Modelo de Ação de Repetição de Indébito Tributário contra a União Federal por Compensação Indevida de IRPF
Publicado em: 01/07/2024 TributárioEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCALIDADE]
Distribuição por dependência
Autor: A. J. dos S., brasileiro, casado, contador, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], e-mail: [email protected].
Réu: UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), pessoa jurídica de direito público, com sede na Esplanada dos Ministérios, Bloco P, Brasília/DF, e-mail: [email protected].
PREÂMBULO
O Autor, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com fundamento no art. 319 do CPC/2015 e nos arts. 165 e 168 do CTN, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
em face da UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS
O Autor, contribuinte do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), apresentou regularmente sua declaração de ajuste anual referente ao exercício de [ano], apurando um saldo a restituir no valor de R$ [valor]. Contudo, ao consultar o status de sua restituição, verificou que a Receita Federal do Brasil (RFB) glosou o valor apurado, sob a justificativa de compensação com suposta dívida tributária inexistente.
O Autor, buscando solucionar a questão, apresentou recurso administrativo junto à RFB, que foi indeferido sem qualquer fundamentação plausível, violando o direito do Autor à restituição do valor indevidamente retido.
Em razão da negativa administrativa e da inexistência de débito que justificasse a compensação, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito à restituição do indébito tributário.
DO DIREITO
O direito do Autor à repetição do indébito encontra amparo no art. 165 do CTN, que assegura ao contribuinte o direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou em valor maior que o devido. No presente caso, a compensação realizada pela RFB foi indevida, uma vez que inexiste débito tributário a justificar tal medida.
Ademais, o art. 168 do CTN estabelece o prazo de cinco anos para o contribuinte pleitear a restituição, contados da data do pagamento indevido, prazo este que foi rigorosamente observado pelo Autor.
O art. 5º, XXXV, da CF/88, assegura que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito", sendo descabida qualquer exigência de esgotamento da via administrativa como condição para o ajuizamento da presente ação.
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