Modelo de Ação Declaratória de Nulidade Processual por Violação ao Contraditório e Ampla Defesa no Curso de Inquérito Policial
Publicado em: 18/09/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [LOCAL]
Processo nº: [Número do Processo]
Requerente: [Nome do Requerente, qualificado abaixo]
Requerido: Ministério Público
PREÂMBULO
[Nome do Requerente], brasileiro, estado civil [especificar], profissão [especificar], portador do CPF nº [especificar], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 564, III, "e", bem como nos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório (CF/88, art. 5º, LV), propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE PROCESSUAL
em face do MINISTÉRIO PÚBLICO, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS
O Requerente foi surpreendido com a instauração de ação penal em seu desfavor, sem que tivesse sido regularmente intimado no curso do inquérito policial para apresentar sua defesa. Tal omissão violou o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório, garantidos pela CF/88, art. 5º, LV.
Durante o inquérito policial, não houve qualquer comunicação formal ao Requerente acerca dos atos processuais realizados, tampouco foi oportunizado o exercício de sua defesa técnica. A ausência de intimação comprometeu a possibilidade de participação efetiva do Requerente nos atos investigatórios, o que culminou na instauração de ação penal sem o devido respeito às garantias fundamentais.
Diante dessa flagrante violação de direitos, torna-se imperiosa a declaração de nulidade dos atos processuais realizados a partir do momento em que o Requerente deveria ter sido intimado, com a consequente repetição dos atos processuais, garantindo-se o pleno exercício de sua defesa.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, LV, assegura a todos os litigantes, em processos judiciais ou administrativos, o direito ao contraditório e à ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. No caso em tela, a ausência de intimação do Requerente no curso do inquérito policial configura grave violação a esses princípios constitucionais.
O Código de Processo Penal, em seu art. 564, III, "e", dispõe que a ausência de intimação do acusado ou de seu defensor para a prática de atos processuais essenciais acarreta a nulidade do processo. Ademais, o art. 563 do mesmo diploma legal estabelece que "nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defes"'>...