Modelo de Ação de Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais contra Descontos Indevidos em Benefício Previdenciário

Publicado em: 10/06/2024 Consumidor
Propositura de ação judicial pelo beneficiário do INSS visando à cessação de descontos indevidos no benefício previdenciário, devolução em dobro dos valores descontados e compensação por danos morais. A ação é fundamentada no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no Código de Processo Civil (CPC), destacando a responsabilidade objetiva do banco réu pela falha na prestação do serviço e pela ausência de comprovação da regularidade da contratação de cartão de crédito consignado. Inclui pedidos de gratuidade de justiça, declaração de inexistência de contrato, devolução em dobro e indenização por danos morais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR LOCAL]

[Espaço para o número do processo, se aplicável]

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil [inserir], aposentado(a), portador(a) do CPF nº [inserir], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado(a), conforme instrumento de procuração anexo, com endereço profissional na [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de [BANCO RÉU], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [inserir], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O(a) autor(a) é beneficiário(a) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e percebe benefício previdenciário de caráter alimentar. No entanto, verificou que, desde [mês/ano], estão sendo realizados descontos indevidos em seu benefício, sob a rubrica de Reserva de Margem Consignável (RMC), no valor de R$ [inserir valor], sem que tenha contratado qualquer serviço ou empréstimo com o réu.

Em busca de esclarecimentos, o(a) autor(a) entrou em contato com o réu, que alegou a existência de um contrato de cartão de crédito consignado, o qual não foi reconhecido pelo(a) autor(a). Tal situação gerou grande transtorno, uma vez que os descontos indevidos comprometem a subsistência do(a) autor(a), que depende integralmente de seu benefício previdenciário.

Diante da falha na prestação do serviço bancário e da ausência de solução administrativa, o(a) autor(a) recorre ao Judiciário para buscar a cessação dos descontos, a devolução dos valores descontados indevidamente e a reparação pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez que o réu é fornecedor de serviços e o(a) autor(a) é consumidor(a), nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º. Assim, aplica-se a responsabilidade objetiva prevista no CDC, art. 14, que impõe ao fornecedor o dever de reparar os danos causados ao consumidor por defeitos relativos à prestação do serviço.

No caso em tela, o réu não comprovou a regularidade da contratação do cartão de crédito consignado, descumprindo o ônus da prova que lhe compete, conforme o CPC/2015, art. 373, II. A ausência de comprovação da contratação caracteriza falha na prestação do serviço, ensejando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

Quanto à repetição do indébito, o CDC, art. 42, parágrafo único, estabelece que o consumidor tem direito à devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente, salvo hipótese de en"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Relatório

Trata-se de Ação de Repetição de Indébito c/c Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S. em face de [BANCO RÉU], alegando descontos indevidos em seu benefício previdenciário sem que tenha contratado qualquer serviço ou empréstimo com o réu. Requer, além da cessação dos descontos, a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente e a reparação pelos danos morais sofridos.

Fundamentação

Segundo o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Passo, pois, à análise dos fatos e fundamentos apresentados.

A relação jurídica estabelecida entre as partes é claramente de consumo, na forma dos arts. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Trata-se, portanto, de relação regida pela responsabilidade objetiva, conforme disposto no art. 14 do CDC, que impõe ao fornecedor de serviços o dever de reparar os danos causados ao consumidor por defeitos relativos à prestação do serviço, independentemente de culpa.

No caso concreto, o réu não apresentou provas suficientes para demonstrar a regularidade da contratação do cartão de crédito consignado, descumprindo assim o ônus que lhe é imposto pelo art. 373, II, do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015). A ausência de comprovação da contratação caracteriza falha na prestação do serviço, ensejando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

Quanto à devolução dos valores descontados indevidamente, o parágrafo único do art. 42 do CDC determina que o consumidor tem direito à devolução em dobro, salvo engano justificável, o que não foi demonstrado nos autos.

No tocante ao dano moral, entendo que os descontos indevidos em benefício previdenciário, que possui caráter alimentar, configuram situação que excede os meros aborrecimentos do cotidiano. Há comprometimento da subsistência do autor, o que, por si só, enseja a reparação por danos morais, em consonância com o entendimento consolidado na jurisprudência.

Decisão

Diante do exposto, com fundamento nos arts. 2º, 3º, 14 e 42 do CDC, bem como nos arts. 373, II, e 319, VII, do CPC/2015, julgo procedente a presente ação para:

  1. Declarar a inexistência do contrato de cartão de crédito consignado;
  2. Determinar a cessação imediata dos descontos realizados no benefício previdenciário do autor;
  3. Condenar o réu à devolução em dobro dos valores descontados indevidamente, com atualização monetária e juros de mora desde a data do evento danoso;
  4. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando o caráter punitivo e compensatório;
  5. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º, do CPC/2015.

Por fim, considerando o direito do autor à gratuidade da justiça, defiro o benefício nos termos do art. 98 do CPC/2015.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente o pedido para condenar o réu nos termos acima especificados. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].

_______________________________________
[Nome do Magistrado(a)]
Juiz(a) de Direito


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