor
Petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela Antecipada, proposta por proprietário de imóvel rural contra a concessionária RGE - Rio Grande Energia S.A., visando à ligação de energia elétrica. O documento detalha os fatos ocorridos, como a recusa e os atrasos na instalação do serviço, fundamenta o direito ao fornecimento de energia elétrica com base na Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor e na Resolução Normativa ANEEL nº 1000/2021, e apresenta pedidos específicos, incluindo a concessão de tutela antecipada para a execução imediata do serviço.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

[Nome completo do autor], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado em [endereço completo], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face de RGE - Rio Grande Energia S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede em [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é proprietário de imóvel rural situado em [localidade], onde exerce atividade agrícola de subsistência. Em 08/09/2023, foi protocolado o pedido de ligação de energia elétrica sob o nº 000793487966, sendo este recusado sob a alegação de que o ramal excede 30 metros, o que, segundo a concessionária, exigiria um novo pedido.

Posteriormente, em 06/09/2023, foi realizado novo protocolo (nº 000845970004) para ligação de energia elétrica, com previsão de conclusão para 28/09/2023. Contudo, o atendimento foi finalizado sem a efetiva instalação da energia elétrica.

Por fim, em 25/10/2023, foi realizado outro pedido (protocolo nº 000846246471), com previsão de conclusão apenas para 19/10/2024, prazo que inviabiliza as atividades do Autor, causando-lhe prejuízos irreparáveis.

A concessionária RGE, ao não atender tempestivamente os pedidos do Autor, viola o direito fundamental de acesso à energia elétrica, essencial para a dignidade humana e para o desenvolvimento das atividades econômicas no imóvel rural.

DO DIREITO

O direito ao fornecimento de energia elétrica é garantido pela Constituição Federal de 1988, que, em seu art. 6º, assegura o direito à moradia e à dignidade humana como direitos fundamentais. Além disso, a Resolução Normativa ANEEL nº 1000/2021, em seu art. 104, determina que as concessionárias de energia elétrica devem promover o fornecimento de energia elétrica em áreas rurais, custeando e executando a infraestrutura necessária.

O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) também assegura que os serviços públicos essenciais devem ser prestados de forma contínua, eficiente e adequada, conforme disposto em seu art. 22.

No caso em tela, a concessionária RGE, ao impor prazos excessivos e não realizar a ligação de energia elétrica no imóvel do Autor, viola os princípios da"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Pedido de Tutela Antecipada proposta por [Nome do Autor] em face de RGE - Rio Grande Energia S.A., na qual o Autor alega a negativa ou demora excessiva na ligação de energia elétrica em sua propriedade rural, apesar de diversos protocolos realizados junto à concessionária.

O Autor fundamenta sua pretensão no direito constitucional à dignidade humana, no direito à energia elétrica previsto na Constituição Federal de 1988 (art. 6º) e na Resolução Normativa ANEEL nº 1000/2021, além de apontar violação ao Código de Defesa do Consumidor.

A parte ré, regularmente citada, apresentou contestação alegando dificuldades técnicas e logísticas para a realização da ligação elétrica no prazo solicitado, além da necessidade de cumprimento de requisitos adicionais pelo Autor.

É o relatório. Passo a votar.

FUNDAMENTAÇÃO

Inicialmente, cumpre destacar que o direito à energia elétrica, indispensável para o exercício da dignidade humana e para o desenvolvimento de atividades econômicas, encontra amparo no art. 6º da Constituição Federal de 1988, que elenca os direitos sociais fundamentais, bem como no princípio da eficiência na prestação dos serviços públicos essenciais.

A Resolução Normativa ANEEL nº 1000/2021, em seu art. 104, também impõe às concessionárias de energia elétrica o dever de garantir o fornecimento de energia elétrica em áreas rurais, custeando e executando as obras necessárias, salvo nas hipóteses expressamente previstas na norma.

No caso concreto, restou demonstrado que o Autor protocolou diversos pedidos de ligação de energia elétrica, os quais foram recusados ou não atendidos tempestivamente pela concessionária Ré. Tal conduta não apenas afronta o direito do Autor à continuidade e eficiência do serviço público, conforme disposto no art. 22 do Código de Defesa do Consumidor, como também gera prejuízos irreparáveis à sua atividade agrícola, conforme amplamente comprovado nos autos.

Ademais, verifica-se que estão presentes os requisitos para a concessão da tutela antecipada, nos termos do art. 300 do CPC/2015, quais sejam: o fumus boni iuris, consubstanciado no direito do Autor ao fornecimento de energia elétrica, e o periculum in mora, evidenciado pelos prejuízos decorrentes da ausência de energia elétrica no imóvel rural, que inviabiliza suas atividades econômicas e compromete sua subsistência.

Quanto às alegações da Ré sobre dificuldades técnicas, cabe ressaltar que o dever de prestação do serviço público essencial não pode ser afastado por meras dificuldades operacionais, especialmente quando estas decorrem de falhas administrativas ou logísticas imputáveis à própria concessionária.

Por fim, a análise da jurisprudência apresentada evidencia o entendimento consolidado no sentido de que as concessionárias de energia elétrica têm o dever de promover a ligação de energia em propriedades rurais, observados os prazos razoáveis e as condições regulamentares, o que não ocorreu no presente caso.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  1. Determinar que a Ré, RGE - Rio Grande Energia S.A., promova, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a ligação de energia elétrica no imóvel rural do Autor, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
  2. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as devidas baixas.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Localidade], [data].

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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