Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais contra Magazine Luiza S/A

Publicado em: 28/08/2024 Processo CivilConsumidor
Ação judicial proposta por consumidora em face de Magazine Luiza S/A, com fundamento no Código de Defesa do Consumidor (CDC), visando à declaração de inexistência de débito referente à cobrança de taxa de "cartão ouro" não contratada e à exclusão de seu nome dos cadastros de inadimplentes (SPC e Serasa). A autora pleiteia, ainda, indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00, em razão do abalo sofrido devido à inscrição indevida. A petição fundamenta-se nos artigos 14 e 42 do CDC, bem como na Súmula 479 do STJ, e apresenta jurisprudências que confirmam o dano moral in re ipsa em situações similares.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[NOME COMPLETO DA AUTORA], brasileira, estado civil [especificar], profissão [especificar], portadora do CPF nº [informar] e RG nº [informar], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], onde receberá as intimações de estilo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de MAGAZINE LUIZA S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [informar], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora, consumidora regular da ré, realizou compras na loja Magazine Luiza, tendo quitado integralmente as faturas referentes às aquisições realizadas. Contudo, foi surpreendida com a cobrança de uma suposta taxa de "cartão ouro", a qual jamais contratou ou utilizou.

Apesar de ter entrado em contato com a ré para informar que não reconhecia a referida cobrança e que não havia contratado tal serviço, a empresa manteve a exigência do pagamento. Posteriormente, de forma arbitrária e abusiva, a ré incluiu o nome da autora nos cadastros de restrição ao crédito, como o SPC e Serasa, causando-lhe constrangimento e abalo moral.

A autora, além de não ter contratado o serviço, foi submetida a uma situação vexatória e injusta, tendo sua reputação financeira indevidamente maculada. Tal conduta da ré caracteriza abuso de direito e afronta os princípios da boa-fé e da confiança, norteadores das relações de consumo.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo a ré fornecedora de serviços e a autora consumidora, conforme os conceitos estabelecidos no CDC, art. 2º e art. 3º.

A inscrição indevida do nome da autora nos cadastros de inadimplentes configura prática abusiva e ilícita, violando o CDC, art. 14, que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços.

Ademais, a cobrança de débito inexistente é vedada pelo CDC, art. 42, que dispõe que o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

No caso em tela, a ré não apresentou qualquer comprovação de que a autora tenha contratado ou utiliz"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I - RELATÓRIO

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais movida por [NOME COMPLETO DA AUTORA] em face de Magazine Luiza S/A. A autora alega que foi cobrada indevidamente por uma taxa de "cartão ouro", a qual não contratou, resultando na inscrição de seu nome nos cadastros de restrição ao crédito. Em razão disso, pleiteia a declaração de inexistência do débito e a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00.

II - FUNDAMENTAÇÃO

1. Dos Fatos e da Relação Jurídica

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme os artigos 2º e 3º, que reconhecem a autora como consumidora e a ré como fornecedora de serviços.

O caso concreto revela a prática abusiva e ilícita da ré ao inscrever o nome da autora em cadastros de inadimplentes, sem comprovar a existência de vínculo contratual válido. Tal conduta configura afronta à boa-fé objetiva e ao princípio da dignidade da pessoa humana, ambos protegidos constitucionalmente.

2. Do Direito Aplicável

A conduta da ré está em desacordo com o art. 42 do Código de Defesa do Consumidor, que assegura ao consumidor o direito à repetição do indébito em dobro, com acréscimo de juros e correção monetária, salvo engano justificável. Ademais, o art. 14 do CDC consagra a responsabilidade objetiva do fornecedor por danos causados ao consumidor.

No tocante ao dano moral, este é presumido (in re ipsa) em casos de inscrição indevida em cadastros de inadimplentes, conforme entendimento consolidado na Súmula 479 do STJ: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".

3. Da Jurisprudência

Os tribunais têm reconhecido a responsabilidade objetiva do fornecedor em situações semelhantes, como se verifica nos seguintes precedentes:

  • STJ, Súmula 479: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias".
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, decorrente de fraude, caracteriza dano moral presumido, cuja responsabilidade das instituições financeiras é objetiva".
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Inscrição em cadastro de inadimplentes. Débitos declarados inexigíveis. Dano moral configurado. Indenização fixada em R$ 5.000,00".

4. Da Aplicação Constitucional

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, incisos V e X, protege o direito à honra e à imagem das pessoas, assegurando indenização por danos morais decorrentes de sua violação. Ademais, o art. 93, IX, impõe à decisão judicial o dever de fundamentação clara e precisa, o que aqui se cumpre.

III - DISPOSITIVO

Ante o exposto, com base nos fatos narrados, nos fundamentos jurídicos apresentados e na legislação aplicável, voto nos seguintes termos:

  1. Conheço do pedido e julgo procedente a ação para:
    • Declarar a inexistência do débito referente à taxa de "cartão ouro".
    • Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00, corrigidos monetariamente a partir da data do arbitramento e acrescidos de juros de mora a partir da citação.
  2. Determinar a exclusão do nome da autora dos cadastros de inadimplentes (SPC e Serasa), sob pena de multa diária de R$ 500,00.
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

É como voto.

__________________________

Magistrado


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