Modelo de Alegações Finais com Pedido de Absolvição em Caso de Estupro de Vulnerável com Base no CPP, Art. 386, VII

Publicado em: 13/08/2024 Direito Penal
Apresentação de alegações finais em processo penal pela defesa de J. S. e M. F. dos S., acusados de estupro de vulnerável, conforme previsto no art. 217-A do Código Penal. O documento argumenta a ausência de provas suficientes para a condenação, destacando contradições na acusação, ausência de materialidade e vulnerabilidade da suposta vítima, além de falhas probatórias, como a omissão de trechos de vídeo e ausência de vestígios físicos. Requer a absolvição dos denunciados com base no art. 386, VII, do CPP, a juntada integral das provas existentes e a expedição de alvará de soltura, se aplicável. Fundamentado em princípios constitucionais, como a presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) e o princípio in dubio pro reo, o pedido é corroborado por jurisprudências relevantes.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MANGARATIBA – RJ

Processo PJE nº 0801347-03.2024.8.19.0030

ALEGAÇÕES FINAIS

Por intermédio de seu advogado, devidamente constituído nos autos, conforme procuração anexa, os denunciados J. S. e M. F. dos S., vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

PREÂMBULO

Os denunciados foram acusados da prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no CP, art. 217-A, sob a alegação de que teriam mantido relação sexual com a suposta vítima, que estaria em estado de vulnerabilidade devido ao consumo de bebida alcoólica e medicamentos. Contudo, conforme será demonstrado, a acusação carece de provas robustas e incontestáveis, sendo imperiosa a absolvição dos réus.

DOS FATOS

Conforme narrado na denúncia, no dia 21 de dezembro de 2023, durante uma confraternização, a suposta vítima alegou que, após consumir bebidas alcoólicas e medicamentos, teria subido ao seu quarto e, em seguida, os denunciados teriam praticado atos libidinosos contra sua vontade. Alega ainda que, posteriormente, teria notado vestígios de sangue no colchão, os quais foram lavados, impossibilitando qualquer análise pericial.

Os denunciados, por sua vez, afirmam que o ato sexual ocorreu de forma consensual, sem qualquer resistência ou negativa por parte da suposta vítima, que, inclusive, zombou deles após o ocorrido. Ademais, os exames médicos e periciais realizados não comprovaram a vulnerabilidade da suposta vítima, tampouco a prática de violência sexual.

Importante destacar que a suposta vítima apresentou apenas parte de um vídeo gravado pelas câmeras de segurança, omitindo trechos que poderiam esclarecer os fatos. Além disso, testemunhas relataram comportamentos da suposta vítima que demonstram sua postura provocativa e contraditória em relação à narrativa acusatória.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar o princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, segundo o qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Nesse sentido, o ônus da prova incumbe à acusação, que deve demonstrar, de forma inequívoca, a prática do delito imputado aos réus.

No caso em tela, a acusação não conseguiu comprovar a materialidade e a autori"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de voto do magistrado em formato HTML, estruturado com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, passo a fundamentar o voto, considerando os fatos narrados, os elementos de prova constantes nos autos e os dispositivos legais aplicáveis ao presente caso.

Dos Fatos e da Fundamentação

Os denunciados J. S. e M. F. dos S. foram acusados da prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal, sob a alegação de que teriam cometido atos libidinosos contra a suposta vítima, que estaria em estado de vulnerabilidade em virtude do consumo de bebidas alcoólicas e medicamentos.

Após análise detalhada dos autos, constata-se que os elementos probatórios apresentados pela acusação não são suficientes para sustentar a prática delitiva por parte dos denunciados. Conforme destacado, os exames médicos e periciais não comprovaram a vulnerabilidade da suposta vítima, tampouco a ocorrência de violência sexual.

Além disso, a ausência de vestígios físicos e a omissão de trechos do vídeo apresentado comprometem a credibilidade da narrativa acusatória. Dessa forma, o conjunto probatório não é apto a afastar as dúvidas razoáveis que subsistem sobre a materialidade e autoria do delito.

Destaco ainda o princípio constitucional da presunção de inocência, consagrado no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, que assegura que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. No presente caso, a acusação não conseguiu demonstrar, de forma inequívoca, a prática do crime pelos denunciados.

Do Direito Aplicado

Nos termos do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, o réu será absolvido quando não houver prova suficiente para a condenação. O princípio in dubio pro reo deve ser aplicado, uma vez que as dúvidas remanescentes não podem ser interpretadas em desfavor dos denunciados.

Ressalto também que a jurisprudência consolidada reforça a necessidade de provas robustas e incontestáveis para a condenação em crimes de natureza grave, como o estupro de vulnerável. A ausência de tais provas no caso em análise impõe a absolvição dos acusados.

Conclusão

Diante do exposto, voto pela procedência do pedido de absolvição dos denunciados J. S. e M. F. dos S., com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, em razão da ausência de provas suficientes para a condenação.

Determino, ainda, se for o caso, a expedição de alvará de soltura em favor dos denunciados, caso estejam presos preventivamente, para que sejam imediatamente postos em liberdade.

Dispositivo

Declaro, assim, a absolvição dos denunciados, assegurando o respeito ao princípio da presunção de inocência e à aplicação do princípio in dubio pro reo, garantindo a justiça e a aplicação correta do Direito.

Mangaratiba, 18 de outubro de 2024.

Magistrado(a)

### Estrutura do Voto: 1. Introdução**: Fundamentação baseada no artigo 93, inciso IX, da CF/88. 2. Dos Fatos e Fundamentação**: Análise detalhada dos fatos e provas. 3. Do Direito Aplicado**: Aplicação dos dispositivos legais, com destaque ao artigo 386, VII, do CPP e ao princípio da presunção de inocência. 4. Conclusão**: Decisão pela absolvição, com determinação de medidas adicionais, se necessário. 5. Dispositivo**: Confirmação da decisão e fundamentação nos princípios constitucionais. Essa simulação reflete a análise hermenêutica entre os fatos e o direito, fundamentando-se na legislação vigente e no princípio da presunção de inocência.

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