Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais Contra Instituição Financeira

Publicado em: 06/03/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais, proposta por proprietário de veículo que teve seu bem vinculado fraudulentamente a financiamento ativo em outro estado. O documento expõe os fatos, fundamentos jurídicos com base no Código Civil, Constituição Federal e Código de Defesa do Consumidor, e requer a declaração de inexistência do débito, a indenização por danos morais e outras providências legais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[NOME DO AUTOR], qualificado abaixo, vem, por meio de seu advogado, propor a presente ação.

PREÂMBULO

[NOME DO AUTOR], brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, em face de [NOME DO RÉU], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é proprietário do veículo [marca/modelo], placa [placa], RENAVAM [número], adquirido em [data da aquisição]. Em [data], ao realizar consulta junto ao sistema do DETRAN, foi surpreendido com a informação de que o referido veículo estava vinculado a um financiamento ativo em outro estado, mais precisamente no estado de [nome do estado].

Ocorre que o Autor jamais vendeu ou transferiu o veículo a terceiros, tampouco realizou qualquer financiamento relacionado ao bem em questão. Tal situação configura evidente fraude, gerando graves transtornos ao Autor, que se viu impossibilitado de realizar a transferência do veículo e, ainda, teve sua reputação abalada.

Diante disso, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para declarar a inexistência do débito e obter a devida reparação pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no art. 319 do CPC/2015, que estabelece os requisitos da petição inicial, bem como no art. 5º, XXXV, da CF/88, que assegura o direito de acesso à justiça para a proteção de direitos violados.

No caso em tela, verifica-se a existência de uma relação de consumo, nos termos do art. 2º do CDC, uma vez que o Autor é consumidor final e a Ré é fornecedora de serviços financeiros. Assim, aplica-se o art. 6º, VIII, do CDC, que prevê a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, dada a hipossuficiência do Autor e a verossimilhança das alegações.

Além disso, o art. 186 do CCB/2002 dispõe que aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem, comete ato ilícito, sendo responsável pela reparação dos danos causados. No caso, a conduta negligente da Ré, ao permitir a vinculação fraudulenta do veículo do Autor a um financiamento inexistente, configura ato ilícito passível de indenização.

Por fim, o art. "'>...

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Informações complementares

Segue abaixo a simulação de um voto de magistrado, formatado em HTML:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais, proposta por [NOME DO AUTOR], em face de [NOME DO RÉU], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX.

O autor afirma que é proprietário do veículo [marca/modelo], placa [placa], RENAVAM [número], e que foi surpreendido com a informação de que o referido bem estaria vinculado a um financiamento ativo em outro estado, situação que jamais ocorreu, configurando evidente fraude. Requer a declaração da inexistência do débito e a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais.

A parte ré, devidamente citada, apresentou contestação, argumentando a inexistência de falhas em seus procedimentos e a regularidade das operações realizadas.

Encerrada a instrução processual, os autos vêm conclusos para julgamento.

Voto do Magistrado

Passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados pelas partes, à luz da Constituição Federal de 1988 e demais normas aplicáveis.

Dos Fatos

Restou demonstrado nos autos que o veículo de propriedade do autor foi vinculado, de forma indevida, a um financiamento ativo em outro estado. Conforme consta nos elementos probatórios apresentados, a parte autora jamais realizou tal operação financeira, o que configura fraude, ensejando a tutela jurisdicional para reparação dos prejuízos ocasionados.

Do Direito

Inicialmente, cumpre destacar o disposto no art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, que assegura a todos o direito de acesso à justiça para a defesa de seus direitos. No caso em tela, a parte autora busca a tutela jurisdicional para a proteção de sua situação jurídica violada.

Além disso, o art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor estabelece a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, quando presentes a hipossuficiência e a verossimilhança das alegações, o que se verifica no caso concreto, dada a relação de consumo existente entre as partes.

O art. 186 do Código Civil dispõe que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. No presente caso, a conduta negligente da instituição financeira, ao permitir a vinculação fraudulenta do veículo do autor a um financiamento inexistente, configura ato ilícito passível de reparação.

Ademais, o art. 927 do Código Civil reforça o dever de indenizar, determinando que “aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Assim, resta configurado o direito do autor à indenização pelos danos morais sofridos.

Da Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica ao reconhecer a responsabilidade das instituições financeiras em casos de fraude, especialmente em situações que geram danos ao consumidor. Nesse sentido, colaciono os seguintes precedentes:

“Ação declaratória de inexistência de débito e de indenização por danos morais. (...) Hipótese em que a prova da legitimidade da contratação incumbirá à instituição financeira, por força da aplicação do instituto da inversão do ônus probatório. (...) Recurso provido.” (TJSP, 19ª Câmara de Direito Privado, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. João Camillo de Almeida Prado Costa, j. em 13/09/2024).

“Declaratória de inexistência de débitos c/c repetição de indébito em dobro e indenização por danos morais - (...) Exigência que configura violação ao art. 5º, XXXV, da CF/88 - (...) Recurso provido.” (TJSP, 23ª Câmara de Direito Privado, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Lígia Araújo Bisogni, j. em 07/01/2025).

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige que todas as decisões sejam devidamente fundamentadas, JULGO PROCEDENTE o pedido da parte autora para:

  1. Declarar a inexistência do débito vinculado ao veículo [marca/modelo], placa [placa], RENAVAM [número];
  2. Condenar a parte ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ [valor], corrigido monetariamente a partir desta decisão e acrescido de juros de mora de 1% ao mês a partir do evento danoso;
  3. Condenar a parte ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

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