Modelo de Ação de Obrigação de Fazer, Indenização por Danos Morais e Materiais contra TIM Telecomunicações S/A por Falha na Portabilidade e Negativação Indevida

Publicado em: 26/08/2024 Processo CivilConsumidor
Propositura de ação judicial por A. J. dos S. contra a TIM Telecomunicações S/A, visando à realização de portabilidade de números telefônicos, exclusão de negativação indevida e reparação de danos morais e materiais. A demanda fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), destacando a falha na prestação de serviço, a responsabilidade objetiva da ré e a jurisprudência sobre danos morais presumidos em casos de negativação indevida. São requeridos a concessão de tutela de urgência, o reconhecimento dos direitos do autor e a condenação da ré ao pagamento de indenizações e custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Autor: A. J. dos S.
Ré: TIM TELECOMUNICAÇÕES S/A

PREÂMBULO

Por meio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço profissional indicado no rodapé, o autor, A. J. dos S., vem à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

em face de TIM TELECOMUNICAÇÕES S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A empresa ré, TIM TELECOMUNICAÇÕES S/A, entrou em contato com o autor, responsável por uma linha telefônica vinculada à operadora CLARO, oferecendo um plano de portabilidade para a TIM, alegando que seria mais vantajoso e econômico.

O autor, atraído pelas condições apresentadas, aceitou a proposta, acreditando que seus números antigos seriam migrados para a TIM. Contudo, a portabilidade não foi realizada, e a TIM procedeu à criação de novos números, desconsiderando os números antigos que o autor utilizava há anos.

Apesar das reclamações do autor, a TIM não solucionou o problema. Ademais, o autor foi surpreendido com a negativação de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, decorrente de débitos gerados pela TIM, mesmo sem nunca ter utilizado os serviços contratados.

Tal situação gerou ao autor não apenas prejuízos materiais, mas também abalo moral, em razão da negativação indevida e da frustração causada pela falha na prestação do serviço.

DO DIREITO

Inicialmente, destaca-se que a relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme dispõe o CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, uma vez que o autor é consumidor e a ré é fornecedora de serviços.

A falha na prestação do serviço é evidente, configurando violação ao CDC, art. 14, que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em decorrência de defeitos relativos à prestação de serviços.

Ademais, a negativação indevida do nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito caracteriza dano moral presumido, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência. O STJ, em reiteradas decisões, reconhece que a inclusão indevida do nome do consumidor em cadastros de inadimplentes gera o dever de indenizar.

Quanto à obrigação de fazer, o CPC/2015, art. 497, autoriza a determinação judicial para que a ré realize a portabilidade dos números antigos do autor, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

O presente processo trata de ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais e materiais, ajuizada pelo autor A. J. dos S. em face de TIM TELECOMUNICAÇÕES S/A, em virtude de falhas na prestação de serviços relacionados à portabilidade de números telefônicos e a negativação indevida do nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser fundamentada, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados.

Análise dos Fatos

Restou demonstrado nos autos que a empresa ré, ao oferecer a portabilidade de números telefônicos, não cumpriu com a promessa contratual, criando novos números sem realizar a migração dos números antigos, utilizados há anos pelo autor. Essa conduta gerou não apenas prejuízos materiais ao autor, como também dano moral, em razão da inclusão indevida de seu nome nos cadastros de inadimplentes.

Fundamentos Constitucionais e Legais

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), no art. 14, estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados em decorrência de defeitos na prestação de serviços. Ademais, a inclusão indevida do nome do consumidor em cadastros de inadimplentes configura dano moral presumido, conforme pacificado pela jurisprudência do STJ.

Quanto à obrigação de fazer, o art. 497 do CPC autoriza a determinação judicial para que a ré realize a portabilidade, sob pena de multa diária em caso de descumprimento. Além disso, a concessão de tutela de urgência para exclusão do nome do autor dos órgãos de proteção ao crédito encontra fundamento no art. 300 do CPC, que exige a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Jurisprudências

Destaco decisões que corroboram o entendimento aqui apresentado:

  • TJSP (27ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Responsabilidade solidária das operadoras doadoras e receptoras nos procedimentos de portabilidade de linhas telefônicas. Relação contratual sujeita às normas do CDC. Falha na prestação dos serviços evidenciada. Dano moral indenizável configurado."
  • TJSP (20ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "Decisão que deferiu o pedido de concessão de tutela de urgência para que a parte agravante providencie o necessário para a realização da portabilidade do plano de telefonia vigente, sob pena de multa por descumprimento."
  • TJSP (36ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Responsabilidade solidária das operadoras receptora e doadora. Falha na prestação do serviço. Procedência da demanda e condenações estendidas à corré."

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX da Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor, e no Código de Processo Civil, voto pela procedência parcial do pedido para:

  1. Conceder a tutela de urgência para excluir o nome do autor dos órgãos de proteção ao crédito;
  2. Determinar que a ré, TIM TELECOMUNICAÇÕES S/A, realize a portabilidade dos números antigos do autor, sob pena de multa diária de R$ 500,00 em caso de descumprimento;
  3. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  4. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos materiais, caso comprovados nos autos em fase de liquidação de sentença;
  5. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação.

É como voto.

Conclusão

[Localidade], [Data].

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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