Modelo de Ação de Repactuação de Dívidas por Superendividamento Empresarial com Base na Lei 14.181/2021
Publicado em: 05/05/2024 Comercial ConsumidorAÇÃO DE SUPERENDIVIDAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Nome da empresa: [Razão Social da Empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO DE REPACTUAÇÃO DE DÍVIDAS
com fundamento na Lei 14.181/2021, que alterou o Código de Defesa do Consumidor para tratar do superendividamento, em face das instituições bancárias [nomes abreviados das instituições], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
A presente ação tem como objetivo a repactuação das dívidas adquiridas pela empresa autora junto às instituições bancárias rés, com base na Lei 14.181/2021, que visa proteger consumidores em situação de superendividamento, promovendo a renegociação de suas obrigações financeiras de forma equilibrada e sustentável.
DOS FATOS
A empresa autora, no exercício de suas atividades empresariais, contraiu empréstimos financeiros junto às instituições bancárias rés, com a expectativa de alavancar seus negócios. Contudo, diversos fatores adversos, dentre os quais se destaca a pandemia de COVID-19, impactaram severamente a economia nacional e, consequentemente, as operações da autora.
A crise econômica gerada pela pandemia resultou em uma drástica redução no faturamento da empresa, tornando impossível o cumprimento de suas obrigações financeiras, incluindo aquelas de natureza trabalhista. A autora, portanto, encontra-se em situação de superendividamento, conforme definido pela Lei 14.181/2021, necessitando urgentemente de uma repactuação de suas dívidas para reorganizar suas finanças e retomar suas atividades de forma sustentável.
DO DIREITO
A Lei 14.181/2021, que alterou o Código de Defesa do Consumidor, introduziu dispositivos específicos para tratar do superendividamento, com o objetivo de proteger consumidores que, de boa-fé, não conseguem mais arcar com suas dívidas sem comprometer sua subsistência ou a continuidade de suas atividades.
Nos termos do CDC, art. 104-A, a repactuação de dívidas deve ser realizada em audiência de conciliação, onde o devedor apresenta um plano de pagamento que contemple todas as suas obrigações financeiras, respeitando suas possibilidades econômicas. Caso não haja acordo, o Poder Judiciário pode elaborar um plano compulsório para garantir a reintegração do consumidor ao sistema de crédito e consumo, promovendo o equilíbrio econômico e a"'>...