Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito com Pedido de Indenização por Danos Materiais e Morais contra Mastercard

Publicado em: 01/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Pedido judicial formulado por consumidor contra a Mastercard, fundamentado em falha na prestação de serviço e cobrança indevida de R$ 3.000,00. A ação pleiteia a inexigibilidade do débito não reconhecido e a reparação de danos materiais e morais, com base no Código de Defesa do Consumidor (art. 14 e 42) e no Código Civil (art. 186, 187 e 927). A petição destaca a responsabilidade objetiva da operadora de cartão, jurisprudências aplicáveis e solicita medidas como citação, audiência de conciliação e arbitramento de valores para danos morais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO VICENTE/SP

Nome do Requerente: [Seu Nome Completo Abreviado conforme instruções]

Endereço: [Seu Endereço Completo]

CPF: [Seu CPF]

E-mail: [Seu E-mail]

Nome do Requerido: MASTERCARD

Endereço: [Endereço da Mastercard]

CNPJ: [CNPJ da Mastercard]

PREÂMBULO

Por meio da presente, o Requerente, devidamente qualificado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro (CCB/2002), bem como no Código de Defesa do Consumidor (CDC), propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

Em face de MASTERCARD, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente é cliente do Carrefour de São Vicente/SP, possuindo um cartão de crédito da bandeira Mastercard, utilizado regularmente para compras e cujas faturas são recebidas mensalmente via e-mail.

No dia 20 de dezembro de 2024, ao receber a fatura do cartão, o Requerente constatou a existência de quatro transações realizadas no dia 21 de novembro de 2024, sendo:

  • 1ª compra: R$ 100,00;
  • 2ª compra: R$ 2,00;
  • 3ª compra: R$ 2,00;
  • 4ª compra: R$ 3.000,00.

As três primeiras compras foram realizadas pelo Requerente e devidamente comprovadas por recibos emitidos pela máquina de cartão. Contudo, a quarta compra, no valor de R$ 3.000,00, não foi realizada pelo Requerente, tampouco há qualquer recibo ou comprovação de que tenha autorizado tal transação.

As compras ocorreram na residência do Requerente, durante uma venda de travesseiros realizada por vendedoras que utilizavam uma máquina de cartão vinculada à pessoa física R. S. da S., residente na cidade de Campinas/SP.

Ao constatar a irregularidade, o Requerente dirigiu-se à unidade do Carrefour em São Vicente/SP, onde a supervisora do setor de cartões limitou-se a realizar uma ligação para a operadora Mastercard. O atendente, identificado como Vitor, recusou-se a registrar a contestação sob a alegação de que a transação foi realizada mediante uso de senha.

O Requerente, então, questionou como poderia pagar apenas os valores efetivamente devidos, sendo informado que, caso não quitasse o valor integral da fatura, teria o cartão bloqueado e seu nome negativado junto ao SERASA.

DO DIREITO

O presente caso configura f"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Processo: [Número do Processo]

Autor: [Nome do Autor]

Réu: Mastercard

Relatório

Trata-se de uma Ação Declaratória de Inexigibilidade de Débito cumulada com Indenização por Danos Materiais e Morais ajuizada por [Nome do Requerente] em face de Mastercard, em razão de uma transação de R$ 3.000,00 não reconhecida pelo autor, realizada com seu cartão de crédito.

O Requerente alega que, após constatar a irregularidade na fatura, entrou em contato com a administradora do cartão, que se recusou a registrar a contestação, sob a justificativa de que a transação foi realizada com senha. Alega, ainda, que foi informado de que o não pagamento do valor total acarretaria o bloqueio do cartão e a negativação de seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito.

Requer, assim, a declaração de inexigibilidade da referida dívida, a repetição do indébito e a condenação da ré ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais sofridos. A ré, devidamente citada, apresentou contestação alegando inexistência de falha na prestação do serviço.

Fundamentação

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser fundamentada. Passo, portanto, a analisar os fatos e os fundamentos legais à luz do Direito aplicável.

