Modelo de Ação de Obrigação de Fazer contra o INSS para Regularização de Descontos de Empréstimo Consignado com Pedido de Danos Morais

Publicado em: 06/12/2024 Processo Civil Direito Previdenciário
Petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer em face do INSS, visando à regularização dos descontos de parcelas de empréstimo consignado diretamente no benefício previdenciário do autor. A omissão do INSS gerou inadimplência junto à instituição financeira, negativação do nome do requerente e prejuízos financeiros e morais. Fundamentação jurídica baseada no princípio da boa-fé objetiva (art. 422 do CCB), tutela provisória de urgência (art. 300 do CPC), e proteção à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88). Contém jurisprudências, pedidos de tutela de urgência, indenização por danos morais e designação de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCAL]

[Local], [Data]

PREÂMBULO

[Nome completo do requerente], brasileiro(a), [estado civil], [profissão], portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado(a) infra-assinado(a), com endereço profissional em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail do advogado], propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

Em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal, com sede em [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O requerente é beneficiário de aposentadoria por tempo de contribuição, recebendo mensalmente o benefício previdenciário nº [número do benefício]. Em [data], o requerente contratou um empréstimo consignado junto à instituição financeira [nome do banco], autorizando o desconto das parcelas diretamente em seu benefício previdenciário.

Contudo, o INSS, responsável pela operacionalização do desconto em folha, não efetuou os descontos das parcelas do referido empréstimo, o que gerou inadimplemento perante a instituição financeira e a consequente negativação do nome do requerente nos órgãos de proteção ao crédito, causando-lhe prejuízos financeiros e morais.

Diante disso, o requerente busca a intervenção judicial para que o INSS cumpra sua obrigação legal de efetuar os descontos das parcelas do empréstimo consignado diretamente em seu benefício previdenciário, conforme autorizado no contrato firmado com a instituição financeira.

DO DIREITO

O direito do requerente encontra respaldo no princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, que impõe às partes contratantes o dever de cumprir as obrigações assumidas de forma leal e cooperativa. A ausência do desconto em folha, por parte do INSS, configura descumprimento de obrigação contratual, violando o direito do requerente à regularidade de seus compromissos financeiros.

Ademais, o CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela provisória de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, a probabilidade do direito é evidente, uma vez que o requerente firmou contrato válido e autorizou os descontos em folha. O perigo de dano, por sua vez, decorre da negativação do nome do requerente, que compromete sua reputação e capacidade de crédito.

A Instrução Normativa INSS/PRES nº 28/2008 também disciplina a operacionalização dos descontos em folha de pagamento, estabelecendo que o INSS deve efetuar os descontos autorizados pelos beneficiários, sob pena de responsabilização por eventuais preju�"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos

O requerente, beneficiário de aposentadoria por tempo de contribuição, contratou em [data] um empréstimo consignado junto à instituição financeira [nome do banco]. No contrato, foi autorizada a realização de descontos das parcelas diretamente em seu benefício previdenciário, conforme previsto em lei.

Contudo, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsável pela operacionalização desses descontos, deixou de cumprir sua obrigação, resultando no inadimplemento das parcelas do contrato perante a instituição financeira. Essa falha administrativa levou à negativação do nome do requerente nos órgãos de proteção ao crédito, causando-lhe prejuízos financeiros e morais.

Diante disso, o requerente busca a solução judicial para garantir que o INSS efetue os descontos em folha conforme autorizado, restabelecendo sua regularidade financeira e reparando os danos sofridos.

Fundamentos Jurídicos

A situação apresentada encontra respaldo no princípio da boa-fé objetiva, previsto no Código Civil de 2002, art. 422, que exige das partes contratantes o cumprimento das obrigações com lealdade e cooperação. A ausência de desconto das parcelas por parte do INSS configura descumprimento contratual, ferindo os direitos do requerente e causando-lhe prejuízos.

O Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 300, autoriza a concessão de tutela provisória de urgência quando houver probabilidade do direito e risco de dano. No caso, a probabilidade do direito é evidente pelo contrato válido e autorizado pelo requerente. O perigo de dano decorre da negativação do nome do requerente, prejudicando sua reputação e crédito.

Além disso, a Instrução Normativa INSS/PRES nº 28/2008 determina que o INSS deve realizar os descontos autorizados pelos beneficiários, sob pena de responsabilização por eventuais prejuízos, como os que o requerente está enfrentando.

Sob a perspectiva constitucional, o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no art. 1º, III, da Constituição Federal de 1988, reforça a necessidade de proteger o requerente, que depende de seu benefício previdenciário para sua subsistência e não pode ser penalizado por falhas administrativas de terceiros.

Jurisprudência

A jurisprudência brasileira tem reconhecido em diversas ocasiões a responsabilidade do INSS e de instituições financeiras em situações semelhantes. Exemplos incluem:

  • TJSP (24ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP - Bauru: Reconhecimento da probabilidade do direito e reforma da decisão inicial para atender a urgência da situação.
  • TJSP (13ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP - Pitangueiras: Tutela de urgência deferida com base na plausibilidade do direito e risco de dano à parte autora.
  • TJSP (12ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP - Americana: Decisão favorável ao autor, reconhecendo sua hipossuficiência e a necessidade de concessão de medida urgente.

Conclusão

Em face dos fatos apresentados e dos fundamentos legais expostos, conclui-se que o requerente possui direito à tutela judicial para obrigar o INSS a cumprir a obrigação de efetuar os descontos em folha do empréstimo consignado. Além disso, é cabível a reparação por danos morais em razão dos prejuízos causados pela omissão do INSS.


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