Modelo de Agravo de Instrumento Contra Decisão que Rejeitou Impenhorabilidade de Bem de Família com Base na Lei 8.009/1990

Publicado em: 19/07/2024 Processo Civil
Recurso de Agravo de Instrumento interposto pelo agravante contra decisão interlocutória que rejeitou a alegação de impenhorabilidade de bem de família em execução de título extrajudicial. Fundamenta-se no CPC/2015, art. 1.015, e na Lei 8.009/1990, destacando a violação de princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e a proteção à moradia (CF/88, art. 6º). O documento aborda a inexistência de preclusão para alegação de impenhorabilidade, sendo esta matéria de ordem pública e passível de reconhecimento a qualquer momento. Apresenta jurisprudências e pedidos de concessão de efeito suspensivo e reforma da decisão agravada.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO [INSERIR ESTADO]

Agravante: [Nome completo do agravante, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].

Agravado: [Nome completo do agravado, qualificação completa, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência].

Processo de origem: [Número do processo de origem]

PREÂMBULO

O agravante, por meio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 1.015, interpõe o presente Agravo de Instrumento contra a decisão interlocutória proferida pelo juízo de origem que rejeitou a alegação de impenhorabilidade de bem de família, sob o fundamento de preclusão do direito, conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de execução de título extrajudicial em que o agravante teve seu imóvel residencial penhorado. Em sede de exceção de pré-executividade, foi arguida a impenhorabilidade do referido bem, com fundamento na Lei 8.009/1990, que protege o bem de família.

O juízo de origem, contudo, rejeitou de plano a alegação de impenhorabilidade, sob o argumento de que a matéria estaria preclusa, uma vez que não foi arguida anteriormente. Tal decisão, data venia, merece reforma, conforme os fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DO DIREITO

A decisão agravada viola frontalmente o ordenamento jurídico, especialmente os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção à moradia (CF/88, art. 6º), bem como as disposições da Lei 8.009/1990, que asseguram a impenhorabilidade do bem de família.

Nos termos do art. 1º da Lei 8.009/1990, o imóvel residencial da entidade familiar é impenhorável, salvo nas hipóteses expressamente previstas em lei. Trata-se de norma de ordem pública, cuja aplicação independe de provocação das partes e pode ser reconhecida de ofício pelo juízo, em qualquer tempo e grau de jurisdição.

Ademais, a matéria não está sujeita à preclusão, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A impenhorabilidade do bem de família é questão de ordem pública, podendo ser arguida a qualquer momento, inclusive em sede de exceção de pré-executividade, como no caso em tela.

Além disso, o agravante apresentou provas suficientes para d"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo agravante contra decisão interlocutória que rejeitou a alegação de impenhorabilidade do bem de família, sob o fundamento de preclusão. Após análise dos autos e fundamentação jurídica pertinente, passo a proferir meu voto.

Dos Fatos e Fundamentação

O agravante teve seu imóvel residencial penhorado em sede de execução de título extrajudicial. Em sua alegação, argumenta que o imóvel constitui bem de família, protegido pela Lei 8.009/1990. Contudo, o juízo de origem rejeitou tal alegação sob o fundamento de preclusão.

De início, destaco que a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 1º, inciso III, consagra o princípio da dignidade da pessoa humana, que serve de base para a proteção à moradia, expressamente prevista no artigo da mesma Carta Magna. Ademais, a Lei 8.009/1990 estabelece que o imóvel residencial da entidade familiar é impenhorável, salvo exceções previstas em lei.

Conforme jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a impenhorabilidade de bem de família é matéria de ordem pública, podendo ser arguida em qualquer tempo e grau de jurisdição, inclusive de ofício pelo magistrado. Nesse sentido, a matéria não está sujeita à preclusão, como equivocadamente entendeu o juízo de origem.

Ressalto ainda que os documentos apresentados pelo agravante comprovam que o imóvel penhorado é sua residência permanente, preenchendo, assim, os requisitos legais para o reconhecimento da impenhorabilidade.

Jurisprudências Aplicáveis

Corroboro meu entendimento com os seguintes precedentes:

  1. STJ, 4ª Turma, Min. Raul Araújo, REsp 988915 / SP, j. 15.05.2012: «A ausência de comprovação de única propriedade não impede a proteção legal do bem de família, desde que o imóvel objeto de penhora seja o único a que se atribui tal condição.»
  2. TJSP, 37ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP, Rel. Des. Lidia Regina Rodrigues Monteiro Cabrini, j. 07/11/2024: «A impenhorabilidade do bem de família é matéria de ordem pública, podendo ser arguida a qualquer momento e grau de jurisdição.»
  3. TJSP, 15ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento 2252331-38.2023.8.26.0000, Rel. Des. Mendes Pereira, j. 16/04/2024: «O ônus de provar a impenhorabilidade do imóvel como bem de família cabe à parte que alega, sendo insuficientes documentos em nome de terceiros ou atos unilaterais, como atas notariais, sem comprovação cabal da residência.»

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a devida motivação das decisões judiciais, voto pelo provimento do agravo de instrumento, para reformar a decisão agravada e reconhecer a impenhorabilidade do imóvel penhorado, nos termos do artigo 1º da Lei 8.009/1990.

Determino, ainda, a suspensão dos efeitos da decisão agravada até o trânsito em julgado deste recurso, garantindo, assim, a proteção ao direito constitucional à moradia.

Por fim, condeno o agravado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do CPC/2015.

É como voto.

Termos Finais

[Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Desembargador]


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