Modelo de Ação de Reparação de Danos por Venda Casada – Petição Inicial fundamentada no Código de Defesa do Consumidor

Publicado em: 07/07/2023 Consumidor
Petição inicial de ação de reparação de danos materiais e morais decorrentes de prática abusiva de venda casada, proposta por consumidor lesado contra pessoa jurídica. O documento detalha os fatos, fundamentos jurídicos com base no Código de Defesa do Consumidor, Constituição Federal e Código Civil, além de apresentar jurisprudências relevantes e pedidos específicos, incluindo indenização e inversão do ônus da prova.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

(Nome completo do autor), nacionalidade, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado à __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional à __________, endereço eletrônico __________, propor a presente:

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS POR VENDA CASADA

em face de (Nome completo do réu), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede à __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DO VALOR DA CAUSA

O valor da causa é de R$ __________ (valor por extenso), conforme os prejuízos materiais e morais suportados pelo autor.

DOS FATOS

No dia ___/___/____, o autor adquiriu o produto/serviço __________ junto à ré. Durante o processo de compra, foi imposto ao autor a aquisição de __________, sem o qual o produto/serviço principal não poderia ser utilizado adequadamente. Tal prática caracteriza a denominada "venda casada", vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro.

O autor, sentindo-se lesado, buscou resolver a questão diretamente com a ré, porém não obteve êxito. Em razão disso, sofreu prejuízos materiais no valor de R$ __________, além de abalos emocionais que configuram dano moral.

DO DIREITO

A prática de venda casada é expressamente vedada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que dispõe em seu art. 39, I, que é proibido ao fornecedor de produtos ou serviços "condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos".

Além disso, a Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 5º, XXXII) estabelece que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor, reconhecendo o direito do consumidor como um direito fundamental.

O Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 186) também prevê que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Portanto, a conduta da ré, ao impor a venda casada, violou os direitos do autor, configurando prática abusiva e ensejando a reparação pelos danos materiais e morais sofridos.

DO EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO

Conforme leciona Cláudia Lima Marques, em sua obra "Contratos no Código de Defesa do Consumidor", a venda casada é uma prática que fere a liberdade de escolha do consumidor, sendo uma imposição abusiva que compromete a boa-fé objetiva e o equilíbrio nas relações de consumo.

De igual modo, "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

Fatos

Em ___/___/____, o autor, identificado como consumidor, adquiriu o produto/serviço __________ junto à ré, uma pessoa jurídica de direito privado. Durante o processo de compra, foi imposto ao autor a aquisição compulsória de __________, que seria essencial para a utilização adequada do produto/serviço principal. Tal prática, conhecida como "venda casada", é vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro.

O autor tentou resolver a questão diretamente com a ré, mas não obteve sucesso. Como consequência, sofreu prejuízos materiais no valor de R$ __________, além de danos morais devido ao abalo emocional causado pela situação.

Fundamentos Jurídicos

A prática de "venda casada" é proibida pelo art. 39, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que expressamente veda a imposição de um produto ou serviço como condição para aquisição de outro. Essa prática também fere o princípio da liberdade de escolha do consumidor, protegida pela legislação.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso XXXII, determina que o Estado deve promover a defesa do consumidor, o que reforça a proteção contra práticas comerciais abusivas.

Além disso, o art. 186 do Código Civil estabelece que qualquer pessoa que causar dano a outrem, por ação ou omissão, comete ato ilícito e deve repará-lo. Assim, a conduta da ré é passível de responsabilização pelos prejuízos materiais e morais causados ao autor.

Jurisprudência e Doutrina

A doutrina brasileira reforça a vedação à venda casada. Cláudia Lima Marques aponta que essa prática compromete a boa-fé objetiva e o equilíbrio nas relações de consumo. Nelson Nery Júnior complementa que o art. 39 do CDC visa proteger o consumidor contra limitações abusivas à sua liberdade de contratar.

Jurisprudências recentes confirmam a ilegalidade da venda casada. Entre elas, destaca-se a decisão do TJSP (Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP), que considerou configurada a venda casada e determinou o ressarcimento ao consumidor pelos danos materiais e morais sofridos.

Pedidos

Com base nos fatos e fundamentos legais apresentados, o autor requer:

  1. A citação da ré para apresentar contestação no prazo legal;
  2. A condenação da ré ao pagamento de R$ __________ por danos materiais;
  3. A condenação da ré ao pagamento de R$ __________ por danos morais;
  4. A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC;
  5. A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
  6. A realização de audiência de conciliação, se for do interesse das partes.

Por fim, o autor protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, incluindo documental, testemunhal e pericial.

Conclusão

Considerando os fatos narrados, os prejuízos sofridos e a violação dos direitos do consumidor, o autor busca a reparação dos danos materiais e morais, bem como a aplicação das normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor e da Constituição Federal.


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