Modelo de Representação Eleitoral: Impulsionamento Irregular de Conteúdo em Redes Sociais por Candidato

Publicado em: 04/10/2024 Eleitoral
Documento de representação eleitoral proposto pelo Ministério Público Eleitoral, com fundamento no art. 96 da Lei nº 9.504/1997, em face de candidato ao cargo de [cargo], por prática de impulsionamento irregular de conteúdo no Instagram através de uma conta empresarial, em violação à legislação eleitoral. A peça aborda os fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudências e solicita a aplicação de sanções, como a cessação imediata do impulsionamento, multa e demais penalidades previstas em lei, visando garantir a transparência e a igualdade de condições no pleito eleitoral.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA ___ª ZONA ELEITORAL DE [CIDADE/UF]

Representação Eleitoral

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: [Nome do Representado], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo].

PREÂMBULO

O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 96 da Lei nº 9.504/1997 e demais disposições aplicáveis, propor a presente REPRESENTAÇÃO ELEITORAL em face de [Nome do Representado], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Conforme apurado, o representado, candidato ao cargo de [cargo], utilizou-se de impulsionamento de conteúdo em redes sociais, especificamente no Instagram, para promover sua campanha eleitoral. Contudo, o impulsionamento foi realizado por meio de uma conta empresarial registrada em nome de uma pessoa jurídica, e não em nome do próprio candidato, conforme determina a legislação eleitoral vigente.

Tal prática configura irregularidade, pois viola as normas que regem a propaganda eleitoral na internet, em especial o disposto no art. 57-C, §1º, da Lei nº 9.504/1997, que exige que o impulsionamento seja realizado exclusivamente por candidatos, partidos ou coligações, de forma transparente e identificável.

DO DIREITO

A legislação eleitoral estabelece regras claras para a propaganda na internet, visando garantir a transparência e a igualdade de condições entre os candidatos. O art. 57-C, §1º, da Lei nº 9.504/1997 dispõe que:

"É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, exceto o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma inequívoca e contratado exclusivamente por partidos, coligações, candidatos e seus representantes."

No caso em tela, o impulsionamento foi realizado por meio de uma conta empresarial, em nome de uma pessoa jurídica, o que contraria expressamente a norma acima mencionada. Tal conduta compromete a transparência da propaganda eleitoral e pode gerar desequilíbrio no pleito, em afronta ao princípio da igualdade de oportunidades entre os candidatos.

Ademais, o art. 22 da Resolução TSE nº 23.610/2019 reforça a necessidade de que o impulsionamento seja identificado e realizado exclusivamente pelos atores legitimados pela legislação.

Por fim, a prática do representado também viola o princípio da moralidade eleitoral, previsto no art. 14, §9º, da CF/88, que exige probidade administrativa e respeito às normas eleitorais.

JURISPRUDÊNCIAS

Em casos semelhantes, os tribunais têm reafirmado a necessidade de cumprimento rigoroso das normas eleitorais, especialmente no que tange à propaganda na internet. Veja-se:

1. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS:

"Sentença de procedência. Insurgência da ré. Preliminar. Arguição de inadmissibilidade do recurso afastada. Ausente violação ao princípio da dialeticidade. Mérito. Desativação da conta do autor na platafo"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Aqui está o código HTML para uma simulação de voto do magistrado, fundamentado no documento fornecido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Senhores,

Trata-se de representação eleitoral ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral em face de [Nome do Representado], em razão de irregularidades na propaganda eleitoral pela internet, especificamente pelo uso de impulsionamento de conteúdo realizado por uma pessoa jurídica, prática vedada pela legislação eleitoral.

Da Fundamentação

Analiso o caso com base nos fatos apresentados e nos fundamentos legais e constitucionais aplicáveis.

1. Dos Fatos

Conforme narrado na inicial, o representado, candidato ao cargo de [cargo], valeu-se de impulsionamento de conteúdo no Instagram por intermédio de uma conta empresarial registrada em nome de pessoa jurídica. Tal prática viola o disposto no art. 57-C, §1º, da Lei nº 9.504/1997, que determina que o impulsionamento de conteúdo seja realizado exclusivamente por candidatos, partidos ou coligações, de forma identificável e transparente.

2. Do Direito

O art. 57-C, §1º, da Lei nº 9.504/1997 estabelece de maneira inequívoca que:

"É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, exceto o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma inequívoca e contratado exclusivamente por partidos, coligações, candidatos e seus representantes."

Além disso, o art. 22 da Resolução TSE nº 23.610/2019 reforça essa proibição, determinando que o impulsionamento seja realizado exclusivamente pelos atores legitimados pela legislação.

O princípio da moralidade eleitoral, previsto no art. 14, §9º, da Constituição Federal de 1988, também foi violado, uma vez que a conduta do representado comprometeu a transparência e o equilíbrio do pleito eleitoral, ferindo a igualdade de condições entre os candidatos.

3. Da Jurisprudência

Em casos análogos, os tribunais têm reafirmado a necessidade de observância rigorosa da legislação eleitoral. Cito as seguintes decisões:

"Sentença de procedência... Danos morais caracterizados. Perfil suspenso de forma arbitrária durante o período eleitoral. Indenização fixada em R$ 10.000,00 que atende aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Recurso desprovido."
TJSP (36ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP
"Eleições que ocorrerão em data próxima, a evidenciar a urgência no restabelecimento do acesso à conta... Multa diária majorada para R$500,00."
TJSP (36ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP

Conclusão

Com base nos fatos apresentados, nos dispositivos legais aplicáveis, nos princípios constitucionais e na jurisprudência, entendo que a conduta do representado caracteriza evidente irregularidade.

Assim, com fundamento no art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que determina que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, e no art. 57-H da Lei nº 9.504/1997, voto pela procedência da representação eleitoral, determinando:

  1. A aplicação de multa ao representado, nos termos da legislação eleitoral;
  2. A imediata cessação do impulsionamento irregular de conteúdo;
  3. A intimação do representado para cumprimento das determinações sob pena de outras sanções cabíveis;
  4. A condenação ao pagamento das custas processuais.

Decisão

Diante do exposto, julgo procedente a presente representação, nos termos acima fundamentados.

[Local], [Data].

[Nome do Magistrado]

Juiz Eleitoral

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