Modelo de Ação de Obrigação de Fazer Contra Plano de Saúde com Pedido de Indenização por Danos Morais em Razão de Recusa de Cobertura Cirúrgica para Tratamento de Adenoma Hipofisário

Publicado em: 16/11/2023 CivelConsumidor
Petição inicial de ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais em face de plano de saúde que recusou cobertura integral de procedimento cirúrgico essencial para o tratamento de adenoma hipofisário. A ação fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), na Constituição Federal (art. 196) e no princípio da boa-fé objetiva, pleiteando tutela de urgência para autorização do procedimento, indenização por danos morais e custas processuais. Inclui jurisprudência relevante que reforça a abusividade da negativa de cobertura em situações de urgência.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Autor: [Nome completo do autor, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico e endereço residencial]
Réu: [Nome completo do plano de saúde, qualificação completa, CNPJ, endereço eletrônico e endereço da sede]

PREÂMBULO

[Nome do autor], já qualificado, por meio de seu advogado, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de [Nome do plano de saúde], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O autor é segurado do plano de saúde réu e, ao final de 2021, início de 2022, foi diagnosticado com adenoma hipofisário, um tumor benigno localizado na glândula hipófise, após exames realizados para investigar um quadro de zumbido (tinnitus).

Tal condição tem causado impacto significativo na qualidade de vida do autor, uma vez que o crescimento do tumor exerce pressão sobre a glândula hipófise, afetando os níveis hormonais e comprometendo a saúde geral. O autor apresenta níveis elevados de prolactina, redução de testosterona, cefaleia, diminuição da libido e perda parcial da visão devido à compressão dos nervos ópticos.

Diante da gravidade do quadro, o médico especialista que acompanha o autor recomendou a realização de procedimento cirúrgico para a remoção do tumor. Contudo, o plano de saúde réu negou a cobertura integral do procedimento, mesmo diante da urgência e da necessidade médica comprovada.

Após a negativa inicial, o autor buscou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que, em um primeiro momento, endossou a atuação do plano de saúde. Posteriormente, diante do agravamento do quadro clínico, foi realizado novo pedido de cirurgia, que também foi parcialmente deferido pelo réu. A nova reclamação feita à ANS permanece sem decisão definitiva.

Até o momento, o autor não conseguiu realizar o procedimento cirúrgico necessário, o que tem agravado sua condição de saúde, comprometendo sua qualidade de vida e colocando em risco sua integridade física.

DO DIREITO

A negativa de cobertura do procedimento cirúrgico pelo plano de saúde réu é manifestamente abusiva, violando os direitos do consumidor previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC), especialmente os artigos 6º, inciso I, e 51, inciso IV, que garantem a proteção da saúde e vedam cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada.

O adenoma hipofisário é uma condição grave que exige tratamento especializado e urgente. A recusa do plano de saúde em custear a cirurgia recomendada pelo médico assistente do autor contraria o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo o HTML com a simulação do voto do magistrado, complementando o documento jurídico apresentado:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos morais ajuizada por [Nome do autor] em face de [Nome do plano de saúde], alegando negativa de cobertura de procedimento cirúrgico essencial para tratamento de adenoma hipofisário, conforme indicação médica.

A parte autora requer, em síntese, a concessão de tutela de urgência para que o réu custeie integralmente o procedimento, bem como a condenação ao pagamento de danos morais e custas processuais.

O réu, por sua vez, alega inexistência de obrigação contratual para cobertura do procedimento requerido, argumentando que a negativa baseia-se em cláusulas contratuais e na regulamentação da ANS.

É o relatório. Passo ao voto.

Fundamentação

Dos Fatos e do Direito

A questão posta nos autos envolve a análise da abusividade na negativa de cobertura do procedimento cirúrgico necessário para o tratamento do autor.

Inicialmente, cumpre destacar que a saúde é direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988, conforme dispõe o artigo 196: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação."

A relação contratual existente entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo aplicáveis os princípios da boa-fé objetiva e da proteção da parte hipossuficiente. Nos termos do artigo 51, inciso IV, do CDC, são nulas as cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada.

No caso concreto, restou demonstrada a necessidade médica urgente do procedimento cirúrgico, devidamente atestada por médico especialista. A negativa do réu, baseada em cláusulas contratuais genéricas, mostra-se abusiva, pois compromete o direito fundamental à saúde e à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria é pacífica ao reconhecer a abusividade de negativas de cobertura em situações de urgência e emergência. Nesse sentido:

  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Plano de saúde. Negativa de cobertura de cirurgia indicada pelo médico assistente. Abusividade reconhecida. Aplicação do CDC. Indenização por danos morais fixada em R$ 10.000,00."
  • TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Negativa de cobertura de procedimento cirúrgico. Cláusula de exclusão genérica considerada abusiva. Prevalência do princípio ao acesso à saúde."

Da Tutela de Urgência

Presentes os requisitos para a concessão da tutela de urgência, conforme disposto no artigo 300 do Código de Processo Civil (CPC). Há elementos que evidenciam a probabilidade do direito do autor, bem como o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, considerando o agravamento do quadro clínico em razão da ausência do tratamento adequado.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal, voto no sentido de:

  1. Conceder a tutela de urgência para determinar que o réu custeie integralmente o procedimento cirúrgico indicado pelo médico assistente do autor, no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00;
  2. Julgar procedente a presente ação, confirmando a tutela de urgência e condenando o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC.

É como voto.

[Local], [Data].

___________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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