Modelo de Ação Trabalhista: Reversão de Pedido de Demissão, Estabilidade Provisória e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 15/03/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Ação trabalhista proposta por Iranilde Maciel de Goes contra a EMPRESA __________, visando a reversão de pedido de demissão para dispensa sem justa causa, com base na estabilidade provisória decorrente de afastamento por doença ocupacional. A autora também pleiteia a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, devido à coação e violação de direitos fundamentais, bem como indenização substitutiva pelo período de estabilidade. O pedido fundamenta-se na legislação trabalhista (CLT, art. 496), na Súmula 378, II, do TST e na jurisprudência do TST sobre assédio moral e direitos do trabalhador.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

I. M. DE G.

Brasileira, solteira, prestes a completar 62 anos, portadora do CPF nº __________, RG nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO TRABALHISTA

Em face de EMPRESA __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PREÂMBULO

A presente ação tem por objetivo a reversão do pedido de demissão da autora, a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais e indenização substitutiva, considerando os fatos narrados e a violação de direitos fundamentais da trabalhadora.

DOS FATOS

A autora trabalhou para a reclamada por 19 anos e 7 meses, desempenhando suas funções com dedicação e zelo. Durante todo o período de vínculo empregatício, demonstrou comprometimento e responsabilidade em suas atividades.

Em dezembro de 2024, a empresa realizou uma festa de confraternização para seus colaboradores. No início de 2025, ao retornar ao trabalho, uma colega de trabalho sugeriu que a autora levasse uma das duas caixas de cerveja que haviam sobrado do evento. De forma ingênua e sem intenção de causar prejuízo à empresa, a autora aceitou a sugestão e levou uma das caixas.

A autora, que desde 2015 sofre de quadro depressivo grave, já havia sido afastada por doença ocupacional entre 11/01/2024 e 31/03/2024, conforme atestado pelo INSS. Durante esse período, a autora tentou, por diversas vezes, cometer suicídio em razão de surtos depressivos, situação que foi agravada pela conduta da reclamada.

Em razão do afastamento por doença ocupacional, a autora possui estabilidade provisória no emprego, conforme disposto no CLT, art. 496, e na Súmula 378, II, do TST. No entanto, a reclamada, ignorando tal estabilidade, coagiu a autora a assinar um pedido de demissão, violando seus direitos trabalhistas e sua dignidade.

DO DIREITO

1. DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA

A autora faz jus à estabilidade provisória no emprego, nos termos do CLT, art. 496, e da Súmula 378, II, do TST, que asseguram a estabilidade ao empregado afastado por doença ocupacional, pelo prazo de 12 meses após o término do benefício previdenciário.

A conduta da reclamada, ao coagir a autora a assinar o pedido de demissão, configura violação ao direito à estabilidade prov"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos senhores, passo ao exame da presente ação trabalhista, proposta por Iranilde Maciel de Goes em face da reclamada Empresa __________, para análise do mérito, à luz dos fatos apresentados e do arcabouço normativo vigente.

I - Relatório

Trata-se de ação trabalhista em que a autora pleiteia a reversão de pedido de demissão, bem como a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais e indenização substitutiva, em razão de suposta coação exercida pela empregadora, além de violação de sua estabilidade provisória decorrente de afastamento por doença ocupacional.

A autora alega que foi coagida a assinar um pedido de demissão, mesmo estando sob a proteção da estabilidade provisória, conforme previsto no art. 496 da CLT e Súmula 378, II, do TST. Ademais, sustenta que a conduta da reclamada configurou assédio moral, violando sua dignidade, agravando seu quadro depressivo e acarretando prejuízos emocionais e financeiros.

II - Fundamentação

1. Da Estabilidade Provisória

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XXII, prevê a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. No caso em questão, a Súmula 378, II, do TST, assegura ao empregado afastado por doença ocupacional a estabilidade provisória pelo prazo de 12 meses após o término do benefício previdenciário.

Restou demonstrado que a autora esteve afastada de suas atividades laborais entre 11/01/2024 e 31/03/2024, em razão de doença ocupacional, retornando ao trabalho sob a proteção da estabilidade provisória. A coação para assinatura de pedido de demissão, sem a devida observância desse direito, configura flagrante afronta à legislação trabalhista e ao princípio da proteção ao trabalhador.

2. Do Dano Moral

A Constituição Federal, em seu art. 1º, III, prevê como fundamento da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana. Ademais, os princípios que regem as relações de trabalho, conforme disposto no art. 170 da CF/88, valorizam o trabalho humano e a justiça social.

A coação exercida pela reclamada, ignorando a condição de saúde da autora e seus direitos, caracteriza assédio moral, ensejando reparação por danos morais. A jurisprudência consolidada no TST reconhece que situações humilhantes ou constrangedoras no ambiente de trabalho geram dano moral in re ipsa, dispensando comprovação de prejuízo adicional.

3. Da Indenização Substitutiva

Em razão da estabilidade provisória da autora e da impossibilidade de reintegração ao emprego, é devida a indenização substitutiva pelo período correspondente, conforme disposto na Súmula 396, I, do TST.

4. Do Pedido de Reversão da Demissão

A análise dos fatos e provas apresentados demonstra que o pedido de demissão firmado pela autora foi resultado de coação, não refletindo sua livre vontade. Assim, deve ser reconhecida a nulidade do ato, convertendo-se a demissão em dispensa sem justa causa, com o pagamento das verbas rescisórias correspondentes.

III - Dispositivo

Em face do exposto, e considerando os fundamentos constitucionais e legais apresentados, com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, JULGO PROCEDENTE o pedido da autora para:

  1. Reverter o pedido de demissão em dispensa sem justa causa;
  2. Condenar a reclamada ao pagamento das verbas rescisórias devidas, incluindo aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional, FGTS com multa de 40% e demais direitos;
  3. Condenar a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00, conforme pleiteado ou em valor que melhor atenda ao princípio da razoabilidade e proporcionalidade;
  4. Condenar a reclamada ao pagamento de indenização substitutiva correspondente ao período de estabilidade provisória da autora;
  5. Conceder à autora os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

Determino, ainda, a expedição de alvará judicial para liberação dos valores devidos à autora, bem como as providências necessárias para a retificação de sua rescisão contratual.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e Data

__________, ___ de __________ de 20___.

_______________________________
Nome do Magistrado(a)
Juiz(a) do Trabalho


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