Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela de Urgência e Indenização por Danos Morais Contra Operadora de Plano de Saúde por Descredenciamento de Prestadores sem Aviso Prévio

Publicado em: 09/11/2023 Consumidor
Petição inicial de ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais, ajuizada por beneficiário de plano de saúde em face de operadora que descredenciou prestadores de serviços essenciais sem comunicação prévia. O autor alega afronta ao Código de Defesa do Consumidor e à Constituição Federal, requerendo tutela de urgência para restabelecimento dos serviços, condenação da ré à obrigação de fazer e reparação de danos morais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição com pedido de tutela de urgência

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, casado, engenheiro, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de OPERADORA DE PLANO DE SAÚDE XYZ LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O autor é beneficiário de plano de saúde fornecido pela ré, conforme contrato nº __________. Recentemente, a operadora descredenciou, sem qualquer aviso prévio, diversos hospitais, laboratórios e clínicas conveniadas, inviabilizando o acesso do autor a serviços essenciais de saúde. Tal conduta causou enorme prejuízo ao autor, que, ao buscar atendimento médico, foi surpreendido com a negativa de cobertura.

A ausência de comunicação prévia acerca do descredenciamento afronta os princípios da boa-fé e da transparência, previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 6º, III). Ademais, a conduta da ré gerou angústia e sofrimento ao autor, que teve sua saúde colocada em risco, configurando dano moral.

DO DIREITO

A relação entre o autor e a ré é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo aplicáveis os princípios da boa-fé objetiva (CDC, art. 4º, III) e da transparência (CDC, art. 6º, III). A conduta da ré, ao descredenciar prestadores de serviço sem aviso prévio, viola tais princípios, além de configurar descumprimento contratual.

O direito à saúde é garantido pela Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 6º), sendo dever das operadoras de planos de saúde assegurar o acesso dos beneficiários aos serviços contratados. A ausência de comunicação prévia acerca do descredenciamento de prestadores de serviço compromete a continuidade do tratamento médico, ferindo o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

Ademais, a jurisprudência é pacífica no sentido de que o descredenciamento de prestadores de serviço sem aviso prévio caracteriza prát"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos morais proposta por A. J. dos S. em face da Operadora de Plano de Saúde XYZ LTDA.. O autor alega que foi surpreendido pelo descredenciamento de prestadores de serviços essenciais de saúde, sem aviso prévio, o que teria causado prejuízos à sua saúde e sofrimento emocional.

Passo, portanto, à análise dos fatos e fundamentos jurídicos que instruem o presente caso, bem como à aplicação do direito, nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988.

Dos Fatos e Fundamentos Jurídicos

O autor é beneficiário de plano de saúde contratado junto à ré, cujo contrato previa a cobertura de serviços médicos por prestadores conveniados. Contudo, a operadora descredenciou unilateralmente diversos prestadores de serviço, sem aviso prévio, inviabilizando o acesso do autor a serviços essenciais de saúde.

Tal conduta contraria os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, previstos no artigo 4º, inciso III, e no artigo 6º, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Ademais, afronta o direito constitucional à saúde, garantido pelo artigo 6º da Constituição Federal, e o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no artigo 1º, inciso III, da mesma Carta Magna.

A conduta da ré, ao descredenciar prestadores sem comunicação prévia, configura prática abusiva e descumprimento contratual, ensejando a obrigação de fazer (restabelecimento dos serviços) e a reparação por danos morais.

Da Jurisprudência

A jurisprudência de nossos Tribunais tem reconhecido a abusividade na conduta de operadoras de planos de saúde que descredenciam prestadores sem aviso prévio, entendendo que tal prática viola direitos fundamentais dos consumidores, conforme os seguintes precedentes:

  1. TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhecida a impossibilidade de rescisão unilateral de contrato de plano de saúde coletivo, condenando a operadora ao pagamento de danos morais.
  2. TJSP - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: Reafirmada a obrigação das operadoras de cumprir integralmente os contratos firmados com os beneficiários.
  3. TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhecida a ocorrência de danos morais em caso de negativa indevida de reembolso de despesas médicas, com destaque para a aplicação dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

Do Voto

Após análise dos autos, verifico que a conduta da ré ao descredenciar prestadores de serviço essenciais, sem aviso prévio, violou direitos fundamentais do autor, configurando prática abusiva e contrária ao Código de Defesa do Consumidor. Ademais, tal conduta comprometeu o direito à saúde do autor, garantido constitucionalmente, e causou-lhe sofrimento emocional, configurando dano moral.

Considerando os fundamentos constitucionais e legais apresentados, bem como a jurisprudência consolidada sobre o tema, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente o pedido de obrigação de fazer, determinando que a ré restabeleça imediatamente os serviços descredenciados, sob pena de multa diária de R$ 500,00;
  2. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), considerando os prejuízos causados ao autor;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação;
  4. Manter a tutela de urgência concedida, nos termos do artigo 300 do CPC/2015, para assegurar a continuidade dos serviços essenciais de saúde ao autor.

Conclusão

Em face do exposto, conheço do recurso interposto e, no mérito, dou-lhe provimento para julgar procedentes os pedidos formulados pelo autor, nos termos acima delineados.

Este é o voto.

__________, ___ de __________ de 20__.

____________________________
Magistrado(a)


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