Modelo de Ação Judicial para Restituição de Valores Depositados Erroneamente em Conta Bancária Contra Banco XYZ S.A.

Publicado em: 30/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial para Ação de Restituição de Valores Depositados Errados em Conta Bancária, movida por A. J. dos S. contra Banco XYZ S.A. O documento relata o erro no depósito por parte do autor, que transferiu valores para uma conta equivocada, e a inércia do banco em resolver administrativamente a situação. Fundamentada no Código Civil (art. 876 e 877) e no Código de Defesa do Consumidor (art. 6º, VIII, e art. 14), a ação busca a devolução do montante, a reparação de danos e o reconhecimento da responsabilidade objetiva do banco. Inclui jurisprudências relevantes, pedidos de citação, restituição com correções, honorários advocatícios e audiência de conciliação.

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES DEPOSITADOS ERRADOS EM CONTA BANCÁRIA

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil ____________, profissão ____________, portador(a) do CPF nº ____________ e RG nº ____________, residente e domiciliado(a) na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, por meio de seu advogado(a) que esta subscreve (procuração anexa), com escritório profissional situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES DEPOSITADOS ERRADOS EM CONTA BANCÁRIA

em face de Banco XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ____________, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor realizou, em ___/___/____, um depósito no valor de R$ ____________ (valor por extenso) por meio de transferência bancária. Contudo, por um erro de digitação, o valor foi transferido para uma conta bancária equivocada, pertencente a terceiro desconhecido.

Ao perceber o equívoco, o Autor prontamente entrou em contato com o Réu, Banco XYZ S.A., solicitando a devolução do valor depositado erroneamente. Apesar das tentativas de resolução administrativa, o Réu não tomou as providências necessárias para restituir o montante ao Autor, violando, assim, os princípios da boa-fé e da função social do contrato.

Diante da inércia do Réu, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para reaver os valores indevidamente depositados.

DO DIREITO

O presente caso encontra amparo no ordenamento jurídico brasileiro, em especial no Código Civil de 2002, que dispõe em seu art. 876 que "todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir". O art. 877 do mesmo diploma legal reforça que a obrigação de restituir subsiste mesmo que o recebimento indevido tenha ocorrido de boa-fé.

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) é aplicável à relação entre o Autor e o Réu, conforme entendimento consolidado pela Súmula 297/STJ, que reconhece a incidência do CDC nas atividades bancárias. O art. 6º, VIII, do CDC, assegura ao consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova em seu favor.

A responsabilidade do Réu é objetiva, nos termos do art. 14 do CDC, sendo irrelevante a discussão acerca de culpa. A teoria do risco do empreendimento, adotada pelo CDC, impõe ao fornecedor de serviços o dever de reparar os danos causados aos "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de restituição de valores depositados erroneamente em conta bancária, proposta por A. J. dos S. em face de Banco XYZ S.A.. O autor alega que, em razão de um erro de digitação, transferiu a quantia de R$ ____________ (valor por extenso) para uma conta bancária equivocada pertencente a terceiro desconhecido. Apesar de ter notificado o réu sobre o equívoco, este não teria adotado as providências necessárias para a devolução do montante, o que motivou a presente demanda.

Fundamentação

O caso em análise trata de obrigação de restituição de valores indevidamente recebidos, conforme previsto no art. 876 do Código Civil de 2002, que determina que \"todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir\". Ainda, o art. 877 reforça que a obrigação de restituir persiste mesmo em casos de boa-fé do beneficiário.

A relação jurídica entre o autor e o réu também é tutelada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme entendimento consolidado pela Súmula 297/STJ, que reconhece sua aplicação às atividades bancárias. O artigo 14 do CDC estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, sendo desnecessária a comprovação de culpa do banco para a configuração da obrigação de reparar o dano causado ao consumidor.

Ademais, a teoria da vedação ao enriquecimento sem causa, princípio basilar do direito civil, reforça o dever de restituição de valores indevidos. Doutrinariamente, juristas como Caio Mário da Silva Pereira e Maria Helena Diniz defendem que a boa-fé objetiva deve nortear a conduta das partes, impondo o dever de cooperação e lealdade.

Quanto à jurisprudência, destacam-se julgados que reforçam o dever de restituição em casos semelhantes, como o Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, do TJSP, que reconheceu o direito do autor à devolução de valores depositados erroneamente, e o Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP, também do TJSP, que condenou a instituição financeira à restituição de valores subtraídos indevidamente.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, julgo procedente o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Determinar que o réu, Banco XYZ S.A., restitua ao autor a quantia de R$ ____________ (valor por extenso), devidamente corrigida e acrescida de juros legais desde a data do depósito equivocado;
  2. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil;
  3. Determinar a produção dos meios de prova necessários à liquidação da sentença, caso haja controvérsia sobre o montante devido.

Conclusão

Assim, conheço do presente recurso e, no mérito, dou-lhe provimento para atender ao pleito do autor, com fundamento na legislação vigente e na jurisprudência consolidada.

É como voto.

Local e data.

______________________________

Magistrado(a)


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