Modelo de Ação de Obrigação de Fazer e Indenização por Danos Morais contra Seguradora por Bloqueio Indevido de Cadastro Profissional
Publicado em: 03/10/2024 Civel ComercialEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Distribuição por dependência
Nome do Autor: M. J. dos S., brasileiro, motorista profissional, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico: [email protected];
Nome do Réu: Seguradora Bu9nny, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico: [email protected].
PREÂMBULO
Objeto: Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais.
O Autor, por intermédio de seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186, 187 e 927 do Código Civil (CCB/2002), bem como no artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC/2015), propor a presente ação em face da Ré pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor é motorista profissional, devidamente habilitado, que exerce sua atividade de transporte de cargas em parceria com diversas empresas e agências de transporte. Recentemente, ao tentar realizar o transporte de mercadorias para uma empresa cliente, foi surpreendido com a negativa da Ré, que, na qualidade de seguradora de risco, bloqueou o cadastro do Autor, impedindo-o de realizar o transporte.
Segundo a Ré, o bloqueio foi motivado por um suposto "perfil divergente", sem, contudo, apresentar qualquer justificativa concreta ou documentação que embasasse tal alegação. Tal conduta arbitrária e desproporcional gerou prejuízos ao Autor, que teve sua atividade profissional interrompida, comprometendo sua fonte de renda e causando-lhe transtornos e abalos emocionais.
O Autor tentou resolver a questão administrativamente, sem sucesso, sendo compelido a buscar a tutela jurisdicional para garantir o exercício de sua atividade profissional e a reparação pelos danos sofridos.
DO DIREITO
A conduta da Ré viola diversos princípios e dispositivos legais, configurando abuso de direito e prática ilícita, conforme demonstrado a seguir:
1. Violação ao Princípio da Boa-fé Objetiva
Nos termos do CCB/2002, art. 422, as partes devem observar a boa-fé objetiva nas relações contratuais. A conduta da Ré, ao bloquear o cadastro do Autor sem justificativa plausível, afronta esse princípio, configurando abuso de direito (CCB/2002, art. 187).
2. Direito ao Livre Exercício da Profissão
A Constituição Federal de 1988 assegura, em seu art. 5º, XIII, o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. O bloqueio arbitrário imposto pela Ré impede o Autor de exercer sua profissão, violando esse direito fundamental.