Modelo de Alegações Finais de Defesa com Pedido de Absolvição por Legítima Defesa em Ação Penal de Lesão Corporal – Comarca de Catende/PE
Publicado em: 15/04/2025 Direito Penal Processo PenalALEGAÇÕES FINAIS – DEFESA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Catende – Estado de Pernambuco
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
J. M. DA S. N., já qualificado nos autos da Ação Penal nº XXXXXXX-XX.2024.8.17.XXXX, que lhe move o Ministério Público do Estado de Pernambuco, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, na forma de memoriais escritos, com fulcro no CPP, art. 403, § 3º, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
3. SÍNTESE DOS FATOS
Na madrugada do dia 30 de abril de 2024, por volta de 01h30min, na Rua X, nº Y, Bairro do Aero Clube, Catende/PE, o acusado J. M. da S. N. foi surpreendido por uma agressão perpetrada por M. A. de S. S., a qual, de posse de uma faca peixeira, desferiu-lhe um golpe que atingiu seu peito direito, conforme atestado pela Perícia Traumatológica constante no ID-173381211, fl. 23 dos autos.
Em legítima defesa, o réu reagiu com um único soco, repelindo a injusta agressão que sofria, sem qualquer intenção de ofender ou causar lesão à integridade física da vítima, mas apenas com o intuito de preservar sua própria vida.
4. PRELIMINARES (SE HOUVER)
Não há preliminares a serem suscitadas neste momento processual.
5. DO DIREITO
A conduta do réu encontra amparo na excludente de ilicitude prevista no CP, art. 25, que dispõe:
"Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem."
No presente caso, restou comprovado que o acusado foi vítima de uma agressão injusta, atual e iminente, perpetrada por M. A. de S. S., que portava uma faca e efetivamente o lesionou. A reação do réu foi proporcional e moderada, limitada a um único soco, suficiente para cessar a agressão, sem qualquer excesso doloso ou culposo.
A legítima defesa é instituto consagrado pelo ordenamento jurídico brasileiro, sendo um direito natural de todo cidadão repelir agressões injustas, conforme os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da autodefesa.
A prova pericial constante dos autos corrobora a versão apresentada pela defesa, demonstrando que o réu foi atingido por golpe de faca no peito, o que evidencia a gravidade da agressão sofrida e a necessidade de reação imediata.
Ademais, a ausência de dolo específico de lesionar a vítima, somada à exis"'>...