Modelo de Ação de Indenização por Danos Morais Cumulada com Obrigação de Fazer por Divulgação de Vídeos Íntimos sem Consentimento
Publicado em: 04/10/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Nome do Requerente: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico ___.
Nome do Requerido: B. F. de S., brasileiro, solteiro, estudante, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico ___.
PREÂMBULO
A. J. dos S., qualificado acima, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, com fundamento no CCB/2002, art. 186 e no CPC/2015, art. 319, propor a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER
Em face de B. F. de S., também qualificado acima, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
DOS FATOS
O Requerente manteve um relacionamento amoroso com o Requerido, durante o qual foram gravados vídeos íntimos com o consentimento de ambas as partes. Contudo, após o término do relacionamento, o Requerido, de forma dolosa e sem autorização, divulgou tais vídeos em redes sociais e plataformas digitais, expondo a intimidade do Requerente.
A divulgação dos vídeos causou ao Requerente profunda humilhação, constrangimento e danos à sua honra e imagem, além de repercussões negativas em sua vida pessoal e profissional. A conduta do Requerido configura clara violação ao direito à privacidade e à intimidade, garantidos pela CF/88, art. 5º, X.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, prevendo o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
O Código Civil Brasileiro, em seu art. 186, dispõe que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". No caso em tela, o Requerido cometeu ato ilícito ao divulgar os vídeos íntimos do Requerente sem sua autorização.
Ademais, o CPC/2015, art. 300, prevê a possibilidade de concessão de tutela de urgência quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No presente caso, a manutenção dos vídeos em circulação na internet representa risco contínuo à honra e à imagem do Requerente, justificando"'>...