Modelo de Agravo em Recurso Especial: Contestação de Inadmissibilidade de Recurso Especial no STJ por Violação ao CPP, Art. 226
Publicado em: 17/09/2024 Direito Penal Processo PenalAGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Agravante: R. de S. B.
Agravado: Ministério Público
Origem: Tribunal de Justiça do Estado
Processo nº: XXXXXXX
PREÂMBULO
R. de S. B., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta peça, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL, com fundamento no CPC/2015, art. 1.042, em face da decisão que inadmitiu o recurso especial interposto contra o acórdão proferido pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O agravante interpôs recurso especial com fundamento no art. 105, III, "a", da CF/88, alegando violação ao CPP, art. 226, em razão de que o reconhecimento fotográfico realizado extrajudicialmente não foi corroborado por outros elementos de prova, sendo insuficiente para fundamentar a decisão de pronúncia.
Contudo, o Tribunal de origem inadmitiu o recurso especial sob o argumento de que a análise da questão demandaria o reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 7 do STJ. Além disso, concluiu que o reconhecimento fotográfico não foi utilizado como fundamento principal para a decisão de pronúncia, prevalecendo o princípio da instrumentalidade (pas de nullité sans grief).
Diante disso, o agravante busca a reforma da decisão que inadmitiu o recurso especial, demonstrando a desnecessidade de reexame de provas e a violação ao CPP, art. 226.
DO DIREITO
A decisão que inadmitiu o recurso especial merece ser reformada, pelos seguintes fundamentos:
1. DA VIOLAÇÃO AO CPP, ART. 226
O CPP, art. 226, estabelece o procedimento para o reconhecimento de pessoas, determinando que este deve ser realizado de forma presencial e com a observância de critérios rigorosos para garantir a confiabilidade do ato. No caso em tela, o reconhecimento fotográfico foi realizado de forma extrajudicial e não foi corroborado por outros elementos de prova, o que viola o dispositivo legal mencionado.
A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que o reconhecimento fotográfico, isoladamente, não é suficiente para fundamentar uma condenação ou decisão de pronúncia, devendo ser corroborado por outros elementos probatórios. Assim, a decisão de pronúncia que se baseia em tal reconhecimento está em desacordo com o ordenamento jurídico.
2. DA DESNECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS
A decisão de inadmissibilidade do recurso especial fundamentou-se na Súmula 7 do STJ, sob o argumento de que a análise da questão demandaria o reexame de fatos e provas. Contudo, a quest�"'>...