Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Cumulada com Indenização por Danos Morais contra o DETRAN com Base em Falsificação de Assinaturas e Perícia Grafotécnica

Publicado em: 09/04/2024 AdministrativoCivel Direito Penal
Pedido judicial em que o Autor busca a declaração de inexistência de infrações de trânsito imputadas indevidamente, bem como a anulação das penalidades aplicadas devido à falsificação de assinaturas nos formulários de identificação do condutor infrator. A ação é movida contra o DETRAN, que, ao negar a perícia grafotécnica e indeferir pedidos administrativos, violou os princípios do contraditório e da ampla defesa. Além disso, solicita-se indenização por danos morais, fundamentando-se no CPC/2015 e na jurisprudência relativa à necessidade de comprovação da autenticidade de documentos questionados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição por dependência ao processo nº __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, casado, engenheiro civil, inscrito no CPF sob o nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de DETRAN __________, pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor foi surpreendido ao receber notificações de infrações de trânsito supostamente cometidas por ele, as quais resultaram na aplicação de multas e na perda de pontos em sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Contudo, o Autor jamais foi responsável por tais infrações e, ao investigar a origem das penalidades, constatou que as assinaturas constantes nos formulários de identificação do condutor infrator foram falsificadas.

Diante disso, o Autor solicitou administrativamente ao DETRAN a anulação das penalidades, requerendo a realização de perícia grafotécnica para comprovar a falsidade das assinaturas. Todavia, o pedido foi indeferido, configurando grave violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

A conduta negligente do DETRAN em aceitar documentos falsificados e não apurar devidamente a autenticidade das assinaturas causou ao Autor prejuízos morais e materiais, além de comprometer sua reputação e gerar transtornos emocionais.

DO DIREITO

A falsificação de assinaturas em documentos oficiais configura grave violação aos direitos do Autor, sendo imprescindível a anulação das penalidades impostas. Nos termos do CPC/2015, art. 428, I, a presunção de autenticidade de documento particular cessa quando impugnada e enquanto não comprovada sua veracidade. Ademais, o ônus de provar a autenticidade do documento é da parte que o produziu, conforme CPC/2015, art. 429, II.

O DETRAN, ao aceitar documentos com assinaturas falsificadas, violou o dever de diligência e transparência, comprometendo a validade dos atos administrativos praticados. A nulidade dos atos administrativos é reconhecida quando há vício de legalidade, nos termos do CCB/2002, art. 168 e CCB/2002, art. 169.

Além disso, a conduta do DETRAN gerou danos morais ao Autor, que teve sua honra e dignidade abaladas. O direito à indenização por danos morais encontra amparo no C"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica C/C Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S. em face do DETRAN __________, na qual o autor pleiteia a anulação de penalidades de trânsito, a declaração de inexistência de infrações imputadas e a indenização por danos morais, alegando que as assinaturas constantes nos documentos administrativos foram falsificadas.

Relatório

O caso em análise gira em torno da alegação de que o Autor foi indevidamente autuado por infrações de trânsito com base em assinaturas falsificadas em formulários administrativos. Apesar de ter solicitado administrativamente a anulação das penalidades e uma perícia grafotécnica para comprovar a falsidade das assinaturas, o DETRAN negou o pedido, o que levou o autor a ingressar com a presente ação. Alega-se, ainda, que a conduta do réu causou danos morais e materiais ao autor.

Fundamentação

1. Dos Fatos e da Prova

O artigo 429, II, do Código de Processo Civil de 2015 estabelece que cabe à parte que produziu o documento provar sua autenticidade em caso de impugnação. No presente caso, o DETRAN foi omisso ao não realizar perícia grafotécnica nos documentos impugnados, mesmo diante da gravidade da alegação de falsificação. Tal omissão caracteriza cerceamento de defesa, violando os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, previstos no artigo 5º, LV, da Constituição Federal de 1988.

2. Do Direito

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, X, assegura a inviolabilidade da honra e da dignidade das pessoas, garantindo o direito à indenização por danos morais. A negligência do DETRAN em apurar a autenticidade das assinaturas e em anular as penalidades impostas configura violação aos direitos fundamentais do autor. Ademais, os atos administrativos carecem de validade quando eivados de vício de legalidade, conforme disposto nos artigos 168 e 169 do Código Civil de 2002.

