Modelo de Ação Indenizatória por Fraude de Boleto Bancário: Reparação de Danos Materiais e Morais Decorrentes de Falha na Prestação de Serviços
Publicado em: 14/07/2024 CivelConsumidorAÇÃO INDENIZATÓRIA POR FRAUDE DE BOLETO BANCÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
[Nome completo do autor], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA
em face de [Nome completo da financeira], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PREÂMBULO
A presente demanda tem como objetivo a reparação de danos materiais e morais sofridos pelo autor em razão de fraude envolvendo boletos bancários falsificados, que foram pagos pelo autor acreditando tratar-se de cobranças legítimas emitidas pela ré, mas que, na verdade, beneficiaram terceiros fraudadores. A responsabilidade da ré decorre de sua falha na prestação do serviço, especialmente no que tange à segurança das informações e à proteção do consumidor, conforme preceitua o Código de Defesa do Consumidor (CDC).
DOS FATOS
O autor celebrou contrato de financiamento de veículo com a ré, comprometendo-se a realizar o pagamento das parcelas mensais por meio de boletos bancários emitidos pela instituição financeira. Durante o curso do contrato, o autor recebeu boletos que aparentavam ser legítimos, contendo informações que conferiam verossimilhança, como o nome da ré e os dados do contrato.
Confiando na autenticidade dos boletos, o autor realizou os pagamentos regularmente. No entanto, posteriormente, foi surpreendido com a informação de que os valores pagos não foram destinados à ré, mas sim a terceiros fraudadores que falsificaram os boletos, utilizando-se de informações sigilosas que deveriam estar sob a guarda e proteção da ré.
Apesar de o autor ter agido de boa-fé, a ré se recusa a reconhecer os pagamentos realizados e a adotar medidas para mitigar os prejuízos sofridos, alegando que não recebeu os valores e que a responsabilidade seria exclusivamente do autor ou de terceiros.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em decorrência de falhas na prestação do serviço (CDC, art. 14). No presente caso, a fraude ocorreu em razão de falha na segurança dos serviços prestados pela ré, que permitiu o vazamento de informações sigilosas do autor.
O artigo 14, §3º, do CDC prevê excludentes de responsabilidade apenas nos casos de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que não se aplica ao caso em tela, uma vez que a fraude foi facilitada por falhas internas da ré, configurando o chamado fortuito interno, que não exclui a responsabilidade do fornecedor.
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