Modelo de Recurso de Apelação Criminal contra Condenação por Estupro de Vulnerável com Pedido de Desclassificação ou Absolvição

Publicado em: 06/03/2025 Direito Penal Processo Penal
O presente documento trata de um Recurso de Apelação Criminal interposto por C.R., condenado pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), requerendo a reforma da sentença com base na insuficiência probatória. Alega-se contradições nos depoimentos, ausência de provas robustas e a possibilidade de desclassificação do crime para importunação sexual (art. 215-A do Código Penal). Subsidiariamente, pleiteia-se a absolvição do apelante com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal. O recurso também apresenta jurisprudências relevantes e solicita a intimação do Ministério Público para contrarrazões.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

Apelante: C. R. (ou nome do réu conforme o caso)

Apelado: Ministério Público

Advogado: Nome e OAB nº __________

PREÂMBULO

O apelante, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado devidamente constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor o presente:

RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL

Contra a r. sentença que o condenou pela prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no CP, art. 217-A, requerendo que seja recebido e processado o presente recurso, com posterior remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça, para reforma da decisão, nos termos das razões anexas.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

__________________________

Advogado

OAB nº __________

RAZÕES DE APELAÇÃO

COLENDA CÂMARA

EMÉRITOS JULGADORES

1. DOS FATOS

O apelante foi condenado pela prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no CP, art. 217-A, com base em alegações de que teria praticado atos libidinosos contra a vítima, menor de 14 anos. A sentença baseou-se essencialmente no depoimento da vítima e em laudos periciais que, segundo a defesa, não são conclusivos quanto à materialidade do delito.

Contudo, a defesa sustenta que os elementos probatórios são insuficientes para a condenação, havendo contradições nos depoimentos e ausência de provas robustas que demonstrem a prática do crime em questão. Ademais, há elementos que indicam que a conduta do apelante, se comprovada, poderia ser enquadrada como importunação sexual, prevista no CP, art. 215-A, e não como estupro de vulnerável.

2. DO DIREITO

2.1. DA INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA

A condenação pelo crime de estupro de vulnerável exige prova inequívoca da materialidade e da autoria, conforme disposto no CPP, art. 155. No presente caso, os elementos probatórios são frágeis e contraditórios, não sendo suficientes para sustentar a condenação.

...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Introdução

Este voto tem por objetivo julgar a apelação criminal interposta por C. R. contra a sentença que o condenou pela prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no CP, art. 217-A. A análise será baseada nos fatos apresentados, nos fundamentos constitucionais, legais e na jurisprudência aplicável, em observância ao princípio da motivação das decisões judiciais, conforme disposto na CF/88, art. 93, IX.

2. Dos Fatos

O apelante foi condenado pela prática de estupro de vulnerável, com base em depoimento da vítima e laudos periciais. No entanto, a defesa sustenta que os elementos probatórios são insuficientes para a condenação, havendo contradições nos depoimentos e ausência de provas robustas. Alternativamente, argumenta que a conduta descrita poderia ser enquadrada como importunação sexual, prevista no CP, art. 215-A.

3. Da Análise Jurídica

3.1. Insuficiência Probatória

A condenação no crime de estupro de vulnerável exige prova inequívoca da materialidade e autoria do delito, conforme o CPP, art. 155. Os elementos apresentados nos autos não são suficientes para sustentar a condenação, considerando que a palavra da vítima, embora relevante, apresenta contradições e não é corroborada por outras provas contundentes.

3.2. Possibilidade de Desclassificação

Mesmo que se entenda pela prática de ato ilícito, a conduta descrita nos autos poderia ser enquadrada como importunação sexual, prevista no CP, art. 215-A. Este tipo penal é menos gravoso, pois não exige a comprovação de violência ou grave ameaça, mas apenas a prática de ato libidinoso contra a vontade da vítima.

3.3. Pedido Subsidiário de Absolvição

Na ausência de provas robustas que demonstrem, de forma inequívoca, a autoria e a materialidade do delito, a absolvição do apelante é medida que se impõe, nos termos do CPP, art. 386, VII.

4. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência pátria tem reiteradamente afirmado a necessidade de provas robustas para a condenação em crimes sexuais, especialmente em casos que envolvam o depoimento isolado da vítima. Exemplos relevantes incluem:

  • Documento 1: \"A palavra da vítima, quando coerente, tem valor probante em crimes de dignidade sexual, desde que corroborada por outros elementos de prova.\" (CP, art. 217-A).
  • Documento 2: \"Relatos das vítimas devem ser seguros e em consonância com os demais elementos de prova para sustentar uma condenação.\" (CP, art. 215-A).

5. Conclusão e Decisão

Ante o exposto, voto no sentido de:

  • Dar parcial provimento ao recurso para desclassificar o crime de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A) para importunação sexual (CP, art. 215-A), com a consequente redução da pena;
  • Subsidiariamente, absolver o apelante, nos termos do CPP, art. 386, VII, em razão da insuficiência probatória;
  • Determinar a remessa dos autos ao Ministério Público para as providências cabíveis, conforme o CPP, art. 600.

6. Termos Finais

Em atenção ao princípio da motivação das decisões judiciais, previsto no CF/88, art. 93, IX, concluo pela procedência parcial do recurso, nos termos acima delineados.

É como voto.

Local e data.

__________________________

Magistrado


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