Da Relação de Consumo

O caso em análise está abrangido pelas normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC), considerando que o Requerente é consumidor final e a Requerida enquadra-se como fornecedora de serviços, nos termos dos artigos 2º e 3º do CDC.

Nos termos do artigo 14 do CDC, o fornecedor responde objetivamente pelos danos causados em razão de defeitos na prestação do serviço, independentemente da existência de culpa. Assim, cabe à Requerida o ônus de demonstrar que o serviço foi prestado de forma adequada ou que inexistiu defeito na transação contestada.

Da Responsabilidade Objetiva

O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil Brasileiro, estabelece que a responsabilidade civil é objetiva nos casos em que a atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar risco para os direitos de outrem. No presente caso, a utilização de cartões de crédito é uma atividade que, por sua própria natureza, envolve riscos, como fraudes e transações não reconhecidas.

Ademais, a negativa da Requerida em registrar a contestação do autor, somada à ameaça de negativação de seu nome, configura uma conduta abusiva, violando os princípios da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, previstos no artigo 187 do Código Civil.

Da Falha na Prestação do Serviço

Conforme narrado nos autos, a Requerida não comprovou a regularidade da transação contestada pelo autor, tampouco apresentou elementos que demonstrem a autorização expressa do Requerente para a realização da compra de R$ 3.000,00. Dessa forma, resta caracterizada a falha na prestação do serviço, nos termos do artigo 14 do CDC.

Dos Danos Morais

A conduta da Requerida, ao recusar a contestação da transação e ameaçar a negativação do nome do autor, extrapola o mero dissabor, configurando dano moral in re ipsa. O constrangimento e a angústia causados ao autor são evidentes, sendo cabível a condenação da Requerida à reparação do dano.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil, bem como nos artigos 14 e 42 do Código de Defesa do Consumidor, voto pela procedência parcial do pedido, nos seguintes termos:

  1. Declarar a inexigibilidade do débito de R$ 3.000,00 referente à transação contestada;
  2. Condenar a Requerida ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ 3.000,00, corrigidos monetariamente desde o desembolso;
  3. Condenar a Requerida ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 5.000,00, considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
  4. Condenar a Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação.

É como voto.

[Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Juiz]


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Contestação apresentada pela Ré contra as alegações de dano moral feitas pela Autora, no contexto de mensagens enviadas em razão de inadimplência em contrato de sublocação verbal. A Ré refuta as acusações e formula pedido de reconvenção, visando reparação de prejuízos materiais causados pela Autora, incluindo dívida de R$ 7.000,00 e danos ao imóvel. A peça fundamenta-se no art. 343 do CPC/2015, art. 188, I do Código Civil, e jurisprudências pertinentes, requerendo a improcedência da ação principal e a condenação da Autora nos valores devidos.

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A presente ação declaratória tem como objetivo reconhecer a inexistência de uma contratação de hipoteca realizada de forma fraudulenta pelo réu, Banco do Brasil S.A., utilizando procurações falsas sem a anuência do autor, agricultor residente em área rural. O pedido inclui a nulidade do registro de hipoteca, a reparação por danos materiais e morais sofridos pelo autor, e a suspensão dos efeitos da hipoteca por meio de tutela de urgência. A ação fundamenta-se na violação do princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), na nulidade de atos jurídicos celebrados com fraude (CCB/2002, art. 166, IV) e na ausência de consentimento (CCB/2002, art. 104, III). A petição também invoca a proteção constitucional à privacidade e ao patrimônio (CF/88, art. 5º, X) e apresenta jurisprudências que corroboram a nulidade de contratos fraudulentos.

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A presente ação judicial visa a declaração de inexistência de débito entre aposentado e instituição financeira, em razão de crédito indevido em conta bancária sem solicitação ou autorização. O autor requer a restituição dos valores eventualmente descontados, indenização por danos morais e condenação do banco por falha na prestação de serviços, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Fundamenta-se em fatos e jurisprudências que apontam a responsabilidade objetiva da instituição financeira, além de invocar o direito de arrependimento e a boa-fé nas relações de consumo.

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