Modelo de Ação de Reparação por Danos Materiais e Morais Decorrentes de Abuso de Confiança no Exercício da Advocacia

Publicado em: 01/05/2024 Civel
Petição inicial em ação cível, na qual o autor requer a condenação do réu, seu ex-advogado, ao pagamento de indenização por danos materiais e morais. A principal alegação é de que o réu, no exercício da advocacia, violou deveres éticos e profissionais ao adotar condutas que indicam a intenção de se apropriar de bens objeto de disputa judicial. A peça fundamenta-se nos artigos 186, 187 e 927 do Código Civil, no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), no Código de Processo Civil (art. 139, III) e na Constituição Federal (art. 1º, III e art. 5º, V e X). A petição inclui jurisprudências relevantes e requer a condenação do réu a indenizações, além de outras medidas processuais.

PEÇA PROCESSUAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________,

Autor: A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº _____________, residente e domiciliado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, endereço eletrônico _____________.

Réu: C. E. da S., brasileiro, estado civil, advogado, portador do CPF nº _____________, residente e domiciliado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, endereço eletrônico _____________.

Valor da Causa: R$ _____________

DOS FATOS

O autor contratou os serviços advocatícios do réu para a defesa de seus interesses em processo judicial relacionado à disputa de bens de herança. O réu, no entanto, ao invés de atuar de maneira diligente e ética, passou a adotar condutas que indicam a intenção de se apropriar dos bens objeto da disputa, em flagrante desvio de finalidade e abuso de confiança.

Tal comportamento configura não apenas uma violação dos deveres éticos e profissionais do advogado, mas também um ato ilícito que gera responsabilidade civil, nos termos do CCB/2002, art. 186 e art. 927. A conduta do réu causou ao autor prejuízos materiais e morais, que devem ser devidamente reparados.

DO DIREITO

A relação entre advogado e cliente é regida por princípios fundamentais como a boa-fé, a confiança e a lealdade, sendo dever do advogado atuar com diligência e ética, conforme estabelece o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/1994, art. 2º e art. 33).

No caso em tela, o réu violou tais princípios ao adotar condutas que demonstram a intenção de se apropriar dos bens do autor, configurando abuso de direito e ato ilícito, nos termos do CCB/2002, art. 187 e art. 927. Além disso, o CPC/2015, art. 139, III, confere ao juiz o poder de prevenir e reprimir atos contrários à dignidade da justiça, o que inclui práticas abusivas por parte de advogados.

A conduta do réu também afronta o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o direito à reparação integral dos danos causados (CF/88, art. 5º, V e X). "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de reparação de danos materiais e morais proposta por A. J. dos S. em face de C. E. da S., advogado constituído pelo autor, em razão de alegada conduta ilícita consistente na tentativa de apropriação de bens relacionados à disputa de herança, em flagrante desvio de finalidade e abuso de confiança.

O autor requer a condenação do réu ao pagamento de indenizações por danos materiais e morais, além de outras medidas processuais, com fundamento na violação dos deveres éticos e profissionais do advogado, nos termos do Código Civil Brasileiro, Estatuto da Advocacia e da OAB, e Constituição Federal.

Voto

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, passo à análise das questões de fato e de direito que norteiam o presente caso.

1. Dos Fatos

Consta nos autos que o réu, advogado contratado pelo autor para a defesa de seus interesses em processo judicial de disputa de herança, teria adotado condutas incompatíveis com o exercício ético da advocacia, evidenciando a intenção de se apropriar dos bens do autor. Tal conduta, conforme alegado e parcialmente comprovado nos autos, ocasionou prejuízos materiais e morais ao autor.

2. Do Direito

A relação contratual entre cliente e advogado é regida por princípios como boa-fé, ética e confiança, sendo dever do advogado zelar pela defesa dos interesses de seu cliente, conforme disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/1994, art. 2º e art. 33). A conduta do réu, configurando abuso de direito e ato ilícito, encontra previsão nos artigos 186 e 187 do Código Civil, que dispõem sobre a reparação de danos decorrentes de atos ilícitos.

A Constituição Federal, em seus artigos 5º, V e X, garante o direito à reparação dos danos morais e materiais. Ademais, o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF/88) reforça a necessidade de coibir condutas que violam direitos fundamentais, como a confiança e a boa-fé nas relações jurídicas.

3. Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria tem reiteradamente reconhecido a necessidade de coibir práticas abusivas no exercício da advocacia, conforme os seguintes precedentes:

  • TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Ajuizamento de demandas massificadas com a utilização de procuração genérica. Correção do decreto de extinção do processo, nos termos do CPC, art. 485, VI. Recurso provido em parte."
  • TJSP (23ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Determinação para apresentação de declaração de próprio punho e procuração atualizada, visando evitar fraudes e litígios predatórios. Sentença mantida."
  • TJSP (18ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Legalidade da ordem judicial para complementação de documentação e ratificação de procuração. Processo extinto por descumprimento. Sentença mantida."

4. Do Mérito

Considerando os fatos narrados e os fundamentos trazidos à apreciação, entendo que restou demonstrada a conduta ilícita do réu, que se traduziu em violação dos deveres éticos e profissionais do advogado. Assim, é cabível a condenação do réu ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados ao autor, observando-se a extensão do prejuízo.

5. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, bem como nos artigos 186, 187 e 927 do Código Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ _____________, devidamente corrigido;
  2. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ _____________, conforme arbitrado por este juízo;
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Termos Finais

É como voto.

Local e data.

_______________________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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