Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais e Repetição de Indébito contra Banco por Empréstimo Consignado Não Contratado

Publicado em: 25/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Previdenciário
Modelo de petição inicial de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais e Repetição de Indébito, proposta por aposentada em face de banco, em razão de descontos indevidos em benefício previdenciário decorrentes de empréstimo consignado não contratado. A petição detalha os fatos, fundamentação jurídica baseada no Código de Defesa do Consumidor e Código Civil, além de jurisprudência sobre responsabilidade objetiva, nulidade contratual e danos morais relacionados à violação do princípio da boa-fé e da subsistência do consumidor. Os pedidos incluem tutela antecipada, declaração de inexistência do contrato, restituição em dobro dos valores descontados, indenização por danos morais e custas processuais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________

Distribuição com pedido de tutela antecipada

PREÂMBULO

P. M. DA S., brasileira, aposentada, portadora do CPF nº ____________, RG nº ____________, residente e domiciliada na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, nascida em 11/09/1953, vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO

em face do BANCO CREFISA S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ____________, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS

A autora, Sra. P. M. da S., aposentada, percebe benefício previdenciário NB: 157.734.277-9, que é sua única fonte de renda. Em data recente, constatou descontos indevidos em seu benefício, decorrentes de um contrato de empréstimo consignado que jamais celebrou com o banco réu.

O contrato, no valor de R$ 17.109,57, foi firmado sem a autorização da autora, conforme documentos anexos, com previsão de pagamento em 84 parcelas de R$ 394,86. A autora jamais consentiu com tal contratação e sequer foi informada sobre a realização do empréstimo.

A conduta do banco réu causou abalo financeiro e emocional à autora, comprometendo sua subsistência e violando seus direitos como consumidora e cidadã.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), tendo em vista a evidente relação de consumo (CDC, art. 2º e art. 3º). O banco réu, como fornecedor de serviços, possui responsabilidade objetiva pelos danos causados aos consumidores, nos termos do CDC, art. 14.

A contratação do empréstimo consignado sem a anuência da autora configura falha na prestação do serviço, violando o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e o dever de informação (CDC, art. 6º, III). Ademais, a ausência de consentimento da autora torna o contrato nulo, nos termos do CCB/2002, art. 104, III.

A repetição do indébito em dobro é cabível, conforme prevê o CDC, art. 42, parágrafo único, salvo prova de engano justificável, o que não ocorre no presente caso. Além disso, os descontos indevidos no benefício previdenciário da autora configuram dano moral, uma vez que comprometeram sua subsistência e causaram sofrimento psicológico.

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Informações complementares

Simulação de Voto

I - Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com indenização por danos morais e repetição de indébito, proposta por P. M. da S. em face do Banco Crefisa S/A, sob alegação de descontos indevidos realizados em seu benefício previdenciário, decorrentes de um contrato de empréstimo consignado que a autora afirma jamais ter celebrado.

A autora sustenta que o contrato foi firmado sem sua autorização e que os descontos comprometeram sua subsistência, requerendo a declaração de inexistência do contrato, a repetição de valores descontados em dobro e a indenização por danos morais.

II - Fundamentação

Passo à análise das questões de fato e de direito, com fulcro no art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que exige fundamentação para as decisões judiciais.

2.1 Dos Fatos

A autora, aposentada, percebe benefício previdenciário que constitui sua única fonte de renda. Os descontos indevidos, originados de contrato de empréstimo consignado que alega não ter firmado, foram devidamente comprovados nos autos por meio de documentos anexados, os quais demonstram a ausência de sua anuência na contratação.

2.2 Do Direito

A relação jurídica entre as partes está submetida ao Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo o réu fornecedor de serviços (art. 3º do CDC) e a autora consumidora (art. 2º do CDC). Nesse contexto, o banco réu tem responsabilidade objetiva pelos danos causados, conforme previsão do art. 14 do CDC.

A ausência de consentimento da autora para a celebração do contrato torna o negócio jurídico nulo, nos termos do art. 104, inciso III, do Código Civil. Além disso, a falha na prestação do serviço, caracterizada pela contratação sem anuência, viola o princípio da boa-fé objetiva (art. 422 do Código Civil) e o dever de informação (art. 6º, III, do CDC).

Quanto à repetição do indébito, o art. 42, parágrafo único, do CDC prevê a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente, salvo prova de engano justificável, o que não restou demonstrado nos autos.

Além disso, os descontos indevidos em benefício de natureza alimentar configuram dano moral, conforme entendimento consolidado na jurisprudência nacional, em razão do abalo emocional e financeiro causado à autora.

2.3 Jurisprudência

A jurisprudência pátria é pacífica no sentido de reconhecer a responsabilidade objetiva das instituições financeiras em situações de contratação fraudulenta. Apresento, a título exemplificativo, os seguintes precedentes:

  • TJSP (Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau – Turma III): \"O banco réu é objetivamente responsável pelos danos causados, considerando a falha na prestação de serviços que resultou na contratação fraudulenta, gerando o dever de indenizar.\"
  • TJSP (24ª Câmara de Direito Privado): \"Dano moral configurado em razão de descontos indevidos no benefício previdenciário, comprometendo a subsistência da autora.\"

III - Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, julgo procedente o pedido inicial, nos seguintes termos:

  1. Declaro a inexistência do contrato de empréstimo consignado firmado com o réu;
  2. Determino a repetição do indébito, em dobro, dos valores indevidamente descontados do benefício previdenciário da autora, com correção monetária e juros legais;
  3. Condeno o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00, considerando os critérios de proporcionalidade e razoabilidade;
  4. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Determino, ainda, a imediata suspensão dos descontos indevidos no benefício previdenciário da autora, sob pena de multa diária no valor de R$ 500,00, limitada a R$ 10.000,00.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

__________________________

Magistrado


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Publicado em: 26/11/2023 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Previdenciário

Petição inicial de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais, proposta por beneficiário do INSS contra instituição financeira. O caso envolve descontos indevidos em benefício previdenciário decorrentes de contrato de empréstimo consignado não reconhecido pelo autor. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), com pedidos de tutela de urgência, declaração de nulidade do contrato, repetição em dobro dos valores cobrados indevidamente e indenização pelos danos morais sofridos.

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Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito, Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais Contra o INSS

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Publicado em: 14/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Previdenciário

A presente peça jurídica trata de uma Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais, proposta por beneficiário do INSS que sofreu descontos indevidos de R$ 35,00 em seu benefício previdenciário ao longo de 12 meses, totalizando R$ 420,00. O autor requer a declaração de inexistência do débito, a devolução em dobro do valor descontado (R$ 840,00), indenização por danos morais e a condenação do INSS ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. A peça fundamenta-se em princípios constitucionais, como o da legalidade (art. 37 da CF/88) e o direito de propriedade (art. 5º, XXII, CF/88), além de dispositivos do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor. Inclui jurisprudências relevantes que reforçam a tese do autor.

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Modelo de Petição Inicial: Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais contra Instituição Financeira

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Publicado em: 20/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor Direito Previdenciário

Petição inicial proposta por idosa aposentada, com fundamento no CPC/2015, para ajuizar Ação Declaratória de Inexistência de Débito em face de instituição financeira devido a descontos indevidos em benefício previdenciário relacionados a contrato de cartão de crédito consignado inexistente. O documento requer a declaração da inexistência do débito, a devolução em dobro dos valores descontados, indenização por danos morais, e a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, com base na responsabilidade objetiva da instituição. A ação também busca a concessão de gratuidade de justiça, produção de provas e designação de audiência de conciliação, com pedidos fundamentados no CDC, no CCB/2002 e na Constituição Federal.

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