Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Multas de Trânsito e Liberação de Licenciamento por Ausência de Notificação e Violação ao Devido Processo Legal

Publicado em: 25/09/2024 AdministrativoConstitucional Trânsito
Ação judicial proposta por proprietário de veículo em face do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), com o objetivo de declarar a nulidade de multas de trânsito aplicadas sem notificação prévia e que condicionam a emissão do licenciamento anual do veículo ao pagamento indevido. Fundamenta-se em violação ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, garantidos pela Constituição Federal (art. 5º, LIV e LV), e nas disposições do Código de Trânsito Brasileiro (arts. 280, 281 e 282). A petição inclui jurisprudência pertinente e solicita tutela de urgência para a liberação do licenciamento, a citação do réu, a nulidade das multas e a condenação do DETRAN ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]

[Espaço para número do processo, se aplicável]

PREÂMBULO

[Nome completo do autor], [estado civil], [profissão], inscrito no CPF sob o nº [inserir CPF] e portador do RG nº [inserir RG], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, com escritório profissional situado à [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE LANÇAMENTO DE MULTAS DE TRÂNSITO C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER

em face do DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO – DETRAN, pessoa jurídica de direito público, com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é proprietário do veículo [descrever veículo, ex.: marca, modelo, placa], o qual foi objeto de infrações de trânsito cometidas por terceiros, conforme se depreende dos autos de infração nº [inserir número].

Ocorre que, ao tentar realizar o licenciamento anual do referido veículo, o Autor foi surpreendido com a negativa do DETRAN, que condicionou a emissão do licenciamento ao pagamento das multas de trânsito mencionadas.

Ressalta-se que o Autor não foi devidamente notificado das infrações, o que impossibilitou o exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa, garantidos pelo art. 5º, LV, da CF/88. Além disso, as infrações não foram cometidas pelo Autor, mas sim por terceiros, o que reforça a ilegalidade da cobrança.

Diante disso, o Autor busca a tutela jurisdicional para ver declarada a nulidade das multas e, consequentemente, a liberação do licenciamento do veículo.

DO DIREITO

A exigência do pagamento de multas de trânsito como condição para a emissão do licenciamento anual do veículo, sem que tenha havido a devida notificação do infrator, viola frontalmente o direito ao devido processo legal, previsto no art. 5º, LIV e LV, da CF/88.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece, em seus arts. 280, 281 e 282, que a aplicação de penalidades por infrações de trânsito depende da notificação prévia do infrator, garantindo-lhe o direito de defesa. Ademais, o art. 110 do CTB não autoriza a renovação do licenciamento de veículo em débito de multas, mas tal dispositivo deve ser interpretado em consonância com os princípios constitucionais do contraditório e da ampla"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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Simulação de Voto

VOTO

Excelentíssimos Ministros, trata-se de ação declaratória de nulidade de lançamento de multas de trânsito cumulada com obrigação de fazer, proposta pelo Autor em face do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN). A demanda versa sobre a alegação de ausência de notificação prévia das infrações de trânsito e a consequente violação ao contraditório e à ampla defesa, conforme disposto no art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal de 1988.

O cerne da controvérsia consiste em determinar se houve ou não observância dos procedimentos legais para aplicação das multas de trânsito, conforme previsto nos arts. 280 a 282 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e se a exigência de pagamento das referidas multas como condição para renovação do licenciamento do veículo é legítima.

ANÁLISE DOS FATOS E DO DIREITO

A documentação anexada aos autos demonstra que o Autor não foi devidamente notificado das infrações de trânsito que originaram as multas questionadas. Tal fato configura flagrante violação ao devido processo legal, pois impede o exercício pleno das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, conforme preceitua o art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal.

O Código de Trânsito Brasileiro, em seus dispositivos, exige a notificação do infrator tanto no momento da lavratura do auto de infração quanto antes da aplicação da penalidade, o que não foi observado no presente caso. Além disso, a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF) reforça que a ausência de notificação inviabiliza a exigência de pagamento das multas e, por conseguinte, condiciona a renovação do licenciamento do veículo à regularidade do procedimento administrativo.

Assim, a exigência de pagamento das multas, sem a devida notificação e sem oportunizar a defesa do Autor, é ilegal e deve ser reputada nula, conforme os princípios constitucionais aplicáveis e as normas do CTB.

FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL E LEGAL

O presente voto encontra fundamento nos seguintes dispositivos:

  • Constituição Federal de 1988: Art. 5º, LIV e LV - direito ao devido processo legal, contraditório e ampla defesa;
  • Código de Trânsito Brasileiro: Arts. 280, 281 e 282 - requisitos para a aplicação de penalidades de trânsito;
  • Jurisprudência do STF: Reconhecimento da ilegalidade de cobrança de multas sem notificação prévia do infrator.

CONCLUSÃO

Ante o exposto, com base nos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, voto no sentido de dar procedência ao pedido formulado pelo Autor, declarando a nulidade das multas de trânsito objeto da presente ação, determinando a imediata liberação do licenciamento do veículo do Autor, independentemente do pagamento das multas questionadas.

Determino ainda que o Réu, Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), abstenha-se de condicionar a renovação do licenciamento do veículo do Autor ao pagamento de débitos oriundos de infrações que não observem o devido processo legal e a prévia notificação.

Por fim, condeno o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

É como voto.

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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