Modelo de Ação Declaratória para Reparação de Danos Materiais e Morais, Obrigações de Fazer e Não Fazer em Condomínio com Problemas Estruturais

Publicado em: 03/03/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Propositura de ação declaratória cumulada com pedidos de reparação de danos materiais e morais, além de obrigações de fazer e não fazer, em face de condôminos responsáveis por obras irregulares que comprometeram a estrutura de um edifício no Rio de Janeiro. A ação é fundamentada nos artigos 1.336, II e IV, 1.344, 186 e 927 do Código Civil, sendo comprovada por laudos técnicos que demonstram os grave prejuízos causados pela construção de piscina e plantio inadequado de coqueiros na cobertura de propriedade dos réus. Inclui pedidos de demolição da estrutura irregular, retirada das árvores, restituição de valores pagos por obras emergenciais e indenização por danos morais.

AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM PEDIDOS DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAL E MORAL, OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro – RJ

A. J. dos S., M. F. de S. L., C. E. da S., J. P. de A. e L. M. de O., todos devidamente qualificados, por meio de seus advogados que esta subscrevem, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM PEDIDOS DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAL E MORAL, OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER, em face de R. T. de A. e S. M. de O., também qualificados nos autos, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

Os autores, condôminos do edifício localizado na cidade do Rio de Janeiro, vêm enfrentando sérios problemas estruturais no prédio, causados pela construção irregular de uma piscina na cobertura da unidade 301, de propriedade dos réus. A piscina foi construída sem a devida autorização da assembleia geral do condomínio e sem projeto aprovado pelo Departamento de Edificações da Cidade do Rio de Janeiro.

Além disso, os réus plantaram coqueiros no jardim da cobertura, cujas raízes profundas comprometem ainda mais a estrutura do edifício. Como consequência, surgiram danos estruturais graves, incluindo fissuras e infiltrações que afetam as unidades 102 e 202, bem como a fachada do prédio.

Diante da urgência das obras de reparação, o condomínio emitiu cotas extras, que estão sendo pagas pelos autores, uma vez que o condomínio não possui reserva financeira suficiente para arcar com os custos. Os danos causados pelos réus foram comprovados por laudos técnicos elaborados por engenheiros especializados.

DO DIREITO

A responsabilidade dos réus pelos danos causados está amparada no CCB/2002, art. 1.336, II e IV, que proíbe os condôminos de realizarem obras que comprometam a segurança do edifício e de utilizarem suas unidades de forma prejudicial à segurança e salubridade dos demais moradores. Além disso, o CCB/2002, art. 1.344 determina que o proprietário da cobertura deve conservar sua unidade de forma a não causar danos às unidades inferiores.

A conduta dos réus também configura ato ilícito, nos termos do CCB/2002, art. 186, que estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". O CC"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Processo: Ação Declaratória Cumulada com Pedidos de Reparação de Danos Material e Moral, Obrigação de Fazer e Não Fazer.

Relatório: Trata-se de ação ajuizada por A. J. dos S., M. F. de S. L., C. E. da S., J. P. de A. e L. M. de O., condôminos de um edifício situado no Rio de Janeiro, contra os réus R. T. de A. e S. M. de O., proprietários da unidade 301. Os autores alegam que os réus realizaram obras irregulares, como a construção de uma piscina e o plantio de coqueiros, causando graves danos estruturais ao edifício e às unidades 102 e 202.

Dos Fatos e do Direito

Os fatos narrados nos autos estão suficientemente comprovados por laudos técnicos que demonstram a responsabilidade dos réus pelos danos estruturais causados ao prédio. A construção da piscina e o plantio de coqueiros, ambos realizados sem a devida autorização dos órgãos competentes e do condomínio, configuram violações às normas condominiais e legais.

Com base no art. 1.336, II e IV, do Código Civil, é dever do condômino não realizar obras que comprometam a segurança do edifício ou utilizem sua unidade de forma prejudicial aos demais moradores. Ademais, o art. 186 do Código Civil define que a conduta dos réus configura ato ilícito, sendo cabível a reparação dos danos causados, conforme o disposto no art. 927 do Código Civil.

O litisconsórcio ativo, por sua vez, encontra respaldo no art. 113 do CPC/2015, visto que os autores possuem interesse comum na demanda, especialmente em razão das cotas extras pagas para reparação emergencial das estruturas do edifício.

Fundamentação Constitucional

O voto encontra amparo no princípio da segurança jurídica e na garantia do direito à propriedade, previstos na Constituição Federal de 1988. O art. 5º, XXII, assegura o direito à propriedade, mas também impõe o dever de que esta seja exercida de forma a não causar prejuízo a terceiros. Ademais, o art. 93, IX, da CF/88, determina que as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, o que aqui se observa.

Decisão

Ante o exposto, conheço do pedido e voto no sentido de dar procedência à ação, nos seguintes termos:

  1. Declaro a responsabilidade integral dos réus pelos danos estruturais causados ao edifício e às unidades 102 e 202.
  2. Condeno os réus à demolição da piscina construída irregularmente e à remoção dos coqueiros plantados na cobertura da unidade 301, bem como à obrigação de não plantar novas espécies com raízes profundas.
  3. Condeno os réus à restituição dos valores pagos a título de cotas extras pelos autores, sendo 1/5 do montante para cada um.
  4. Condeno os réus ao pagamento de indenização por danos morais, cujo valor deverá ser arbitrado em liquidação de sentença.
  5. Condeno os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, a serem fixados em 10% do valor da causa, conforme o art. 85 do CPC/2015.

Por fim, determino a realização de audiência de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015.

É como voto.

Rio de Janeiro, ___ de __________ de 2024.

___________________________________________
Magistrado(a)
Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro – RJ


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