A jurisprudência reforça a necessidade de perícia grafotécnica quando há impugnação de assinatura em documentos que fundamentam atos administrativos ou relações jurídicas. Nesse sentido, tribunais reiteram que a ausência de tal prova constitui cerceamento de defesa e nulidade do ato administrativo.

  • TJSP (Turma Cível e Criminal - Diadema): "Infração de trânsito - Reconhecida fraude nas assinaturas de identificação de condutor - Nulidade do ato administrativo e dano moral reconhecido."
  • TJSP (7ª Câmara de Direito Privado): "Imprescindível a produção de prova grafotécnica para verificar a autenticidade de assinatura impugnada."

3. Conclusão

Diante do exposto, restou comprovado que a omissão do DETRAN em apurar a autenticidade das assinaturas e anular as penalidades impostas violou os direitos fundamentais do autor. A ausência de perícia grafotécnica caracteriza vício de legalidade no ato administrativo, tornando-o nulo. Ademais, os danos morais sofridos pelo autor são evidentes, dada a gravidade dos prejuízos à sua honra e dignidade.

Decisão

Com base nos fatos, fundamentos constitucionais e legais apresentados, voto por:

  1. Julgar procedente o pedido do autor para declarar a inexistência das infrações de trânsito imputadas e anular as penalidades aplicadas pelo DETRAN;
  2. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir da data da publicação desta decisão;
  3. Determinar a realização de perícia grafotécnica para comprovação da falsidade das assinaturas impugnadas, caso ainda persistam dúvidas;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação;

Assim, acolho o pedido inicial e dou provimento à presente ação, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação das decisões judiciais.

Dispositivo

Posto isso, julgo procedente a ação para:

  1. Declarar a inexistência das infrações de trânsito e anular as penalidades aplicadas;
  2. Condenar o DETRAN ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Local e data.

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito Cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais Contra Instituição Bancária por Empréstimo Não Solicitado

Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito Cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais Contra Instituição Bancária por Empréstimo Não Solicitado

Publicado em: 20/01/2025 AdministrativoCivel Direito Penal

Petição inicial em que o Requerente, aposentado e idoso, propõe ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais contra instituição bancária, motivada por depósito indevido configurando empréstimo não solicitado. O documento fundamenta a prática abusiva com base no Código de Defesa do Consumidor, Estatuto do Idoso e princípios gerais do direito, requerendo a devolução dos valores, a comunicação do fato ao Ministério Público e a reparação moral. Inclui jurisprudências relacionadas e pedidos específicos, como a realização de audiência de conciliação.

Acessar

Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito Cumulada com Indenização por Danos Morais Contra Banco por Contratos Fraudulentos de Empréstimos Consignados

Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito Cumulada com Indenização por Danos Morais Contra Banco por Contratos Fraudulentos de Empréstimos Consignados

Publicado em: 24/03/2024 AdministrativoCivel Direito Penal

Este documento trata de uma ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais, proposta por uma aposentada contra uma instituição bancária. A autora alega que foram realizados dois empréstimos consignados fraudulentos em seu nome, sem seu consentimento, e que os valores foram transferidos para terceiros vinculados ao correspondente bancário. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), destacando a responsabilidade objetiva do banco pelos atos de seus correspondentes e a aplicação da inversão do ônus da prova. A ação inclui pedidos de declaração de inexistência de débito, indenização por danos morais, e concessão de justiça gratuita, além de trazer jurisprudências relevantes que embasam o pleito da autora.

Acessar

Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais contra Instituição Financeira

Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais contra Instituição Financeira

Publicado em: 23/01/2025 AdministrativoCivel Direito Penal

Petição inicial de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais proposta por correntista contra instituição financeira, visando declarar inexistente dívida já quitada que resultou na negativa de solicitação de crédito. Fundamento jurídico baseado no Código de Defesa do Consumidor, art. 43, §3º, evidenciando falha na prestação de serviços e violação da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana. O documento inclui pedidos de gratuidade de justiça, citação do réu, indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 e produção de provas.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.