Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela de Urgência contra Facebook por Perfil Falso e Danos à Imagem
Publicado em: 07/06/2024 CivelAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
NOME COMPLETO DO AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº ______ e inscrito no CPF/MF sob o nº ______, residente e domiciliado à Rua ______, nº ____, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com escritório profissional situado à Rua ______, nº ____, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº ______, com sede na Rua ______, nº ____, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
DOS FATOS
O Autor é vítima de um perfil falso criado na plataforma administrada pela Ré, o Facebook, que utiliza indevidamente sua imagem e nome para disseminar conteúdos vexatórios e ofensivos. Tal perfil falso tem causado danos à honra e à reputação do Autor, além de gerar confusão entre seus contatos pessoais e profissionais.
Em diversas tentativas de resolução extrajudicial, o Autor notificou a Ré para que removesse o perfil falso e fornecesse os dados de acesso (IP, data, hora, fuso horário, e-mail, número de celular e perfil vinculado) do responsável pela criação do perfil, sem obter qualquer resposta ou providência concreta.
Diante da inércia da Ré, resta ao Autor buscar a tutela jurisdicional para compelir a Ré a cumprir sua obrigação de fazer, removendo o perfil falso e fornecendo os dados solicitados, sob pena de multa diária.
DO DIREITO
A presente demanda encontra fundamento no art. 10, §1º, da Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), que estabelece a obrigação dos provedores de aplicações de internet de disponibilizar os registros de acesso mediante ordem judicial, para fins de identificação de usuários que pratiquem atos ilícitos.
Além disso, o art. 186 do Código Civil dispõe que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, comete ato ilícito, sendo responsável pela reparação dos danos causados.
O art. 300 do CPC/2015 prevê a possibilidade de concessão de tutela de urgência quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, requisitos amplamente preenchidos no caso em tela.
Ademais, a conduta da Ré, ao não remover o perfil falso e não fornecer os dados solicitados, viola os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, previstos no art. 422 do Código Civil, bem como o dever de colaboração processual, conforme o art. 6º do CPC/2015.
JURISPRUDÊNCIAS
1. TJSP (6ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1014672-20.2023.8.26.0477 - Praia Grande
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