Modelo de Ação de Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais por Descontos Indevidos em Benefício Previdenciário

Publicado em: 06/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Previdenciário
Modelo de petição inicial que pleiteia a devolução de valores descontados indevidamente de benefício previdenciário de natureza alimentar (LOAS), bem como indenização por danos morais, fundamentada na ausência de relação jurídica entre as partes. O documento aborda os direitos da parte autora, representada por sua curadora, frente ao Banco réu, com base no Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e Constituição Federal. Inclui pedidos de devolução dos valores, indenização por danos morais, justiça gratuita e designação de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Nome da Parte Autora: M. F. da S., representada por sua curadora, S. L. de S., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________.

Nome da Parte Ré: Banco __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________.

PREÂMBULO

A Autora, devidamente representada por sua curadora, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face do Banco __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Autora, pessoa curatelada e beneficiária do benefício previdenciário assistencial (LOAS), solicitou junto ao Réu um empréstimo consignado, cujas parcelas seriam descontadas diretamente de seu benefício. Contudo, o empréstimo não foi liberado, e, mesmo assim, foram descontadas 10 parcelas do benefício da Autora.

Após a ameaça de uma ação judicial, os descontos cessaram, mas o Réu não efetuou a devolução das 10 parcelas descontadas indevidamente e tampouco indenizou a Autora pelos danos morais sofridos. Tal conduta do Réu violou os direitos da Autora, configurando enriquecimento ilícito e causando-lhe abalo moral, considerando a natureza alimentar do benefício previdenciário.

DO DIREITO

A conduta do Réu, ao descontar valores indevidos do benefício previdenciário da Autora, afronta o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e configura prática abusiva nos termos do CDC, art. 39, IV. O benefício previdenciário possui caráter alimentar e é protegido pela CF/88, art. 6º, sendo essencial para a subsistência da Autora.

Ademais, o Réu não comprovou a celebração do contrato de empréstimo consignado, descumprindo o ônus probatório que lhe cabe, conforme o CPC/2015, art. 373, II. A ausência de comprovação da relação jurídica entre as partes torna inexigíveis os descontos realizados, impondo-se a devolução dos valores descontados indevidamente.

Quanto ao dano moral, a jurisprudência é pacífica no"'>...

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Informações complementares

Resumo da Situação

Trata-se de uma ação judicial proposta por M. F. da S., pessoa curatelada e beneficiária do benefício previdenciário assistencial (LOAS), representada por sua curadora, S. L. de S., contra o Banco __________. A autora pleiteia a devolução de valores descontados indevidamente de seu benefício, além de indenização por danos morais.

Fatos

A autora solicitou um empréstimo consignado junto ao banco réu, com previsão de desconto das parcelas diretamente de seu benefício previdenciário. Contudo, o empréstimo jamais foi liberado, mas o banco realizou o desconto de 10 parcelas diretamente do benefício da autora, que possui caráter alimentar e é essencial para sua subsistência.

Após ameaça de ação judicial, os descontos cessaram. Porém, o banco não devolveu os valores descontados nem indenizou a autora pelos danos morais ocasionados. Considerando a situação de vulnerabilidade da autora e a essencialidade do benefício, os descontos indevidos configuram enriquecimento ilícito e abalo moral.

Fundamentos Jurídicos

A conduta do banco afronta princípios legais e constitucionais. Os principais fundamentos jurídicos incluem:

  • Princípio da Boa-Fé Objetiva: Desrespeitado pelo banco ao realizar descontos sem a celebração efetiva do contrato, conforme art. 422 do Código Civil.
  • Prática Abusiva: Configurada nos termos do art. 39, IV, do Código de Defesa do Consumidor, ao impor cobrança por serviço não contratado.
  • Proteção ao Benefício de Caráter Alimentar: O benefício previdenciário é protegido pela Constituição Federal (art. 6º) e não pode ser comprometido, sob pena de prejudicar a subsistência da autora.
  • Ônus da Prova: O banco não comprovou a existência do contrato de empréstimo, descumprindo o art. 373, II, do Código de Processo Civil.
  • Danos Morais: Descontos indevidos em benefício previdenciário de natureza alimentar configuram lesão extrapatrimonial, conforme entendimento pacificado na jurisprudência.

Jurisprudências Relevantes

A jurisprudência reforça o caráter abusivo de descontos indevidos e a obrigação de indenizar por danos morais em casos semelhantes:

  • Apelação Cível Acórdão/TJSP (TJSP): Débitos indevidos declarados inexigíveis, mas dano moral não reconhecido por ausência de comprovação de comprometimento da subsistência.
  • Apelação Cível Acórdão/TJSP (TJSP): Indenização devida por descontos indevidos em benefício previdenciário de caráter alimentar.
  • Apelação Cível Acórdão/TJSP (TJSP): Dano moral configurado em razão de descontos em verba alimentar, que goza de especial proteção legislativa.

Pedidos

Com base nos fatos e fundamentos apresentados, a autora requer:

  1. A citação do réu para apresentar defesa no prazo legal.
  2. A declaração de inexistência de relação jurídica entre as partes e a inexigibilidade dos descontos realizados.
  3. A condenação do réu à devolução das 10 parcelas descontadas indevidamente, com correção monetária e juros legais.
  4. A condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo juízo.
  5. A concessão dos benefícios da justiça gratuita, conforme art. 98 do CPC/2015.
  6. A produção de todas as provas cabíveis, incluindo documental e testemunhal.
  7. A realização de audiência de conciliação, conforme art. 319, VII, do CPC/2015.

O valor da causa foi fixado em R$ 10.000,00 (dez mil reais), correspondente aos montantes descontados indevidamente e aos danos morais pleiteados.

Conclusão

A presente narrativa demonstra a violação de direitos da autora e fundamenta a necessidade de reparação integral, tanto material quanto moral, a fim de corrigir os prejuízos causados pela conduta abusiva do réu.


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Petição inicial ajuizada por aposentado contra a AASAP - Associação Clube de Benefícios, visando a declaração de inexistência de relação jurídica, a devolução em dobro dos valores indevidamente descontados de seu benefício previdenciário (R$ 934,32) e a indenização por danos morais (R$ 5.000,00). Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor (art. 42), na boa-fé objetiva e na dignidade da pessoa humana, a ação argumenta que os descontos não autorizados comprometeram a subsistência do autor e causaram angústia e sofrimento, configurando prática abusiva e ilícita. Pedidos incluem citação da ré, condenação à repetição de indébito, indenização, custas processuais e designação de audiência de conciliação conforme o CPC/2015.

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