Modelo de Ação Declaratória de Anulação de Emancipação com Base em Vício de Consentimento e Proteção ao Melhor Interesse do Menor

Publicado em: 11/02/2025 Civel Advogado Familia
Petição inicial para Ação Declaratória de Anulação de Emancipação, proposta por menor impúbere representado por sua genitora, com fundamento nos arts. 171, II, e 166, VI, do Código Civil e no art. 227 da Constituição Federal. O pedido visa anular a emancipação realizada de forma unilateral e sem orientação adequada, resultando em prejuízos como a perda de direitos previdenciários e a exposição do menor a riscos jurídicos e sociais. A fundamentação jurídica inclui a aplicação do princípio do melhor interesse do menor e a correção de vício de consentimento, com apoio em jurisprudências e doutrina.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE ANULAÇÃO DE EMANCIPAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________.

Autor: M. F. dos S., menor impúbere, representado por sua genitora, S. A. dos S., viúva, brasileira, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, e-mail __________.

Réu: Não há réu específico, trata-se de pedido de anulação de ato jurídico.

Valor da causa: R$ __________ (valor estimado para efeitos de alçada).

Por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, e-mail __________, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE ANULAÇÃO DE EMANCIPAÇÃO

Com fundamento nos arts. 171, II, e 166, VI, do Código Civil Brasileiro, bem como nos princípios constitucionais da proteção integral e do melhor interesse do menor (CF/88, art. 227), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O menor M. F. dos S., atualmente com 17 anos de idade, foi emancipado por ato unilateral de sua genitora, S. A. dos S., em data de ___/___/____. A emancipação foi realizada mediante escritura pública, sem que a genitora fosse devidamente orientada sobre as implicações legais e sociais desse ato.

A genitora, viúva e de baixa escolaridade, não foi informada de que a emancipação acarretaria a perda de direitos previdenciários do menor, como o benefício de pensão por morte do pai, concedido pelo INSS. Além disso, não foi esclarecida sobre as responsabilidades civis e penais que o menor passaria a assumir como adulto, o que contraria o princípio do melhor interesse do menor.

A falta de orientação adequada por parte do advogado que conduziu o processo de emancipação resultou em prejuízo significativo ao menor, que perdeu o direito à pensão por morte e foi colocado em situação de vulnerabilidade jurídica e social.

DO DIREITO

A emancipação, conforme disposto no CCB/2002, art. 5º, parágrafo único, incisos I a V, é um ato jurídico que confere plena capacidade civil ao menor. Contudo, para sua validade, é imprescindível que seja realizada de forma consciente e informada, especialmente quando envolve direitos fundamentais do menor.

No caso em tela, a emancipação foi realizada sem a devida orientação à genitora, o que configura vício de consentimento, nos termos do CCB/2002, art. 171, II, e art. 166, VI. A ausência de informações claras sobre as consequências do ato caracteriza erro substancial, que compromete a validade do ato jurídico.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 227, estabelece "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Anulação de Emancipação ajuizada por M. F. dos S., menor impúbere, representado por sua genitora, com fundamento nos artigos 171, II, e 166, VI, do Código Civil Brasileiro, e no princípio constitucional da proteção integral e do melhor interesse do menor, previsto no artigo 227 da Constituição Federal de 1988.

O autor alega que a emancipação foi realizada mediante escritura pública, sem que houvesse orientação adequada à genitora sobre as implicações legais e sociais do ato, causando prejuízo significativo ao menor, especialmente a perda do benefício previdenciário de pensão por morte. Requer a anulação do ato de emancipação, com o restabelecimento dos seus direitos.

II. Fundamentação

O caso em análise requer a interpretação hermenêutica entre os fatos relatados e o direito aplicável, de forma a assegurar a efetivação dos princípios constitucionais e legais que protegem os interesses do menor.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227, consagra o princípio da proteção integral e do melhor interesse do menor, que deve nortear todas as decisões judiciais que envolvam crianças e adolescentes. Doutrinariamente, entende-se que esse princípio visa garantir o pleno desenvolvimento físico, mental, moral e social do menor.

No caso em tela, a emancipação foi realizada com vício de consentimento, conforme disposto nos artigos 171, II, e 166, VI, do Código Civil Brasileiro, uma vez que a genitora do menor, de baixa escolaridade, não foi devidamente informada sobre as consequências do ato, especialmente a perda de direitos previdenciários e a transferência de responsabilidades civis e penais ao menor.

A ausência de orientação clara e a existência de erro substancial comprometem a validade do ato jurídico, o que justifica a sua anulação. Além disso, a jurisprudência pátria tem reconhecido a necessidade de anulação de atos jurídicos realizados com vício de consentimento, especialmente quando envolvem direitos fundamentais de menores. Nesse sentido:

  • TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"A ausência de orientação adequada sobre os efeitos de um ato jurídico pode configurar vício de consentimento, justificando sua anulação, especialmente quando há prejuízo a direitos fundamentais.\"
  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"É desnecessária a emenda da petição inicial quando esta já está instruída com os documentos suficientes à sua propositura e à compreensão da pretensão do autor.\"

Portanto, resta evidenciado que a anulação da emancipação é medida necessária para restabelecer os direitos do menor e garantir sua proteção integral, em conformidade com a legislação brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário.

III. Dispositivo

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na presente ação para declarar a nulidade do ato de emancipação realizado em ___/___/____, com fundamento nos artigos 171, II, e 166, VI, do Código Civil Brasileiro, restabelecendo-se os direitos do menor, especialmente o benefício previdenciário junto ao INSS.

Condeno a parte requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Conclusão

Assim, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, proferi este voto, de forma clara e objetiva, para garantir a proteção integral e o melhor interesse do menor, restabelecendo seus direitos em conformidade com a legislação aplicável.

Sala de Sessões, data: ___/___/____.

_______________________________________
Magistrado(a)


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