Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Multa com Pedido Cautelar contra Companhia de Eletricidade
Publicado em: 19/12/2023 CivelConsumidorPETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Nome completo: A. J. dos S., brasileiro, casado, agricultor, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na área rural do município de ___, endereço eletrônico: [email protected];
Nome completo: Companhia de Eletricidade ___, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico: [email protected].
PREÂMBULO
O Autor, por meio de seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE MULTA C/C PEDIDO CAUTELAR, em face da Companhia de Eletricidade ___, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor é consumidor regular dos serviços de energia elétrica fornecidos pela Ré, sendo titular da unidade consumidora nº ___, localizada em área rural. Em ___ (data), a Ré emitiu um Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI), acusando o Autor de realizar ligação clandestina ("gato") e, com base nesse documento unilateral, aplicou multa no valor de R$ ___.
O Autor nega veementemente a prática de qualquer irregularidade e destaca que a acusação é infundada, uma vez que o TOI foi elaborado unilateralmente pela Ré, sem qualquer prova pericial ou contraditório. Além disso, a Ré ameaçou suspender o fornecimento de energia elétrica caso o débito não fosse quitado, o que coloca em risco a subsistência do Autor e sua família, que dependem da energia elétrica para atividades essenciais.
DO DIREITO
A cobrança imposta pela Ré é manifestamente ilegal, uma vez que não há comprovação cabal da suposta fraude. Conforme o CPC/2015, art. 373, II, o ônus da prova recai sobre a parte que alega o fato constitutivo de seu direito, ou seja, a Ré. No entanto, a única "prova" apresentada é o TOI, documento produzido unilateralmente, sem qualquer validação técnica ou contraditório.
Ademais, a Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 5º, LIV e LV) assegura o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, direitos que foram violados pela Ré ao impor uma penalidade sem a devida apuração dos fatos.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 42, parágrafo único) também é aplicável ao caso, determinando que o consumidor cobrado indevidamente tem direito à repetição do indébito em dobro, salvo engano justificável, o que não se verifica no presente caso.
Por fim, o corte de energia elétrica, ameaçado pela Ré, é medida desproporcional e abusiva, especialmente considerando que a energia elétrica é um serviço essencial, conforme Le"'>...