Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Compra e Venda de Imóvel com Pedido de Tutela Antecipada e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 12/09/2024 CivelProcesso Civil
Propositura de ação judicial para declarar a nulidade de contrato de compra e venda de imóvel, alegando simulação e fraude que prejudicaram o Autor. O pedido inclui tutela de urgência para averbação da existência da ação na matrícula do imóvel, impedindo sua alienação a terceiros, além de indenização por danos morais devido à violação da boa-fé objetiva e aos prejuízos causados. Fundamentação jurídica baseada nos artigos 167, 186 e 927 do Código Civil e no artigo 300 do Código de Processo Civil, com citações de jurisprudências pertinentes.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

[NOME COMPLETO DO AUTOR], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número] e RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por seu advogado regularmente constituído, com escritório profissional situado à [endereço completo], onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número] e RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é proprietário do imóvel localizado à [endereço completo do imóvel], conforme consta na matrícula nº [número] do Cartório de Registro de Imóveis de [localidade]. No entanto, foi surpreendido ao verificar que o referido imóvel foi objeto de contrato de compra e venda, registrado em nome do Réu, sem que houvesse qualquer pagamento ou anuência por parte do Autor.

O contrato de compra e venda foi celebrado de forma simulada, com o intuito de fraudar direitos do Autor e transferir indevidamente a propriedade do bem. Tal situação configura grave violação dos princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, além de ensejar prejuízos de ordem moral e patrimonial ao Autor.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CCB/2002, art. 167, que dispõe sobre a nulidade dos negócios jurídicos simulados. A simulação ocorre quando as partes, de comum acordo, celebram um negócio jurídico com a intenção de ocultar a verdadeira natureza do ato ou de prejudicar terceiros.

No caso em tela, o contrato de compra e venda foi celebrado sem qualquer pagamento ou intenção real de transferência de propriedade, configurando evidente simulação. Tal prática é vedada pelo ordenamento jurídico, que protege a boa-fé e a segurança das relações jurídicas.

Ademais, o CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes os requisitos da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No presente caso, a probabilidade do direito está demonstrada pela ausência de pagamento e pela simulação do contrato, enquanto o perigo d"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Nulidade de Compra e Venda de Imóvel c/c Pedido de Antecipação dos Efeitos da Tutela e Indenização por Danos Morais, proposta por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face de [NOME COMPLETO DO RÉU]. O autor alega a existência de contrato de compra e venda simulado, sem pagamento ou anuência, que gerou o registro do imóvel em nome do réu.

O pedido versa sobre a declaração de nulidade do contrato, a anulação do registro imobiliário e o pagamento de indenização por danos morais. O autor fundamenta sua pretensão no Código Civil (art. 167 e art. 186) e no Código de Processo Civil (art. 300), requerendo ainda tutela de urgência para averbação na matrícula do imóvel.

Fundamentação

Inicialmente, cumpre destacar que o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 estabelece que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade". Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos.

No mérito, a nulidade do negócio jurídico simulado encontra amparo no art. 167 do Código Civil, que dispõe que "é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma". O contrato de compra e venda questionado foi celebrado sem a efetiva transferência de valores ou intenção real de alienação, configurando evidente simulação, o que viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos.

Quanto à tutela de urgência, o art. 300 do Código de Processo Civil exige a presença da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em tela, os documentos apresentados pelo autor demonstram a probabilidade do direito, enquanto o perigo de dano é evidente ante a possibilidade de alienação do imóvel a terceiros, causando prejuízos irreparáveis.

Sobre a indenização por danos morais, o art. 186 e o art. 927 do Código Civil dispõem que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. A conduta do réu, ao registrar o imóvel em seu nome de forma fraudulenta, gerou abalo psicológico ao autor, configurando dano extrapatrimonial que merece reparação.

Por fim, destaco que a jurisprudência é pacífica quanto ao reconhecimento da nulidade de contratos simulados e à concessão de indenização em casos de violação à boa-fé e à segurança jurídica. Exemplos relevantes incluem:

  • TJSP (9ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Participação da instituição financeira em negócio jurídico fraudulento [...]".
  • TJSP (13ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Compromisso de compra e venda de imóvel [...]".

Dispositivo

Ante o exposto, conheço do pedido e voto pela procedência da ação para:

  1. Declarar a nulidade do contrato de compra e venda celebrado entre as partes;
  2. Anular o registro imobiliário realizado em nome do réu;
  3. Conceder a tutela de urgência para averbação da existência da presente ação na matrícula do imóvel;
  4. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ [valor], corrigido monetariamente e acrescido de juros de mora desde a citação;
  5. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação.

É como voto.

Termos Finais

[Localidade], [Data].

___________________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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