Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito Cumulada com Indenização por Danos Morais e Materiais contra a Caixa Econômica Federal por Fraude em Conta Bancária
Publicado em: 26/09/2024 Processo CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]
[Nome da Cidade], [Data]
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, desempregado, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], vem, por meio de seus advogados regularmente constituídos, com endereço profissional na Rua [Endereço do Advogado], onde receberá intimações, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na [Endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor é beneficiário do programa social "Caixa Tem", recebendo mensalmente o valor de R$ 800,00 (oitocentos reais). No dia [data do ocorrido], ao verificar sua conta bancária, constatou que o valor integral depositado foi transferido de forma fraudulenta para outra conta, sem sua autorização.
A transação ocorreu na madrugada, logo após o depósito do benefício, evidenciando falha na segurança do sistema bancário da Ré. O Autor, imediatamente, entrou em contato com a instituição financeira para relatar o ocorrido e solicitar a devolução do valor, mas não obteve solução.
Tal situação causou ao Autor não apenas prejuízo material, mas também abalo emocional, uma vez que depende exclusivamente desse benefício para sua subsistência.
DO DIREITO
A presente demanda encontra fundamento no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviços por danos causados aos consumidores em decorrência de falhas na prestação de serviços (CDC, art. 14).
A falha na segurança do sistema bancário da Ré caracteriza evidente defeito na prestação do serviço, sendo seu dever garantir a proteção dos dados e valores depositados em contas de seus clientes. Ademais, o Autor não realizou a transação questionada, cabendo à Ré comprovar a regularidade da operação, conforme disposto no CPC/2015, art. 373, II.
A conduta da Ré violou o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e o dever de segurança inerente à relação de consumo. Além disso, o dano moral é evidente, considerando o abalo "'>...