Modelo de Ação Declaratória com Pedido de Obrigação de Fazer e Tutela Antecipada para Reconhecimento de Aposentadoria com Paridade de Professora Estadual

Publicado em: 10/04/2025 Administrativo Servidor
Modelo de petição inicial de Ação Declaratória com Pedido de Obrigação de Fazer e Tutela Antecipada ajuizada por professora aposentada da rede estadual de ensino. A autora busca o reconhecimento judicial da validade do ato administrativo de sua aposentadoria com paridade remuneratória, após comunicação da Administração Pública exigindo seu retorno ao serviço ativo, sob alegação de irregularidade no processo. Fundamentada na Lei 9.784/1999, art. 54 (decadência do direito da Administração Pública de rever seus atos), no CPC/2015, art. 300 (tutela de urgência) e nos princípios constitucionais da segurança jurídica e dignidade da pessoa humana, a ação requer tutela antecipada para impedir o retorno ao trabalho, a declaração do direito adquirido à aposentadoria com paridade, a publicação definitiva do ato concessório e a abstenção da cobrança de valores recebidos de boa-fé.

AÇÃO DECLARATÓRIA COM PEDIDO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E TUTELA ANTECIPADA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de [inserir cidade] – Tribunal de Justiça do Estado de [inserir estado]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. M. de S. R., brasileira, viúva, professora aposentada, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-SSP/XX, residente e domiciliada na Rua [endereço completo], CEP XXXXX-XXX, [cidade/UF], endereço eletrônico: [email@email.com], por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na [endereço completo], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA COM PEDIDO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E TUTELA ANTECIPADA

em face do ESTADO DE [NOME DO ESTADO], pessoa jurídica de direito público interno, com sede na [endereço da Procuradoria do Estado], endereço eletrônico: [email institucional], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

3. DOS FATOS

A Autora é servidora pública estadual, tendo exercido a função de professora na rede pública de ensino. Em 2016, após preencher os requisitos legais, afastou-se preliminarmente do exercício de suas funções para fins de aposentadoria, conforme previsto na legislação vigente à época.

O processo de aposentadoria tramitou regularmente, tendo a Autora sido considerada apta à inativação com paridade, benefício este concedido com base em interpretação administrativa então vigente. Desde então, a Autora, atualmente com 71 anos de idade, encontra-se afastada do serviço, aguardando a publicação definitiva do ato concessório.

Ocorre que, em abril de 2025, a Superintendência de Recursos Humanos da Secretaria de Educação comunicou à Autora que o processo de aposentadoria estaria irregular, sob o fundamento de que ela não teria direito à paridade, e que, por isso, deveria retornar à sala de aula.

Tal exigência é manifestamente ilegal e abusiva, pois a Administração Pública, ao reconhecer o direito da Autora à aposentadoria com paridade, praticou ato administrativo perfeito, que gerou legítima expectativa de direito e, mais ainda, direito adquirido, diante da inércia estatal em revisar o ato no prazo legal.

Ressalte-se que já se passaram mais de 9 (nove) anos desde o afastamento da Autora, sendo que o prazo prescricional de 5 (cinco) anos para a Administração rever seus próprios atos, conforme previsto na Lei 9.784/99, art. 54, já se esgotou.

Além disso, a Autora teme que o Estado venha a exigir a devolução de valores eventualmente percebidos, o que seria igualmente ilegal, por se tratar de verba de natureza alimentar e recebida de boa-fé.

4. DO DIREITO

A presente ação visa à declaração de validade do ato administrativo que reconheceu o direito da Autora à aposentadoria com paridade, bem como à obrigação de fazer consistente na manutenção da Autora em sua condição de inativa, com os proventos integrais e paritários, além da concessão de tutela antecipada para impedir o seu retorno ao trabalho.

Nos termos do CPC/2015, art. 300, é cabível a concessão de tutela de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano. No caso em tela, a probabilidade do direito decorre do reconhecimento administrativo da aposentadoria, bem como da decadência do direito da Administração de revê-lo (Lei 9.784/1999, art. 54).

O perigo de dano é evidente, pois a Autora, com 71 anos de idade, poderá ser compelida a retornar ao serviço ativo, o que afronta sua dignidade e coloca em risco sua sa�"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação Declaratória com Pedido de Obrigação de Fazer e Tutela Antecipada proposta por A. M. de S. R. em face do Estado de [nome do Estado], com o objetivo de ver reconhecido seu direito à aposentadoria com paridade, bem como impedir a exigência de retorno ao serviço ativo.

A Autora, professora aposentada, após preencher os requisitos legais, foi afastada de suas funções em 2016, com base em interpretação administrativa vigente à época, que lhe conferia o direito à aposentadoria com paridade. No entanto, após mais de nove anos do afastamento, a Administração Pública comunicou, em abril de 2025, a existência de suposta irregularidade no processo de aposentadoria, determinando seu retorno à atividade.

Análise Jurídica

A CF/88, art. 5º, caput, garante o direito à segurança jurídica e à dignidade da pessoa humana. A autora, com 71 anos de idade, encontra-se em condição de fragilidade física e emocional, tornando injustificável sua reintegração ao serviço ativo.

A Lei 9.784/1999, art. 54 estabelece que o direito da Administração de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em cinco anos, salvo comprovada má-fé. No caso em tela, não há qualquer indício de má-fé por parte da Autora, que agiu de boa-fé ao afastar-se com base em ato administrativo perfeito e eficaz.

A jurisprudência citada reforça o entendimento de que o direito de acesso ao Judiciário é inafastável, mesmo diante da ausência de requerimento administrativo, e que verbas recebidas de boa-fé possuem natureza alimentar, sendo indevida sua restituição.

Fundamento Constitucional

Nos termos da CF/88, art. 93, inciso IX, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Assim, cumpre-me fundamentar o presente voto, com base na CF/88, na legislação infraconstitucional aplicável e na jurisprudência consolidada dos tribunais pátrios.

Decisão

Diante do exposto, conheço do pedido formulado e JULGO PROCEDENTE a presente Ação Declaratória com Pedido de Obrigação de Fazer e Tutela Antecipada, para:

  1. Reconhecer a validade do ato administrativo que concedeu a aposentadoria com paridade à Autora;
  2. Declarar a decadência do direito da Administração Pública de revisar o referido ato, nos termos da Lei 9.784/1999, art. 54;
  3. Determinar que o Estado se abstenha de exigir o retorno da Autora ao serviço ativo, mantendo-a na condição de aposentada, com proventos integrais e paritários;
  4. Condenar o Réu à obrigação de fazer consistente na publicação definitiva do ato de aposentadoria da Autora;
  5. Condenar o Réu a se abster de cobrar quaisquer valores eventualmente pagos à Autora, por se tratarem de verbas alimentares recebidas de boa-fé;
  6. Condenar o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Defiro, ainda, os benefícios da justiça gratuita, com base no CPC/2015, art. 98, diante da declaração de hipossuficiência firmada nos autos.

Por fim, considerando a presença dos requisitos do CPC/2015, art. 300, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA para determinar que o Estado se abstenha de exigir o retorno da Autora ao serviço ativo, sob pena de multa diária por descumprimento.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data].

___________________________________
Juiz de Direito


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