Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais contra Operadora Telefônica por Cláusula Abusiva de Fidelização e Falhas na Prestação de Serviço

Publicado em: 16/07/2024 AdministrativoProcesso Civil
Petição inicial de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito c/c Indenização por Danos Morais ajuizada por consumidor contra operadora telefônica, visando reconhecer a abusividade de cláusula de renovação automática de fidelização em contrato de telefonia e a falha na prestação dos serviços contratados. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), nas Resoluções 632/2014 da ANATEL e em precedentes jurisprudenciais. Requer-se a declaração de inexigibilidade dos débitos, indenização por danos morais, e condenação da requerida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: ____________

Nome completo do Requerente: R. A. de S.

Nome completo do Requerido: Operadora Telefônica XYZ

PREÂMBULO

R. A. de S., brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado(a) na Rua _______, nº ___, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP ________, endereço eletrônico ________, por meio de seu advogado(a), conforme instrumento de mandato anexo, com escritório profissional situado na Rua _______, nº ___, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP ________, endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 319 do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Operadora Telefônica XYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua _______, nº ___, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP ________, endereço eletrônico ________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O Requerente firmou contrato de prestação de serviços de telefonia móvel com a Requerida, incluindo cláusula de fidelização com prazo de 12 meses, conforme permitido pelo art. 57 da Resolução 632/2014 da ANATEL. Durante a vigência do contrato, o Requerente constatou falhas reiteradas na prestação dos serviços, como ausência de sinal telefônico em diversas ocasiões, o que comprometeu o uso regular do serviço contratado.

Além disso, ao término do prazo de fidelização, a Requerida renovou automaticamente o contrato, incluindo a cláusula de fidelização, sem qualquer anuência expressa do Requerente. Tal prática é vedada pelo art. 59, parágrafo único, da Resolução 632/2014 da ANATEL, que proíbe a renovação automática de cláusulas de permanência/fidelização.

Em razão da abusividade da cláusula de renovação automática e da falha na prestação dos serviços, a Requerida passou a cobrar multa pela rescisão contratual, no valor de R$ ________, além de valores referentes a faturas vencidas após a rescisão.

O Requerente tentou solucionar a questão administrativamente, sem sucesso, sendo compelido a buscar a tutela jurisdicional para a declaração de inexigibilidade dos débitos e a reparação pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme art. 2º, uma vez que o Requerente, ainda que pessoa jurídica, encontra-se em situação de vulnerabilidade frente à Requerida, aplicando-se a teoria finalista mitigada.

O art. 57 da Resolução 632/2014 da ANATEL permite a inclusão de cl"'>...

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RELATÓRIO

Cuida-se de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito C/C Indenização por Danos Morais ajuizada por R. A. de S. em face da Operadora Telefônica XYZ, visando, em síntese, a declaração de inexigibilidade de multa contratual e faturas vencidas após a rescisão, bem como a indenização por danos morais, em virtude de falhas na prestação de serviços e cláusulas contratuais abusivas.

Os fatos narrados pela parte autora indicam que houve renovação automática de cláusula de fidelização, sem anuência expressa, bem como falha reiterada na prestação de serviços contratados, o que culminou na rescisão do contrato e na cobrança de valores considerados indevidos.

Passo à análise do mérito.

FUNDAMENTAÇÃO

1. Dos Fatos e do Direito

Conforme narrado, a relação jurídica existente entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, considerando-se a vulnerabilidade do Requerente frente à Requerida, nos termos do art. 2º do CDC e da teoria finalista mitigada.

O art. 57 da Resolução 632/2014 da ANATEL permite a cláusula de fidelização, desde que previamente acordada e com prazo determinado. No entanto, a renovação automática dessa cláusula é expressamente vedada pelo art. 59, parágrafo único, da mesma norma. A prática, portanto, é abusiva e viola o art. 51, IV, do CDC, que considera nulas as cláusulas que imponham obrigação excessivamente onerosa ao consumidor.

Além disso, a falha na prestação dos serviços, devidamente comprovada nos autos, configura descumprimento contratual por parte da Requerida, reforçando a inexistência de justa causa para a cobrança das faturas e da multa rescisória.

2. Dos Danos Morais

A falha na prestação de serviços essenciais, aliada à cobrança indevida de valores, gera abalo à dignidade do consumidor, ultrapassando o mero aborrecimento. Nesse sentido, resta configurado o dever de indenizar, conforme entendimento consolidado na jurisprudência pátria.

3. Jurisprudências Aplicáveis

A jurisprudência dos Tribunais pátrios reforça a nulidade de cláusulas de renovação automática em contratos de fidelização, bem como o direito à indenização por danos morais em situações de cobrança indevida:

  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: Reconhece a impossibilidade de prorrogação automática de cláusula de fidelização, considerando-a abusiva e nula.
  • TJSP, Apelação 1125775-67.2021.8.26.0100: Declara a invalidade de cláusula de renovação automática de prazo de fidelização, reforçando a aplicação do art. 59, parágrafo único, da Resolução 632/2014 da ANATEL.

DISPOSITIVO

Pelo exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por R. A. de S., para:

  1. Declarar a inexigibilidade da multa contratual e das faturas vencidas após a rescisão do contrato;
  2. Condenar a Requerida ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), corrigido monetariamente a partir da data desta decisão e acrescido de juros de mora de 1% ao mês, a contar da citação;
  3. Condenar a Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Local e Data

______________________________

Juiz(a) de Direito


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