Modelo de Ação de Reintegração de Posse Cumulada com Perdas e Danos e Pedido Subsidiário de Despejo com Tutela de Urgência

Publicado em: 11/02/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Petição inicial destinada à propositura de ação de reintegração de posse cumulada com perdas e danos e pedido subsidiário de despejo, formulada por empresários que adquiriram imóvel comercial e residencial, mas foram impedidos de exercer a posse em razão de esbulho possessório praticado pelo réu. O documento detalha os fatos que fundamentam a demanda, como a celebração de contrato de compra e venda, a ocupação irregular do imóvel pelo réu e os prejuízos materiais e morais sofridos pelos autores. Apresenta-se também a fundamentação jurídica com base no Código de Processo Civil de 2015, no Código Civil de 2002 e em jurisprudências pertinentes, além de pedidos como a concessão de tutela de urgência, a reintegração de posse e a condenação do réu ao pagamento de perdas e danos e aluguéis mensais. Valor da causa: R$ 60.000,00.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE UIRAMUTÃ/RR

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

A. J. dos S. e M. F. de S. L., ambos brasileiros, casados, empresários, portadores dos documentos de identidade nº XXX e CPF nº XXX, residentes e domiciliados na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, endereço eletrônico: [email protected], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, endereço eletrônico: [email protected], vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE CUMULADA COM PERDAS E DANOS, E PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE DESPEJO, COM TUTELA DE URGÊNCIA

Em face de P. R., brasileiro, solteiro, comerciante, portador do documento de identidade nº XXX e CPF nº XXX, residente e domiciliado na Rua Ceci Mota, nº 40-1, Centro, Uiramutã/RR, endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos jurídicos que passam a expor.

I – DOS FATOS

Em 28 de março de 2024, os autores celebraram contrato de compra e venda com o Sr. João de Deus da Silva, visando à aquisição de um ponto comercial e um apartamento situados na Rua Ceci Mota, nº 40-1, Centro, Uiramutã/RR. O valor acordado foi de R$ 60.000,00, com pagamento inicial de R$ 10.000,00 realizado via transação bancária, conforme comprovantes anexos.

O imóvel encontrava-se ocupado pelo réu, Sr. Paulo Rocha, que mantinha um acordo verbal de locação com a ex-companheira do vendedor, Sra. Gardênia Estevão. Desde 9 de fevereiro de 2024, o réu foi notificado verbalmente para desocupar o imóvel, mas não atendeu às solicitações.

O réu realizou atos de esbulho possessório, como a construção de uma parede bloqueando o acesso ao apartamento e a remoção de uma porta metálica instalada no ponto comercial. Além disso, reiteradamente descumpriu suas promessas de saída, mesmo após negociações realizadas em 22 de fevereiro, 30 de março, 7 de abril e 10 de junho de 2024.

A ocupação irregular tem gerado danos materiais e morais aos autores, uma vez que o imóvel não pode ser utilizado, mesmo após a contratação de serviços de reforma e melhorias.

II – DO DIREITO

O direito dos autores encontra amparo no CPC/2015, art. 561, que exige a comprovação da posse anterior, o esbulho praticado pelo réu e a data do esbulho. Os autores, como legítimos possuidores do imóvel, foram impedidos de exercer sua posse, configurando-se o esbulho.

Além disso, o CC/2002, art. 582, assegura aos possuidores o direito de pleitear perdas e danos decorrentes do esbulho, incluindo o arbitramento de aluguéis pelo período de ocupaç�"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de ação de reintegração de posse cumulada com perdas e danos, e pedido subsidiário de despejo, com tutela de urgência, proposta por A. J. dos S. e M. F. de S. L., em face de P. R., conforme os fatos e fundamentos apresentados nos autos.

I – Dos Fatos

Restou demonstrado nos autos que os autores firmaram contrato de compra e venda de um imóvel localizado na Rua Ceci Mota, nº 40-1, Centro, Uiramutã/RR, e que o réu permanece no imóvel de forma irregular, mesmo após notificação verbal para desocupação realizada em 9 de fevereiro de 2024.

Além disso, os autos comprovam que o réu praticou atos de esbulho possessório, como a construção de uma parede bloqueando o acesso ao apartamento e a remoção de uma porta metálica no ponto comercial, configurando a turbação da posse legítima dos autores sobre o bem.

II – Do Direito

O direito dos autores encontra respaldo na Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, inciso XXII, que assegura o direito de propriedade, e no artigo 93, inciso IX, que determina a fundamentação de todas as decisões judiciais.

No campo infraconstitucional, o Código de Processo Civil de 2015, no artigo 561, exige a comprovação da posse anterior, do esbulho praticado pelo réu e da data do esbulho, requisitos que foram devidamente preenchidos pelos autores. A posse dos autores está devidamente comprovada pelo contrato de compra e venda anexado aos autos, enquanto o esbulho encontra-se caracterizado pelas condutas do réu descritas na inicial.

Ademais, o artigo 300 do CPC/2015 prevê a possibilidade de concessão de tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano, elementos que estão claramente demonstrados no presente caso, considerando os prejuízos materiais e morais sofridos pelos autores.

III – Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria é pacífica no sentido de garantir a reintegração de posse em casos como o presente. Cito, por exemplo, a decisão do TJSP na Apelação Cível Acórdão/TJSP, que reconheceu o direito à reintegração de posse e ao recebimento de aluguéis mensais em casos de esbulho comprovado.

Ainda, na Apelação Cível Acórdão/TJSP, o mesmo tribunal reforçou que a posse legítima, comprovada por documentos e acompanhada da notificação adequada, é suficiente para embasar a procedência do pedido de reintegração de posse.

IV – Conclusão do Voto

Diante do exposto, considerando os fatos e fundamentos apresentados, bem como a legislação e jurisprudência aplicáveis, voto pela procedência do pedido, nos seguintes termos:

  1. A concessão da tutela de urgência para determinar a imediata reintegração de posse dos autores no imóvel situado na Rua Ceci Mota, nº 40-1, Centro, Uiramutã/RR;
  2. A condenação do réu ao pagamento de perdas e danos, incluindo aluguéis mensais no valor de mercado do imóvel, desde a notificação realizada em 9 de fevereiro de 2024;
  3. A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85 do CPC/2015;
  4. A produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental e testemunhal, para liquidação dos danos.

Determino, ainda, a citação do réu para conhecimento da presente decisão e cumprimento imediato da reintegração de posse, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento.

V – Dispositivo

Ante o exposto, conheço do pedido e julgo procedente a presente ação, nos termos acima delineados, determinando a reintegração de posse em favor dos autores, bem como o arbitramento de perdas e danos e outras providências cabíveis.

Uiramutã/RR, ___ de __________ de 2024.

_______________________________________
Magistrado
Juiz de Direito


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