Modelo de Alegações Finais da Defesa em Processo Criminal por Tráfico de Drogas e Receptação

Publicado em: 13/12/2024 Droga Direito Penal Processo Penal
Apresentação de alegações finais em defesa de E. P. S., acusado de tráfico de drogas e receptação, com fundamento na ausência de provas concretas e na aplicação dos princípios constitucionais da presunção de inocência e do in dubio pro reo. O documento aborda a inexistência de elementos probatórios suficientes, a nulidade das provas obtidas de forma ilícita e requer a absolvição do réu ou, subsidiariamente, a concessão de liberdade provisória. Inclui jurisprudências que reforçam a tese defensiva e solicita o reconhecimento da desproporcionalidade da prisão preventiva.

ALEGAÇÕES FINAIS - DEFESA

PROCESSO Nº XXXXXXX

RIO VERDE - 3ª VARA CRIMINAL

RÉU: E. P. S.

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Verde/GO,

A Defesa de E. P. S., já qualificado nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do artigo 403, §3º, do CPP, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o réu foi acusado de praticar os crimes previstos no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006 e no art. 180, caput, do CP, na forma do art. 69 do CP. Consta nos autos que, em 7 de novembro de 2024, o acusado teria transportado e ocultado objetos provenientes de crime e, em outro momento, estaria em posse de substâncias entorpecentes sem autorização legal.

No entanto, a Defesa sustenta que os fatos narrados são inverídicos, uma vez que o réu alega que a droga foi plantada pelos policiais militares no local, conforme será demonstrado adiante. Além disso, não há provas suficientes que vinculem o acusado aos objetos apreendidos, pois não foram colhidas impressões digitais ou qualquer outro elemento que comprove a autoria.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da CF/88, que estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Tal princípio impõe ao Ministério Público o ônus de provar, de forma inequívoca, a autoria e a materialidade do delito, o que não ocorreu no presente caso.

Ademais, a ausência de provas concretas que vinculem o réu aos crimes imputados viola o princípio do in dubio pro reo, que determina que, na dúvida, deve-se decidir em favor do acusado. A inexistência de impressões digitais nos objetos apreendidos e a manipulação dos mesmos por terceiros, conforme reconhecido pelo próprio Ministério Público, reforçam a tese defensiva de que o réu não cometeu os crimes narrados na denúncia.

Quanto à acusação de tráfico de drogas, a Defesa ressalta que não há elementos suficientes para caracterizar a prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006. A ausência de provas que demonstrem a destinação mercantil das substâncias apreendidas e a alegação do réu de que"'>...

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PROCESSO Nº XXXXXXX

RIO VERDE - 3ª VARA CRIMINAL

RÉU: E. P. S.

VOTO DO MAGISTRADO

RELATÓRIO: Trata-se de processo penal em que o réu, E. P. S., foi denunciado pela prática dos crimes previstos no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006 e no art. 180, caput, do Código Penal, na forma do art. 69, do Código Penal. A denúncia aponta que, em 7 de novembro de 2024, o acusado teria transportado objetos de origem ilícita e, em outro momento, estaria em posse de entorpecentes sem autorização legal. A Defesa sustenta que as drogas foram plantadas por policiais e que não há provas suficientes para a condenação.

FUNDAMENTAÇÃO

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, todos os julgamentos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentadas as decisões, sob pena de nulidade. Passo, pois, à análise dos fatos e fundamentos jurídicos.

1. Da Presunção de Inocência

O princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição Federal, estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Nesse sentido, cabe ao Ministério Público o ônus de provar, de forma inequívoca, a autoria e materialidade do delito, o que não foi totalmente demonstrado no caso em tela.

2. Da Insuficiência de Provas

A análise dos autos revela a ausência de elementos probatórios robustos que vinculem o réu à prática dos crimes imputados. Não foram encontradas impressões digitais nos objetos apreendidos ou qualquer outro elemento técnico capaz de comprovar a autoria. Ademais, a alegação de que as substâncias entorpecentes foram plantadas pelos policiais, embora grave, não foi devidamente refutada pelas provas apresentadas.

3. Do Princípio do In Dubio Pro Reo

Conforme o princípio do in dubio pro reo, consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, na ausência de certeza quanto à autoria ou materialidade do crime, deve-se decidir em favor do acusado. Tal princípio é aplicável ao caso concreto, uma vez que as provas apresentadas pelo Ministério Público não foram suficientes para afastar as dúvidas acerca da inocência do réu.

4. Da Prisão Preventiva

A manutenção da prisão preventiva do réu também se mostra desproporcional, em violação ao art. 312 do Código de Processo Penal. O réu possui endereço fixo, trabalho lícito e família constituída, não havendo indícios concretos de que sua liberdade represente risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, julgo procedente o pedido da Defesa e absolvo o réu E. P. S., considerando a insuficiência de provas capazes de sustentar uma condenação.

Determino, ainda, a expedição de alvará de soltura em favor do réu, caso ele esteja preso exclusivamente por este processo.

CONCLUSÃO

Assim decido, com base no princípio da presunção de inocência, no in dubio pro reo e nos dispositivos legais aplicáveis, reafirmando o compromisso deste Juízo com a aplicação imparcial e justa do Direito.

Rio Verde, ____ de __________ de 2024.

Magistrado: ____________________________


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