Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais contra Instituição Financeira por Transações Fraudulentas
Publicado em: 19/01/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Distribuição por dependência
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, analista de sistemas, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico ___, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico ___, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de Banco X S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico ___, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor, titular do cartão de crédito emitido pelo réu, foi vítima de um golpe em que transações fraudulentas foram realizadas em seu nome, totalizando o valor de R$ 10.000,00. Tais operações não foram realizadas pelo autor, que prontamente comunicou o banco réu sobre a ocorrência, solicitando o bloqueio do cartão e o estorno dos valores indevidamente cobrados.
Apesar da comunicação imediata, o réu não tomou as providências necessárias para evitar o prejuízo ao autor, permitindo que as transações fossem concluídas. Além disso, o banco não realizou o estorno dos valores de forma célere, causando ao autor transtornos e abalos emocionais significativos.
O autor, diante da inércia do réu, viu-se obrigado a arcar com os valores fraudulentos para evitar a negativação de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, o que configura falha na prestação do serviço e enseja a reparação por danos morais.
DO DIREITO
A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, sendo o réu responsável objetivamente pelos danos causados ao autor, nos termos do CDC, art. 14. A falha na prestação do serviço é evidente, uma vez que o banco não adotou as medidas de segurança necessárias para evitar as transações fraudulentas, configurando o chamado fortuito interno.
O dano moral, no presente caso, é in re ipsa, ou seja, decorre automaticamente do fato danoso, dispensando a comprovação de prejuízo concreto. A negligência do réu em garantir a segurança das operações realizadas com o cartão de crédito do autor violou o direito à tranquilidade e à dignidade do consumidor, princípios protegidos pela CF/88, art. 5º, incisos V e X.
Doutrinadores como Cláudia Lima Marques destacam que "o fornecedor de serviços deve garantir a segurança e a confiabilidade de"'>...