Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Indenização por Danos Morais decorrente de Não Transferência de Veículo após Venda

Publicado em: 15/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Trânsito
Modelo de petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais, ajuizada por vendedor de veículo automotor contra comprador que não realizou a transferência da titularidade no DETRAN, conforme exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro. A omissão gerou infrações, débitos e negativa de crédito ao autor, que pleiteia a condenação do réu à regularização do registro, além de indenização por danos morais. Fundamentada no CTB, art. 123, I e § 1º, CCB/2002, art. 186, CCB/2002, art. 927, CCB/2002, art. 421 e CCB/2002, art. 422, além de jurisprudência atualizada.

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade][Estado]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], CEP XXXXX-XXX, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua [endereço completo do advogado], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de J. M. da S., brasileiro, estado civil ignorado, profissão ignorada, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], CEP XXXXX-XXX, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

3. DOS FATOS

O Autor, em [data da venda], vendeu ao Réu o veículo automotor de sua propriedade, marca [marca], modelo [modelo], placa XXX-0000, Renavam nº XXXXXXXXXX. Na ocasião, o Documento Único de Transferência (DUT) foi devidamente preenchido e assinado, com firma reconhecida, sendo entregue ao Réu para que providenciasse a transferência da titularidade junto ao DETRAN, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro.

Todavia, o Réu, alegando urgência na aquisição do veículo, comprometeu-se a realizar a transferência em prazo razoável, o que jamais ocorreu. Desde então, o Autor realizou diversas tentativas de contato com o Réu, por telefone, mensagens e visitas ao endereço informado, todas infrutíferas.

Em razão da omissão do Réu, o veículo permanece registrado em nome do Autor, que vem sendo indevidamente responsabilizado por infrações de trânsito, inadimplemento de licenciamento e IPVA, acumulando débitos e restrições em seu nome. O veículo encontra-se com licenciamento vencido há mais de três anos, gerando anotações cadastrais negativas em nome do Autor.

Em decorrência dessas anotações, o Autor teve negado pedido de financiamento imobiliário junto à instituição bancária [nome do banco], o que lhe causou frustração, angústia e perda de oportunidade, além de evidente violação ao seu tempo útil e à sua dignidade.

4. DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CTB, art. 123, I e § 1º, que impõe ao adquirente do veículo a obrigação de promover a transferência de propriedade no prazo de 30 dias, sob pena de infração grave e multa. A omissão do Réu configura ilícito civil, nos termos do CCB/2002, art. 186, por violar direito do Autor e causar-lhe prejuízo.

O CCB/2002, art. 927 estabelece que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No caso em tela, o Réu, ao não efetivar a transferência do veículo, permitiu que o Autor fosse indevidamente responsabilizado por infrações e débitos, além de sofrer restrições em seu nome, o que configura dano moral indenizável.

A jurisprudência é pacífica no sentido "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS promovida por A. J. dos S. em face de J. M. da S., cujo objeto central é a omissão do Réu quanto à transferência de propriedade de veículo automotor adquirido, fato este que vem causando ao Autor diversos prejuízos de ordem material e moral.

O pedido é claro: o Autor requer a obrigação de fazer consistente na transferência do veículo para o nome do Réu, bem como a reparação por danos morais em virtude das consequências decorrentes da não transferência, como anotações indevidas em seu nome e negativa de financiamento imobiliário.

1. Do Conhecimento da Demanda

Preenchidos os pressupostos processuais e as condições da ação, conheço da presente demanda.

2. Dos Fatos e da Prova

Os documentos acostados aos autos demonstram que, de fato, o Autor vendeu o veículo ao Réu, tendo preenchido corretamente o Documento Único de Transferência (DUT), com firma reconhecida, entregando-o ao Réu, que se comprometeu a realizar a transferência, o que não ocorreu.

As consequências dessa omissão são graves: o Autor vem sendo responsabilizado por multas, débitos de IPVA e licenciamento, além de restrições em cadastros de crédito, culminando na negativa de financiamento imobiliário.

3. Do Direito

A obrigação de transferir o veículo adquirido está prevista no CTB, art. 123, § 1º, sendo responsabilidade exclusivamente do comprador. A inércia do Réu configura infração administrativa e também ilícito civil, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, por violar direito do Autor e causar-lhe prejuízo.

A jurisprudência pátria, como demonstrado nos precedentes citados, reconhece o dever de indenizar nas hipóteses em que o comprador do veículo não efetiva a transferência, gerando prejuízos ao vendedor, inclusive de ordem moral. A negativa de financiamento, a restrição indevida e a frustração pessoal caracterizam lesão à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), bem como ao seu tempo útil.

O CCB/2002, art. 421 estabelece que o contrato deve observar a função social, e o CCB/2002, art. 422 impõe às partes o dever de boa-fé objetiva. Ao adquirir o veículo e não proceder a transferência, o Réu descumpriu obrigação contratual, afrontando esses princípios.

4. Da Fundamentação Constitucional

O voto é proferido em estrita observância a CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação das decisões judiciais. A motivação apresentada busca garantir a transparência, a legitimidade e o controle das decisões judiciais, assegurando às partes o direito à compreensão da ratio decidendi.

5. Do Mérito

Diante do exposto, julgo PROCEDENTE o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  • Condenar o Réu J. M. da S. à obrigação de fazer consistente na imediata transferência do veículo automotor descrito nos autos para seu nome, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais), limitada a R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  • Condenar o Réu ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data da sentença e acrescidos de juros legais desde o evento danoso;
  • Determinar a exclusão das infrações de trânsito e débitos vinculados ao veículo do nome do Autor, expedindo-se ofícios aos órgãos competentes para a regularização cadastral;
  • Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º.

6. Dispositivo

Posto isso, com base nos fatos comprovados, no direito aplicável e nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da boa-fé objetiva, JULGO PROCEDENTE o pedido, nos termos acima descritos.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data do Julgamento].

_______________________________________
Dr. Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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